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Lazer e Cultura 04/10/2016

em Lazer e Cultura
segunda-feira, 03 de outubro de 2016
Renata Carvalho

Infantil

Cinco viajantes contam como uma cidade inteira mergulhou em grande escuridão ao se esquecer de suas histórias

Com objetos cênicos simples, como cordas, bastões, tecidos e bambolês,a montagem propõe uma interação ativa com o jogo, a imaginação e a memória. A idealização e realização de um espetáculo para crianças, que tratasse da memória e da importância das histórias é o ponto de partida de Sementeira, que estreia dia 8 de outubro. Em “Sementeira” cinco narradores, viajantes mágicos, contam como uma cidade inteira mergulhou em grande escuridão ao se esquecer de suas histórias: a partir daí, a montagem transporta os espectadores para uma viagem pelo tempo e pelo espaço junto com os habitantes dessa cidade para se reencontrarem com o ser lúdico de cada um e com as sementes das histórias esquecidas. Com Anderson Costa, Camila Shunyata, Roberta Marcolin Garcia e Vivian Darini.

Serviço: Centro Cultural São Paulo, R. Vergueiro, 1000, Vergueiro, tel. 3397-4002. Sábados e domingos às 16h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Até 06/11.

REFLEXÃO

COMO COOPERAS?: “Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o espírito que provém de Deus”. – Paulo. (I Coríntios, 2:12.). Lendo a afirmativa de Paulo, reconhecemos que, em todos os tempos, o discípulo sincero do Evangelho é defrontado pelo grande conflito entre as sugestões da região inferior e as inspirações das esferas superiores da vida. O “espírito do mundo” é o acervo de todas as nossas ações delituosas, em séculos de experiências incessantes; o “espírito que provém de Deus” é o constante apelo das Forças do Bem, que nos renovam a oportunidade de progredir cada dia, a fim de descobrirmos a glória eterna a que a Infinita Bondade nos destinou. Deus é o Pai da Criação. Tudo, fundamentalmente, pertence a Ele. Todo campo de trabalho é do Senhor, todo serviço que se fizer será entregue ao Senhor, mas nem todas as ações que se processam na atividade comum provêm do Senhor. Coexistem nas oficinas terrestres, quaisquer que sejam, a criação divina e a colaboração humana. E cooperadores surgem que se valem da mordomia para exercer a dominação cruel, que se aproveitam da inteligência para intensificar a ignorância alheia ou que estimam a enxada prestimosa, não para cultivar o campo, mas para utiliza-la no crime. O cientista, no conforto do laboratório, e o marinheiro rude, sob a tempestade, estão trabalhando para o Senhor; entretanto, para a felicidade de cada um, é importante saber como estão trabalhando. Lembremo-nos de que há serviço divino dentro de nós e fora de nós. A favor de nossa própria redenção, é justo indagar se estamos cooperando com o espírito inferior que nos dominava até ontem ou se já nos afeiçoamos ao espírito renovador do Eterno Pai.Livro Vinha de Luz – F.C. Xavier (pelo espírito Emmanuel).

Monólogo

Renata Carvalho

O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu é uma mistura de monólogo e contação de estórias em um ritual que traz Jesus ao tempo presente, na pele de uma mulher transgênero. Histórias bíblicas conhecidas são recontadas em uma perspectiva contemporânea, propondo uma reflexão sobre a opressão e intolerância sofridas por transgêneros e minorias em geral. A peça provoca reflexão ao expor estes problemas sociais ao mesmo tempo em que emite uma mensagem de amor, perdão e aceitação. A questão da identidade travesti é elemento-chave do espetáculo, que busca a transformação do olhar diante de identidades marcadas pelo estigma e pela marginalização.

Serviço: Sesc Pinheiros, R. Paes Leme, 195. Quintas a sábados às 20h30. Ingressos: R$ 25 e R$ 12,50 (meia). Até 05/11.

LIMITES

Já pensou em se colocar no lugar de um deficiente visual? Já parou para pensar quais as pequenas dificuldades que ele enfrenta no dia a dia? Não? Essa é a proposta da mostra sensorial “Diálogo no Escuro. O objetivo da exposição é mostrar aos visitantes o mundo sem um dos sentidos que coordena praticamente todas as ações do corpo humano, a visão. Em “Diálogo no Escuro” não há quadros expostos, nem obras de artes, a mostra tem como dinâmica explorar quatro salas totalmente escuras, utilizando somente os demais sentidos como o tato, olfato e a audição. Os grupos são divididos em até oito pessoas que serão guiadas por um deficiente visual, passando por experiências, com sons da natureza, das ruas, relevos dos objetos, cheiro de frutas e folhas, trazendo a memória o dia a dia de uma pessoa. O mais legal dessa mostra é ser guiado por um deficiente visual e durante toda visitação ter a oportunidade de conversar e fazer perguntas que talvez os visitantes nunca tivessem a oportunidade de fazer.

Serviço: Unibes Cultural, R. Oscar Freire, 2500, Jardins, tel. 3065- 4333. De segunda a sábado das 11h às 18h30, às quartas das 13h às 20h30. Ingressos: R$ 24 e R$ 12 (meia). Até 03/12.


Estreia

Cena da peça “Normalopatas, Um Manifesto Pornochanchesco e Sombrio Para o Brasil de um  Futuro Possível”

Sob influência dos trabalhos de Matei Visniec, Samuel Beckett, John Cassavetes e da música brasileira, o espetáculo “Normalopatas, Um Manifesto Pornochanchesco e Sombrio Para o Brasil de um Futuro Possível” estreia dia 1 de outubro. Com texto e direção de Dan Nakagawa, peça acompanha as memórias erráticas de Metá que, ainda adolescente, sente a necessidade de abandonar os códigos e as convenções do mundo ao seu redor. Montagem é da Cia Àtropical. Por meio de três atos, da adolescência à velhice, acompanhamos as memórias de Metá, que faz seu caminho guiado por fome, tesão e um desorientado desejo homicida, em busca de qualquer coisa que confirme sua existência, que lhe possibilite narrar seus próprios sofrimentos e desejos. Pulsa sempre, no fundo, uma dor não elaborada, uma palavra calada. Com Alexandre Fernandes, Carolina Morena, Gustavo Dalle Vedove, Igor Mo, Laércio Motta, Leleto Bonfim, Matheus Martins, Priscila Tavares e Vivian Valente Petri.

Estação Satyros, Pça Roosevelt, 134, Centro, tel. 3258-6345. Sábados às 23h59 e domingos às18h. Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia). Até 27/11.