Se pararmos de vacinar, doenças voltarão mais forte, alerta ministérioA coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, alertou para a necessidade de os três entes federados trabalharem juntos para mobilizar a população sobre a importância da vacinação. Desde a década de 70, quando o programa foi criado, o ato de vacinar deixou de ser uma opção e passou a ser uma obrigação. Foto: Fernando Frazão/ABr Durante a 20ª Jornada Nacional de Imunizações, no Rio de Janeiro, ela lembrou que o país enfrenta queda na adesão às vacinas – no ano passado, das 14 doses que integram o programa, apenas a BCG, aplicada em recém-nascidos para prevenir a tuberculose, atingiu a meta de 95% de cobertura. “Não podemos esmorecer e deixar de vacinar nossas crianças. Elas são as mais vulneráveis e, no momento de circulação de um agente, elas são as mais afetadas”, disse. “Se nós pararmos de vacinar, essas doenças vão recrudescer”, completou, ao destacar que, desde a década de 70, quando o programa foi criado, o ato de vacinar deixou de ser uma opção no Brasil e passou a ser uma obrigação. A coordenadora admitiu, entretanto, que é preciso adequar os serviços públicos de saúde à nova realidade brasileira – de homens e mulheres que trabalham em período integral enquanto a maioria dos postos de saúde no país funciona de segunda a sexta em horário, muitas vezes, inferior ao comercial, fechando para almoço. Entre as estratégias sugeridas estão horários flexíveis para funcionamento dos postos e parcerias com instituições de ensino, além do combate às chamadas fake news e aos grupos anti-vacinas. Durante o encontro, Carla citou o cenário de sarampo registrado no Brasil atualmente – a doença havia sido erradicada, mas ensaia um retorno em meio a baixas taxas de cobertura vacinal. Dados mostram que, mais de 45 dias após o início da campanha, que precisou ser prorrogada em duas semanas, o índice de cobertura finalmente chegou a 97% das crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos. “A gente começa a vacinação na infância, quando o sistema imunológico não está protegido”, explicou a coordenadora. “Se eu elimino o agente patológico da natureza, vou estar, com certeza, protegendo a população adulta”, concluiu (ABr). | |
Adultério deixa de ser crime na ÍndiaA sociedade indiana é predominantemente patriarcal. Foto: Raminder Pal Singh/Ag.Lusa Agência Brasil/EFE O Tribunal Supremo da Índia descriminalizou o adultério no país, ao declarar inconstitucional uma lei de quase 160 anos, que tratava a mulher como objeto, deixando o marido decidir se as relações sexuais com outro homem eram causa de crime ou não. A lei em vigência tem consonância com a sociedade indiana, predominantemente patriarcal, na qual existe forte preferência pelos homens, já que perpetuam a linhagem, cuidam dos pais na velhice e lhes asseguram uma renda. A isso se somam os caros (e ilegais) dotes que as mulheres devem pagar no casamento. Depois que se casam, elas passam a fazer parte da família do marido. A decisão do Tribunal Supremo foi tomada depois de outra sentença histórica este mês a favor da igualdade, na qual o principal órgão de Justiça declarou inconstitucional outro artigo da época colonial no qual as relações homossexuais eram penalizadas. A turma composta por cinco juízes e liderada pelo presidente do Supremo, Dipak Misra, declarou que o artigo 497 do Código Penal, que impunha penas de até cinco anos de prisão por adultério não consentido pelo marido, é inconstitucional. “Qualquer disposição que trata a mulher com desigualdade não é constitucional”, afirmou Misra, que redigiu seu veredito em parceria com mais dos juízes da turma, enquanto os outros três magistrados pronunciaram sentenças individuais, nas quais concordaram com a inconstitucionalidade do artigo. “Está na hora de dizer que o marido não é dono de sua esposa. A soberania legal de um sexo sobre o outro é errada”, ressaltou o presidente do principal órgão de Justiça indiano, que insistiu na “arbitrariedade” do artigo. Misra afirmou, além disso, em posição contrária àqueles que defendem esta lei como protetora da não dissolução do casamento, que “o adultério poderia não ser a causa de um casamento infeliz, mas o resultado”. 2ª Guerra Mundial deixou impactos na atmosferaOs bombardeios dos Aliados (Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e China) durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) não causaram devastação somente na Terra, mas deixaram rastros também na atmosfera. As ondas de choque causadas pelas bombas foram tão fortes que chegaram à ionosfera, camada mais externa do planeta, a mais de mil quilômetros de altura. A revelação foi feita por um estudo da Universidade de Reading, no Reino Unido, publicado na revista “Annales Geophysicae”, cujos resultados permitem entender melhor a influência na atmosfera de fenômenos como erupções vulcânicas, raios e terremotos. “Até agora, o impacto das bombas nos estratos mais altos da atmosfera nunca havia sido estudado”, afirma Chris Scott, um dos autores do estudo. “Cada ataque causou pelo menos 300 raios”, acrescenta o cientista. Os pesquisadores examinaram registros diários feitos entre 1943 e 1945 pelo Centro de Pesquisa de Ondas de Rádio de Slough, no Reino Unido, analisando as mudanças detectadas na ionosfera durante 152 grandes bombardeios dos aliados na Europa. A concentração de elétrons na camada atmosférica diminuiu drasticamente enquanto as bombas explodiam próximas à terra, o que, segundo a pesquisa, pode ter sido causado pelo aquecimento do ar. “Os pilotos que participavam dos bombardeios relatavam avarias aos aviões mesmo quando estavam acima da altitude recomendada, enquanto os militares que estavam no chão, sob os bombardeios, afirmam que chegaram a ser arremessados pelas ondas de “Circulavam também boatos que aconselhavam a quem estivesse nos refúgios próximos às áreas de combate que enrolassem uma toalha em volta do rosto, para evitar que as ondas de choque colapsassem os pulmões, deixando o resto do corpo intacto”, | Alemanha será sede da Eurocopa de 2024País sediará a competição pela primeira vez desde 1988. Foto: ANSA O Comitê Executivo da Uefa definiu ontem (27) a Alemanha como país-sede da edição de 2024 da Eurocopa. A única concorrente era a Turquia, mas fatores extracampo provavelmente pesaram na escolha da entidade que rege o futebol europeu, já que a qualidade dos estádios alemães e a infraestrutura das cidades do país são melhores em comparação com as dos turcos. Outro fator que pode ter influenciado na decisão da Uefa é a atual situação política e econômica da Turquia, que viu sua moeda se desvalorizar após sanções dos Estados Unidos. A última edição da Eurocopa contou com 24 seleções e foi disputada em 2016, na França, tendo sido vencida por Portugal. A próxima será realizada em 12 cidades diferentes: Londres, Munique, Roma, Baku, São Petersburgo, Bucareste, Amsterdã, Dublin, Bilbao, Budapeste, Glasgow e Copenhague. A Alemanha não organiza a Eurocopa desde 1988, ano em que a competição foi vencida pela Holanda, além de ter sido disputada com oito seleções (ANSA). Italianas Gucci e Dior abrem a Paris Fashion WeekDepois de Nova York, Londres e Milão, é hora de Paris mostrar a moda para a estação primavera-verão 2019. A temporada da Semana de Moda na “cidade-luz”, que começou no último dia 24 e vai até 2 de outubro, teve as italianas Gucci e Dior como responsáveis por abrir as passarelas. A Gucci, que ficou de fora do calendário em Milão, apresentou a nova coleção do diretor criativo da marca, Alessandro Michele, no teatro Le Palace, no coração de Montmartre, onde ficava a balada mais famosa da cidade nos anos 1970. O desfile da grife teve uma mistura de estilos, experimentações de volumes e tecidos na passarela, com modelos quase “no gender”, com looks e acessórios unissex. O toque do show também foi aos anos 1970, com homenagem a Janis Joplin, David Bowie e Dolly Parton, misturada com lurex e cristais. Já Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior, não queria que os convidados tirassem milhares de fotos durante o desfile, assim, idealizou um espetáculo de dança contemporânea para apresentar a nova coleção. Com ritmo, movimento e música, a coleção feminina da maison encontrou inspiração em óperas de artistas parisienses. As roupas eram leves, ainda com o luxo da grife, juntando looks de saia em tule, das bailarinas, com jaquetas, blusões e cores suaves (ANSA). |