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Geral 31/05/2016

em Geral
segunda-feira, 30 de maio de 2016

Lei Antifumo reduziu em 12% mortes por infarto em São Paulo

A impossibilidade de fumar em locais fechados beneficia principalmente os não fumantes.

Pesquisa desenvolvida pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor) mostrou uma redução de 12% nas mortes por infarto com a adoção da Lei Antifumo

A legislação aprovada no estado de São Paulo em 2009 proíbe fumar em lugares fechados de uso coletivo. Uma norma semelhante foi aprovada em nível federal em 2014.
O estudo feito pelo Incor, que é vinculado à Faculdade de Medicina da USP, indicou ainda uma queda de 5% nas internações hospitalares ligadas ao infarto. Para análise dos dados do SUS foi usado um modelo estatístico que leva em consideração a influência de outras variáveis, como temperatura e poluição, de modo a isolar os efeitos da lei. 12%.
Com isso, foi elaborada uma projeção de quantas mortes e internações por infarto seriam esperadas para o período. Nos primeiros 17 meses após a implantação da medida, o número de mortes por ataque cardíaco caiu 12% (equivalente a 571 casos em números absolutos) e de internações em hospitais, 5% (equivalente a 142 casos).
“A linha do previsto ficou acima do observado e não houve nenhuma outra variável, dentro dessas que nós controlamos, que pudesse justificar essa mudança, a não ser essa relação temporal com a adoção da lei antifumo”, enfatiza a coordenadora da área de cardiologia do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor, Jaqueline Scholz Issa.
Para a especialista, a impossibilidade de fumar em locais fechados beneficia principalmente os não fumantes. Por isso, de acordo com Jaqueline, a redução significativa de ocorrências, uma vez que os não tabagistas são maioria na população. “Com certeza, por isso impacta tanto nos níveis. Nós estamos falando de fumo passivo de fato. É pela não contaminação do ambiente, que não está mais poluído”, destacou a cardiologista.
Os benefícios para a saúde pública das medidas que restringem o fumo em lugares de uso coletivo já haviam sido comprovados em escalas menores, segundo Issa. No entanto, outros pesquisadores enfrentaram obstáculos para isolar o impacto das normas em uma cidade tão grande como São Paulo. O resultado do estudo compõe a doutorado da cardiologista Tânia Ogawa (ABr).

Doenças transmitidas por insetos matam mais de um milhão por ano

Existem  cerca de 3,5 mil espécies de mosquitos que, graças à globalização, estão espalhados por todo o mundo.

Os insetos são responsáveis pela transmissão de doenças que matam mais de um milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Além dos óbitos, anualmente, registram-se bilhões de casos de patologias também transmitidas por insetos como malária, dengue ou febre-amarela. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças transmitidas por insetos vetores representam 17% de todas as doenças infecciosas.
A malária, transmitida pelo mosquito Anopheles aegypti, infestou mais de 214 milhões de pessoas e matou 438 mil em 2015. A Dengue, transmitida pelo Aedes aegypt, é a doença transmitida por mosquitos que mais tem crescido, tendo a sua incidência aumentado 30 vezes nos últimos 50 anos. Os mesmos mosquitos provocam outras doenças, como a febre-amarela, o vírus do Rio Nilo, a Chikungunya e o Zika, que já fez mais de um milhão e meio de casos no Brasil e que os cientistas associam a casos de microcefalia congênita.
A transmissão do agente patogênico (parasita no caso da malária e vírus no caso da dengue ou do Zika) ocorre através da picada do inseto e apenas as fêmeas picam, pois só elas se alimentam de sangue para produzirem ovos. No mundo, existem cerca de 3,5 mil espécies de mosquitos e graças à globalização – viajam com os humanos em automóveis, caminhões, navios e aviões – estão espalhados por todo o mundo. A maioria dos mosquitos, no entanto, não viaja longe sozinho. Se tiverem onde se alimentar e onde se reproduzir por perto, não se deslocam muito.
Na sua fase imatura, os mosquitos são seres aquáticos, que eclodem e se desenvolvem em água parada, onde se alimentam de algas microscópicas e onde, por sua vez, servem de alimento para peixes. Quando adultos, servem como alimento para aves, morcegos e aranhas.
Desde a invenção do inseticida DDT em 1939, os humanos têm tentado acabar com os mosquitos, mas eles desenvolvem mencanismos de resistência a cada nova geração de veneno, tornando-se ainda mais fortes. A entomologista do Instituto Pasteur de Paris Anna-Bella Failloux sentenciou: “simplesmente não conseguimos erradicar os mosquitos”. Por isso, a solução é evitar ser picado, usando as técnicas disponíveis, como repelente e roupas largas e claras, recomenda a entomologista Carla Sousa, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (Ag. Lusa).

Instituições financeiras projetam inflação de 7,06%

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo IPCA, este ano, foi ajustada de 7,04% para 7,06%. Em relação a 2017, a estimativa se mantém em 5,50% há duas semanas. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC) a instituições financeiras. A mediana (quando são desconsiderados os extremos nas projeções) das expectativas das instituições financeiras para a Selic passou de 12,75% para 12,88% ao ano, ao final de 2016, e de 11,38% para 11,25% ao ano, no fim de 2017. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
A estimativa de instituições financeiras para o encolhimento da economia, este ano, foi levemente ajustada. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,83% para 3,81%. Em relação a 2017, a estimativa de crescimento passou de 0,50% para 0,55%. A projeção para a cotação do dólar ao final de 2016 caiu de R$ 3,67 para R$ 3,65. A estimativa, para o fim de 2017, passou de R$ 3,88 para R$ 3,85 (ABr).

Estudantes já podem se inscrever no Sisu

Sisu oferece 56.422 vagas em 65 instituições públicas de ensino superior.

Começaram ontem (30) as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Nesta edição, são ofertadas 56.422 vagas em 65 instituições públicas de ensino superior para o segundo semestre deste ano. As inscrições são feitas pela internet, no site do Sisu. Podem participar os estudantes que fizeram o Enem de 2015 e não tiraram 0 na redação. As inscrições podem ser feitas até o dia 2 de junho.
Ao fazer a inscrição, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções entre as vagas ofertadas pelas instituições participantes do Sisu. O candidato também deve definir se deseja concorrer a vagas de ampla concorrência, a vagas reservadas a ações afirmativas. Durante o período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções. Será considerada válida a última inscrição confirmada.
Uma vez por dia é divulgada a nota de corte de cada curso, com base no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso, por modalidade de concorrência. A nota de corte é apenas uma referência para auxiliar o candidato no monitoramento de sua inscrição, não sendo garantia de seleção para a vaga ofertada. O resultado será divulgado no dia 6 de junho e a matrícula deverá ser feita entre os dias 10 e 14 (ABr).

Dois em cada três brasileiros querem cortar gastos com viagem

Mais da metade dos brasileiros (66%) afirma que viagens é uma das categorias em que pretende cortar custos. Ainda assim, 64% pretendem visitar algum destino entre junho e setembro, mostra pesquisa Ipsos conduzida a pedido da Europ Assistance com oito países, incluindo o Brasil. Viagens nacionais devem ser a opção preferida de 47% dos entrevistados brasileiros. Já para os que desejam viajar para o exterior a opção preferida é os Estados Unidos.
A Ipsos realizou 750 entrevistas no Brasil por meio de painel online entre março e maio. Os demais países pesquisados foram França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica, Áustria e Estados Unidos. A margem de erro é de 3.6 pontos percentuais. Apesar da retração econômica e do câmbio desvalorizado, o percentual de brasileiros que pretende viajar (64%) é maior que o de entrevistados europeus (54%) e americanos (61%). Contudo, o orçamento médio dos brasileiros é o menor entre todos os países pesquisados: R$ 1.212 (335 euros, câmbio de 30/5) é o gasto médio dos brasileiros para viagens no período, contra 2.247 euros planejado, em média, pelos europeus.
Ao considerar o seu destino de viagem, os brasileiros se mostraram os mais preocupados com a presença do Zika vírus entre os oito países analisados. De acordo com o levantamento Ipsos, 54% dos entrevistados no Brasil consideram o risco de infecção pela doença um elemento “essencial” ao escolher um destino.
Menos preocupados com o vírus estão os americanos e europeus: 20% e 25%, respectivamente, afirmaram considerar o risco de infecção na hora de planejar a viagem de férias. A Espanha, contudo, se mostra mais preocupada, com um terço dos pesquisados (34%) atento à doença.
Outro grande temor dos viajantes nos próximos meses é quanto a ataques terroristas. Para brasileiros e norte-americanos, a França é um destino a ser evitado. Para os europeus, mais sensíveis a esse risco, a Turquia aparece como o destino com maior risco de ataques. Os brasileiros são os que pretendem tirar mais tempo de férias. A média brasileira, de acordo com o estudo Ipsos, é de 2.4 semanas – contra 2.1 semanas para os Europeus e 1.6 para os norte-americanos. Fonte e mais informações (www.ipsos.com.br).