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Geral 18 a 20/02/2017

em Geral
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
A probabilidade de as precipitações ficarem na média ou abaixo da média climatológica é de 75%.

Seca no semiárido nordestino se agravará até abril

A probabilidade de as precipitações ficarem na média ou abaixo da média climatológica é de 75%.

A seca no semiárido do Nordeste do país, que já dura seis anos, poderá se agravar até abril: há 75% de probabilidade de as chuvas ficarem na média e abaixo da média climatológicas entre os meses de fevereiro e abril, aponta o último relatório do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência e Tecnologia

Claudia Izique/Agência Fapesp

As análises para o período que vai de fevereiro a abril de 2017 mostram a persistência de ventos alísios mais fracos que o normal no Atlântico Tropical e o aumento da temperatura da superfície do mar.
“Há 40% de chances de chuva no norte do Nordeste nesse período, mas com grande variabilidade espacial e temporal e abaixo da média histórica”, ressalta José Antonio Marengo, coordenador geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em Cachoeira Paulista. A baixa precipitação está associada às temperaturas dos oceanos Atlântico e Pacífico, incluindo a formação do El Niño intenso entre 2015 e 2016, assim como de “perturbações de larga escala” que resultaram no deslocamento da zona de convergência intertropical para o norte.
“Esta zona representa uma banda de nuvens orientada de oeste a leste e que determina chuva na região. Se esta zona fica mais ao norte, então ficará mais afastada do Nordeste e não terá chuva na região”, explica Marengo. A seca tem sido implacável no leste do Piauí, sul do Ceará, oeste de Pernambuco e centro-norte da Bahia, desde outubro de 2011, onde vivem 2,3 milhões de pessoas. As estimativas do Ministério da Integração dão conta de que as perdas no setor agrícola nordestino em função da seca são da ordem de US$ 6 bilhões, entre 2010 e 2015.
E o quadro poderá se agravar. Marengo sublinha não ser possível fazer previsões climáticas para prazos acima de três meses em razão da “elevada incerteza associada às previsões”, mas as estatísticas indicam que a seca que atinge a região é a mais severa e mais prolongada desde que o Cemaden iniciou o monitoramento da região, em 2013. Se até abril as chuvas atingirem um patamar entre a média histórica – 861 mm no período de 1961 a 2015 – e até 30% abaixo dessa média, a situação hídrica na maioria dos sistemas de abastecimento de água no norte da Região Nordeste não irá se recuperar.
“A longo prazo, isso implicará em acentuado risco de esgotamento da água armazenada nos açudes do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018”, prevê o meteorologista Marcelo Seluchi, do Cemaden. Em fevereiro de 2017, por exemplo, os 153 açudes do Ceará, com capacidade total para 18.674,0 hm3, armazenavam 1.168,0 hm3 de água, cerca de 6% da capacidade, de acordo com informações do Portal Hidrológico do Ceará.

Como seria ‘Um dia sem imigrantes’ nos EUA?

Cerca de 11 milhões de pessoas vivem em situação clandestina nos Estados Unidos.

Diversas empresas dos Estados Unidos ficaram fechados em grandes cidades do país na última quinta-feira (16) e outras trabalharam com capacidade reduzida graças à adesão ao “Dia sem imigrantes”. A iniciativa teve início nas redes sociais para boicotar as políticas migratórias do presidente norte-americano, Donald Trump, que se espalhou por todo país.
Centenas de companhias da construção civil, restaurantes, e outros estabelecimentos não funcionaram para mostrar para o magnata a importância dos imigrantes para a economia do país. Em Washington, Boston, Filadélfia e Los Angeles, vários imigrantes abandonaram seus postos de trabalho, se negaram a fazer compras e usar o transporte público, ignorando por um dia a economia norte-americana.
Na capital do país, uma marcha foi realizada até a Casa Branca e diversas ruas foram interditadas. Manifestantes carregavam cartazes com as frases “nenhum ser humano é ilegal” e “você come comida? Então você precisa de imigrantes”. Diversos imigrantes salvadorenhos, colombianos, indianos e coreanos se uniram à greve para protestar contra as medidas de Trump, que quer acelerar as deportações de imigrantes ilegais e proibir a entrada de refugiados no país.
Alguns locais também instalaram cartazes de “fechado por greve geral”. Escolas receberam ligações de imigrantes informando que estavam doentes e não iriam às aulas. Segundo o Escritório do Censo, a população de imigrante cresceu de maneira histórica nos últimos anos. De acordo com os últimos dados, divulgados em 2013, 13% dos habitantes do país nasceram no exterior, o equivalente a mais de 41 milhões de pessoas (ANSA).

PM poderá seguir carreira até os 60 anos de idade

O governador Geraldo Alckmin assinou projeto que altera as regras sobre a passagem dos policiais militares para a inatividade. O texto permite que o PM continue na ativa até os 60 anos de idade, se assim desejar. A proposta muda a chamada “expulsão compulsória”, que força o policial a passar para a reserva após atingir a idade limite da patente atual.
Atualmente, cabos e soldados podem ficar até 52 anos; subtenentes e sargentos, até 56; 1º tenente, até 47; capitão, até 50; major, 52; e coronel, 59 anos. “Esse projeto também traz uma novidade. Permite que o policial militar inativo volte à atividade para o exercício de funções administrativas”, explicou o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho. Um dos motivos da proposta é a alteração na idade máxima para ingresso na PM, que estipula até 30 anos para entrada nos quadros operacionais.
A novidade atende a pedidos feitos pela categoria e foi anunciada depois de reunião, realizada no Palácio dos Bandeirantes, entre o governador, os secretários da Segurança e da Fazenda e entidades de classe representativas da PM – de cabos e soldados, sargentos e subtenentes, oficiais e das pensionistas (SSP).

Consulta tem mais de 2 mil contribuições para a Internet das Coisas

A Internet das Coisas vem crescendo em todo mundo, com uma série de aplicações.

O Ministério da Ciência e Tecnologia recebeu 2.288 contribuições da sociedade para a construção do Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT). A consulta pública foi aberta para subsidiar as discussões para a Câmara de Internet das Coisas. O termo IoT (do inglês Internet of Things) é usado para designar uma série de tecnologias que utilizam a internet para comunicar a usuários informações em tempo real sobre a operação de equipamentos.
Os temas mais abordados nas contribuições populares foram: demanda por IoT, 387 vezes; Pesquisa e desenvolvimento (257); papel do Estado (226); oferta tecnológica e composição de ecossistemas (225); e assuntos regulatórios (219). A meta é construir uma política nacional com ações voltadas para o desenvolvimento do mercado de IoT no Brasil até 2022. “Vamos utilizar esse material para construir um Plano Nacional de IoT mais robusto”, afirmou o secretário de Política de Informática do ministério, Maximiliano Martinhão”.
A Internet das Coisas permite o monitoramento e gerenciamento de vários aparelhos e dispositivos via software para aumentar a eficiência de sistemas e processos, habilitar novos serviços e melhorar a qualidade de vida das pessoas. As aplicações são diversas e incluem desde monitoramento de saúde, controle de automação industrial e uso de dispositivos pessoais conectados. Estima-se que já existam mais de 15 bilhões de dispositivos conectados à internet em todo o mundo, incluindo smartphones e computadores. A previsão é que, em 2025, seja atingida a marca de 35 bilhões de dispositivos (ABr).

Anvisa proíbe venda de produto para artrose

A Anvisa determinou como medida de interesse sanitário a proibição da fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e uso do produto Canela de Velho, que promete “a cura milagrosa da doença artrose”. O produto divulgado no site não tem registro, notificação ou cadastro na agência. A empresa Mario Augusto de Souza (CNPJ: 11.659.016/0001-27) também não tem autorização de funcionamento na Anvisa.
O produto contém, em sua formulação, a planta Miconia albicans desidratada e triturada e, segundo a Anvisa, não é possível esclarecer qual é a parte da planta utilizada para a confecção do chá com indicações terapêutica. O proprietário Mario Augusto de Souza disse que ainda não foi notificado pela Anvisa e alegou que vende a folha in natura (ABr).