No acumulado do ano até setembro, o PIB do Brasil apresentou um crescimento de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. “Este desempenho reafirma a resiliência da economia brasileira, que tem surpreendido analistas e economistas.
O IBGE revisou para cima a expansão do PIB de 2023, ajustando de 2,9% para 3,2%, refletindo um cenário de crescimento contínuo”, comenta Fabio Ongaro, economista e empresário no país, CEO da Energy Group e vice-presidente de finanças da Câmara de Comércio Italiana de São Paulo – Italcam.
O vigor econômico do Brasil está fortemente associado ao mercado de trabalho aquecido, com ganhos reais de renda dos trabalhadores. Além disso, condições favoráveis de crédito e impulsos fiscais têm sido determinantes para este cenário positivo. O aumento dos gastos governamentais desde 2023 tem sido apontado como um dos principais motores desse crescimento acelerado nos últimos dois anos.
“Contudo, este cenário de expansão econômica não vem sem desafios. O Banco Central iniciou um ciclo de aperto monetário, buscando conter pressões inflacionárias que acompanham o crescimento. A taxa básica de juros Selic, atualmente em 11,25%, pode sofrer um novo aumento na última reunião do ano, prevista para a próxima semana. Por isso, a necessidade de ajustes para controlar a inflação”, comenta o economista Ongaro
As expectativas para o fechamento do ano são de crescimento, embora moderado pelas medidas de política monetária. A resiliência mostrada pela economia brasileira até agora sugere que o país pode continuar a crescer, desde que os riscos inflacionários sejam devidamente geridos.
Para Ongaro, a combinação de um mercado de trabalho forte, políticas fiscais expansionistas e ajustes monetários prudentes poderá garantir que o crescimento econômico se mantenha sustentável ao longo do tempo. No entanto, é crucial que as autoridades continuem a monitorar de perto a inflação para evitar que ela comprometa os ganhos econômicos alcançados até o momento.
Além disso, países que demonstram disciplina fiscal e utilizam políticas de expansão econômica com foco em sustentabilidade tendem a atrair mais investimentos. No Brasil, a utilização eficiente do orçamento público, priorizando iniciativas que ensinem a pescar’, pode criar ciclos de crescimento mais sólidos.
Por outro lado, o cenário internacional mostra um fortalecimento do dólar, o “efeito Trump”, que intensifica desigualdades cambiais e oferece oportunidades para especuladores nos mercados globais. Nos EUA, a baixa inflação, a menor desde 2021 reforça a resiliência da economia americana, mas o futuro ainda depende das diretrizes concretas do “America First” para 2025.
“Para investidores, o Brasil apresenta atratividade, com margens de crescimento e um câmbio favorável, apesar das incertezas domésticas”, comenta o economista e VP de finanças da Italcam, Ongaro. – Fonte e outras informações: (https://energygroup.com.br/).