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Geral 21/10/2015

em Geral
terça-feira, 20 de outubro de 2015

Novos medicamentos para hepatite C serão distribuídos em novembro

Ministro da Saúde, Marcelo Castro, e Helenisar Urbaez, primeira pessoa a receber os medicamentos para tratamento da hepatite C.

A partir do início de novembro, dois novos medicamentos para hepatite C – sofosbuvir e daclatasvir – começam a ser distribuídos na rede pública de saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, a nova terapia aumenta as chances de cura e diminui o tempo de tratamento da doença. Os dois medicamentos atendem cerca de 80% dos pacientes que farão uso da nova terapia, composta também pelo simeprevir, com distribuição prevista para dezembro. Os remédios vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos oferecidos anteriormente. Ao todo, 30 mil pessoas serão beneficiadas no período de um ano.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, avaliou a disponibilização dos medicamentos como um momento singular na história da saúde pública brasileira e equiparável ao início da distribuição de medicamentos antirretrovirais no país. Ele lembrou que a hepatite C acomete atualmente cerca de 1,4 milhão de brasileiros. “Temos agora drogas revolucionárias e inovadoras, que colocam o Brasil numa posição de vanguarda no tratamento”, disse. “Podemos dizer, com segurança, que nenhum brasileiro que preencha o protocolo preconizado pela OMS deixará de receber seu tratamento”, completou.
O secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Carlos Nardi, disse que o novo protocolo de tratamento para hepatite C foi anunciado em julho. Segundo ele, as doses já chegaram ao almoxarifado do ministério e começam a ser distribuídas. “Posteriormente, serão encaminhadas a todos os 25 estados da federação” disse, ao descartar que a chegada aos municípios vai depender da redistribuição por parte das secretarias estaduais de saúde.
O investimento total para a oferecer os três medicamentos no SUS, de acordo com o ministério, é de quase R$ 1 bilhão. O custo por tratamento é de cerca de US$ 9 mil. O tratamento para hepatite C oferecido na rede pública desde 2012 é composto por dois esquemas terapêuticos – as terapias dupla e tripla com o interferon peguilado – e têm duração de 48 semanas.
Dados da pasta mostram que, nos últimos 13 anos, foram confirmados 120 mil casos de hepatite C no Brasil e realizados mais de 100 mil tratamentos. Atualmente, 10 mil casos são notificados todos os anos no país. A estimativa é que a doença seja responsável por 350 a 700 mil mortes ao ano em todo o mundo, sendo 3 mil delas no Brasil. A hepatite C é uma doença de poucos sintomas. As causas mais comuns de infecção na década de 80 eram as transfusões de sangue e as infecções hospitalar, mas a contaminação também pode acontecer por meio do compartilhamento de objetos de uso pessoal e para uso de drogas (ABr).

Governo quer sugestões para enfrentar mudanças do clima

O clima afeta atividades cruciais como a oferta de água e de alimentos no mundo.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) está com uma consulta pública aberta para a elaboração do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), que vai definir o que deverá ser feito no país para reduzir os impactos dessas mudanças sobre as pessoas, atividades econômicas e os ecossistemas. As contribuições devem ser enviadas por meio de um formulário no site do ministério até o dia 21 de novembro.
Segundo o MMA, há consenso nas Nações Unidas, seguindo as recomendações do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), de impedir que o aumento de temperatura da Terra ultrapasse 2 ºC, o que já deve afetar atividades cruciais como a oferta de água e de alimentos no mundo. A proposta do PNA é resultado do trabalho de um grupo interministerial coordenado pelo MMA e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com a participação de organizações da sociedade civil, de governos estaduais e representantes do setor privado e acadêmico.
Ele traz propostas para promover a adaptação, em escala nacional, e diretrizes para cada um dos 11 temas identificados: agricultura, biodiversidade e ecossistemas, cidades, gestão de risco aos desastres, indústria e mineração, povos e populações vulneráveis, recursos hídricos, segurança alimentar e nutricional, infraestrutura, saúde e zonas costeiras.
O plano é necessário, segundo o MMA, para identificar onde o fenômeno será sentido com maior intensidade e como reduzir seus impactos socioambientais e econômicos, além de aproveitar oportunidades e evitar perdas e danos, principalmente em eventos extremos, como enchentes, secas prolongadas e cheias, que representam ameaça às populações e aos sistemas produtivos. As dúvidas sobre o plano ou sobre a consulta podem ser enviadas para o e-mail: ([email protected]) (ABr).

Foto que incriminou assassino de Kennedy é verdadeira

Lee Harvey Oswald segura um rifle semelhante ao usado para matar o ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em 1963.

É autêntica a foto onde o norte-americano Lee Harvey Oswald aparece segurando um rifle semelhante ao usado para matar o ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, em 1963. A revelação pode por fim a teorias conspiratórias de que Oswald não teria sido o autor dos disparos que mataram o ex-mandatário quando participava de uma passeata na cidade texana de Dallas.
A imagem foi usada como uma das provas para incriminar Oswald, mas muitas pessoas diziam que ela havia sido construída artificialmente. A conclusão foi tomada após a realização de exames forenses, entre eles uma reconstrução 3D. “Nossa análise detalhada da postura de Oswald, da iluminação, de seus ombros e do armamento que tem nas mãos, refuta qualquer teoria de que a foto teria sido manipulada”, informou o inventor da técnica, o pesquisador da universidade de Dartmouth, Hany Farid.
Boatos tiveram início quando o próprio Oswald alegou, no momento de sua prisão, que as fotos eram falsas. Até hoje existem teorias sobre inconsistências na iluminação e de que a posição da pessoa fotografada seria impossível, pois ela teria se desequilibrado devido ao peso do rifle. A foto, tirada no ano do assassinato de Kennedy, o mostra segurando a arma com uma mão e uma publicação comunista com a outra (ANSA).

Pensão por morte e salário-maternidade pela internet

Os segurados do INSS desconhecem, mas alguns benefícios, como a pensão por morte e o salário-maternidade, podem ser protocolados via internet, no endereço (www.previdencia.gov.br). O Ministério da Previdência Social considera, porém, que algumas situações específicas devem ser observadas. No caso da pensão por morte, o pedido no site da Previdência só pode ser feito se a pessoa que faleceu já recebia uma aposentadoria, um auxílio-doença ou um salário-maternidade.
Já com relação ao salário-maternidade, os pedidos pela internet podem ser feitos somente por algumas categorias, como empregada doméstica, contribuinte individual ou facultativa e trabalhadora com carteira assinada nos casos de adoção ou guarda judicial para fins de adoção. As cópias dos documentos devem ser autenticadas e enviadas pelo correio ou entregues na agência da Previdência escolhida na hora do requerimento. Se os dados da documentação forem confirmados pelo cadastro da Previdência, o benefício pode ser concedido sem que a pessoa precise ir a uma agência do INSS (Previdência Total).

Human Rights denuncia o caos das prisões em Pernambuco

Relatório divulgado pela ONG Human Rights Watch denuncia o descontrole e insalubridade dos presídios em Pernambuco. Segundo a entidade, parte do controle sobre as celas mais superlotadas do país foi repassada para os próprios criminosos, que mantêm a disciplina sobre os demais. Conhecidos como “chaveiros”, por terem as chaves das alas, esses internos cobram por colchões e dominam a venda de drogas dentro das prisões. “Os chaveiros vivem em celas privadas, muitas vezes equipadas com televisores, grandes ventiladores, geladeiras e banheiros”, diz a HRW a partir das visitas feitas a quatro presídios em Pernambuco.
Com base em dados divulgados pelo Ministério da Justiça, a ONG destaca que 32 mil pessoas estão presas em Pernambuco em penitenciárias com apenas 10,5 mil vagas, no total. O que resulta, de acordo com a ONG, no maior índice de superlotação do país, sendo que 59% desses internos ainda não foram julgados. A entidade visitou duas prisões no complexo de Curado, em Recife, e duas em Itamaracá, 45 km distante da capital – a Penitenciária Barreto Campelo e a Penitenciária Agro-Industrial São João. Foram feitas ainda entrevistas com diretores das unidades, servidores públicos, ex-detentos e parentes de presos (ABr).