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Geral 25/06/2015

em Geral
quarta-feira, 24 de junho de 2015

Rótulos terão que informar sobre alimentos que causam alergia

Os fabricantes terão 12 meses para adequar as embalagens.

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a resolução que trata da rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias

Os rótulos, a partir de agora, devem informar a existência de 17 alimentos considerados alergênicos: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas); crustáceos; ovos; peixes; amendoim; soja; leite de todos os mamíferos; amêndoa; avelã; castanha de caju; castanha do Pará; macadâmia; nozes; pecã; pistaches; pinoli; castanhas; e látex natural.
A regra prevê ainda que as informações nos rótulos de produtos derivados desses alimentos sejam as seguintes: Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares); Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares); ou Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados.
Segundo a Anvisa, nos casos em que não for possível garantir a ausência de contaminação cruzada de alimentos (presença de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente), o rótulo deve apresentar a seguinte declaração: Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares). As advertências devem estar agrupadas imediatamente após ou logo abaixo da lista de ingredientes e com caracteres legíveis, em caixa alta, negrito e cor contrastante com o fundo do rótulo. Os fabricantes terão 12 meses para adequar as embalagens. Os produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim de seu prazo de validade.
Para a representante da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Ana Maria Giandon, o prazo de adequação dos rótulos é apertado. Ela lembrou que, na Europa, quando uma norma similar foi aprovada, o prazo concedido ao setor foi de 36 meses. “Temos que mapear, verificar toda a cadeia produtiva, todos os nossos fornecedores e alterar a embalagem dos nossos produtos”.
O diretor da Anvisa, Renato Porto, defendeu o prazo estipulado pela agência, e lembrou da urgência do tema. “Essa demanda nasceu muito fortemente da sociedade, do cidadão pedindo para que essa matéria fosse regulamentada”, disse. “A sociedade pode ter certeza de que terá rótulos de produtos muito mais adequados, que vão dar a possibilidade do consumidor escolher adequadamente, dado que a melhor maneira de se prevenir uma crise alérgica é evitando o consumo”.
A advogada Cecília Couri, coordenadora da campanha Põe no Rótulo, avaliou a aprovação da norma como um “grande passo”. Ela lembrou que a vitória só virá a partir do momento em que os rótulos forem adequados ao que foi estabelecido pela Anvisa. “Não queremos norma, queremos informação no rótulo. Só a gente sabe da dificuldade de fazer compras no mercado, das reações alérgicas por conta de rótulos que não estavam claros”.
Tatiana Araújo, 28 anos, comemorou a aprovação da resolução acompanhada do filho Samuel, 10 meses, que tem alergia à proteína do leite. O irmão mais velho de Samuel, Alexandre, 2 anos, também tem alergia à proteína do leite e à soja. “Tenho sempre que ligar nas empresas para fazer perguntas. Muitas vezes, eles mudam os ingredientes e não avisam no rótulo. Meu filho mais novo ainda não come nada industrializado, mas o meu mais velho fica com feridas no corpo inteiro”, contou. “Espero que, com essa norma, meus filhos tenham qualidade de vida” (ABr).

Extensão do Enem para todos os cursos da USP é questão de tempo

Ministro ressalta  que adoção ao Enem não foi imposta.

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, comemorou a decisão da USP de adotar, em algumas unidades, o resultado do Enem como alternativa ao vestibular para preenchimento das vagas na instituição. Para ele, com o tempo, a USP poderá estender a medida aos demais cursos da universidade. “Fico contente que a minha universidade, a universidade que mais se destaca nas avaliações do Brasil tenha, finalmente, entrado no Enem e até mesmo no Sisu. Ou seja, que ela esteja prestigiando uma iniciativa do MEC, do Brasil como um todo, que é um exame particularmente bom, bem qualificado, que é o Enem”, disse o ministro, após encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Na terça-feira (23), o conselho universitário da USP aprovou a medida que passa a valer já para a seleção de alunos das turmas de 2016. As unidades que adotarão a nova fórmula de ingresso na instituição reservarão 13,5% das vagas a serem preenchidas pelo Sisu, que leva em conta as notas obtidas pelos alunos no Enem. “O importante nisso, como em quase toda a questão da educação, é persuadir e não impor”, disse Janine.
As faculdades de Medicina e de Economia e Administração, além da Politécnica não adotaram o novo modelo de ingresso com base no Enem. Também não adotarão o Sisu, a Escola de Engenharia de São Carlos, o Instituto de Física (SP), o Instituto de Química de São Carlos e a Faculdade de Odontologia (SP). A ECA, a FAU e o Instituto de Arquitetura de São Carlos são outras que não vão levar em conta o novo modelo de ingresso na USP.
Das 11.057 vagas dos cursos da USP para 2016, 225 estão reservadas a candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que, independentemente da renda, tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas e tenham sido selecionados pelo Sisu. A forma como cada faculdade selecionará seus calouros pode ser acessada no endereço (http://www.usp.br/imprensa/wp-content/uploads/Cursos_Sisu_USP.pdf) (ABr).

Embaixada dos EUA e os vistos

A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília e os consulados no Recife, Rio de Janeiro e em São Paulo vão retomar a partir de segunda-feira (29) as entrevistas para emissão de vistos. Os interessados já podem acessar o serviço de agendamento online para marcar o atendimento. Durante esta semana serão atendidos os casos urgentes e pendentes.
Uma falha técnica no sistema de emissão de passaportes do Departamento de Estado americano prejudicou a emissão de vistos em todo o mundo, após 8 de junho. O Escritório de Assuntos Consulares informou que continua trabalhando para resolver os problemas e que alguns progressos foram obtidos, mas o processamento de informações ainda não foi restabelecido totalmente e os postos consulares não estão plenamente em operação.
Dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails ([email protected]), ([email protected]), ([email protected]) e ([email protected]) (ABr).

Presidente da Odebrecht determina destruição de e-mail

Presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

A Polícia Federal (PF) apreendeu na última segunda-feira (22) um bilhete no qual o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, escreveu a frase “destruir e-mail sondas”. O bilhete foi endereçado aos advogados dele e foi interceptado pelos agentes da PF que fazem a vigilância da carceragem da Superintendência em Curitiba, onde o executivo está preso desde sexta-feira (19).
Entre as frase escritas no bilhete, aparecem os dizeres “destruir e-mail sondas RR”. Para a PF, Marcelo se referia a Roberto Prisco Ramos, executivo da petroquímica Braskem, controlada pela Odebrecht. Após tomar ciência do ocorrido, o delegado responsável pela Operação Lava Jato pediu aos advogados do executivo que apresentassem o bilhete original e justificassem a expressão usada por Odebrecht, sendo que o bilhete original não foi retido pela PF.
Ao delegado, os advogados Rodrigo Sanches e Dora Cavalcanti alegaram que o verbo destruir se referia a “estratégia processual e não a supressão de provas”. Eles explicaram que o documento original foi levado para São Paulo, por outro advogado, onde fica a sede da empreiteira. Para decretar a prisão dos executivos da Odebrecht, o juiz Sérgio Moro, baseou-se, entre outras provas, em outros e-mails trocados entre Marcelo Odebrecht e Roberto Prisco, nos quais é mencionado o pagamento de propina de US$ 25 mil por dia para operação de sondas de perfuração da Petrobras (ABr).

BC quer impedir que alta dos preços persista em 2016

O Banco Central (BC) fará todos os esforços necessários para que a inflação fique no menor nível possível este ano e para impedir que a alta dos preços persista em 2016, afirmou o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva. Segundo o diretor, as elevações da Selic, atualmente em 13,75%, ainda não são suficientes para fazer com que a inflação fique no centro da meta (4,5%) em 2016. “Achamos que é preciso continuar a trabalhar porque a nossa meta para 2016 é atingir 4,5%.”

Para Awazu, a melhor contribuição que o BC pode dar para o crescimento futuro da economia é entregar a inflação na meta em 2016. “A inflação é um dos piores elementos para a saúde financeira das famílias. Afeta particularmente as famílias de renda mais baixa”.
Segundo o diretor do Banco Central, o país passa atualmente por ajuste e espera-se reflexo na atividade econômica, com taxas de crescimento abaixo do potencial. Awazu disse ainda que eventos “não econômicos”, como a Operação Lava Jato, afetam a economia.
Ele explicou que o período de ajuste envolve três fases. A primeira se caracteriza pela queda forte do investimento e por eventos não econômicos que se sobrepõem ao processo de ajuste. Na segunda, há persistência da inflação e, na terceira, a inflação alcança a meta de 4,5%. Awazu disse que há indícios de que o processo de ajuste já mostra efeitos, como estabilidade no índice de confiança dos consumidores. O diretor citou ainda o fato de o mercado financeiro esperar inflação em 4,5% no longo prazo, em 2018 e 2019 (ABr).