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Geral 17/11/2016

em Geral
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Entre os pais que não eram alfabetizados aos 15 anos, 23,6% dos filhos também não eram na mesma idade.

Educação dos pais é determinante na formação e no rendimento dos filhos

Entre os pais que não eram alfabetizados aos 15 anos, 23,6% dos filhos também não eram na mesma idade.

O nível de instrução dos pais é fator determinante na formação educacional dos filhos. É o que mostra o estudo Suplemento de Mobilidade Sócio-ocupacional, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014, lançado ontem (16) pelo IBGE

Foi a primeira vez que o instituto abordou a forma como a origem sócio-ocupacional pode influenciar a inserção laboral dos filhos.
Segundo os dados analisados, entre os pais que não eram alfabetizados aos 15 anos, 23,6% dos filhos também não eram na mesma idade e apenas 4% completaram o nível superior posteriormente. Entre os pais com nível superior completo, apenas 0,5% dos filhos não tinham instrução aos 15 anos, enquanto 69,1% também completaram o nível superior. O levantamento foi feito com pessoas a partir dos 25 anos e que moravam com o pai aos 15.
Quanto ao rendimento médio desses trabalhadores, a escolaridade do pai também apresenta forte influência. Entre os que não têm instrução, o valor vai de R$ 717 para quem não tem pai instruído a R$ 2.324 para quem tem pai com nível superior completo. Na população de trabalhadores com nível superior completo, a renda varia de R$ 2.603, quando o pai não tem instrução, a R$ 6.739 quando o pai também tem nível superior. Segundo o IBGE, enquanto 59,6% dos filhos de trabalhadores agrícolas começaram a trabalhar até os 13 anos de idade, o percentual cai para 7,5% entre os filhos de profissionais das ciências e das artes.
A maioria dos filhos dessa categoria entra no mercado entre os 20 e 25 anos, com 30,8%. Entre os filhos de trabalhadores de serviços administrativos, 40,8% começam a trabalhar entre 14 e 17 anos, percentual que sobre para 48,9% entre os filhos de trabalhadores da produção de bens e serviços e de reparação e manutenção. A idade com que a pessoa entra no mercado de trabalho também varia conforme a situação de ocupação dos pais. Enquanto 46,6% dos filhos de pessoas sem carteira assinada ingressam no mercado até os 13 anos, a proporção cai para 15,2% entre os filhos de militares e funcionários públicos estatutários (ABr).

Idade mínima para aposentadoria divide especialistas e centrais sindicais

A esperança de vida em Santa Catarina é de 79 anos e está 8,4 anos acima da mais baixa, no Maranhão, em 70,6 anos.

Uma das dúvidas atuais é se a reforma da Previdência levará em conta a disparidade das expectativas de vida no país. Especialistas divergem quanto à possibilidade de a reforma levar em conta as diferenças regionais. Dados do IBGE mostram disparidade entre estados e municípios brasileiros no que diz respeito ao tempo médio de vida dos habitantes. A esperança de vida em Santa Catarina, por exemplo, de 79 anos – a mais alta do Brasil – está 8,4 anos acima da mais baixa, no Maranhão, atualmente em 70,6 anos.
Além disso, em 19 municípios, todos no Nordeste, a expectativa de vida da população é de cerca de 65 anos, a idade mínima pretendida na proposta do governo. Do outro lado, 20 municípios do Sul têm expectativa ao redor de 78 anos. Ante esse panorama, o economista Gilberto Braga, professor de Finanças da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec-RJ, acha que o “tecnicamente correto” seria adequar os regimes de Previdência às realidades locais. “Uma regra de transição na idade mínima, de maneira que nas regiões com menor expectativa de vida, com o passar dos anos, [a idade exigida para se aposentar] fosse aumentando”, explica o economista.
O economista José Matias-Pereira, especialista em administração pública e professor da UnB, tem uma visão diferente. Ele reconhece que a questão das diversas expectativas de vida é “importante”. No entanto, considera difícil uma reforma da Previdência que atenda às disparidades regionais do tempo médio de vida do brasileiro. O principal problema em ter regimes de Previdência diferentes dependendo da região é a impossibilidade de o governo controlar a mobilidade da população.
Já entidades representativas dos trabalhadores defendem que a reforma contemple as diferenças regionais e que o ônus de equilibrar as contas previdenciárias não recaia exclusivamente sobre os usuários do sistema. O presidente da CUT, Vagner Freitas, é a favor da cobrança de débitos de empresas em atraso com a contribuição. “Você pode fazer várias modificações. Por exemplo, acabar com a sonegação, porque a maior parte das empresas sonega. Também acabar com o trabalho informal, porque aí [com mais trabalhadores formalizados] você vai renovando as pessoas que entram na Previdência”.
A cobrança às empresas também é defendida por João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. “A reforma, para nós, tem outro viés. É o viés da melhoria da arrecadação, da cobrança de atrasados, de repensar uma estrutura de aposentadoria que seja igualitária para todos. O que não podemos é focar apenas na questão de diminuir o custo, pois isso é cortar o social e prejudicar quem está lá, quem já teve dificuldade e vai ter mais ainda para chegar aos 65 anos” (ABr).

Papa quer rapidez na proteção à natureza

O papa Francisco pediu para que as nações ajam “sem demora” para defender a natureza. O pedido está em uma mensagem enviada à 22ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP22), que está sendo feita em Marrakeche, no Marrocos. “Agir sem demora, de maneira mais livre possível das pressões políticas e econômicas, superando os interesses e os comportamentos particulares”, apelou o Papa.
Segundo o pontífice, o Acordo de Paris mostra a “grave responsabilidade ética e moral” de todas as nações sobre os “preocupantes impactos” das mudanças climáticas. O Papa Francisco ressaltou que os problemas ambientais causam impactos “em toda a humanidade, mas em particular, nos mais pobres e nas gerações futuras, que representam o componente mais vulnerável” (ABr).

STJ nega novo pedido para soltar Palocci

Ex-ministro Antonio Palocci.

O ministro do STJ, Felix Fischer, negou ontem (16) novo pedido de liberdade ao ex-ministro Antonio Palocci, preso em setembro na Operação Lava Jato. De acordo com o ministro, o decreto de prisão, assinado pelo juiz federal Sérgio Moro, foi corretamente fundamentado nos riscos de “reiteração dos crimes e persistência na prática de atividades ilícitas”. Em outubro, outro pedido de soltura foi rejeitado.
No habeas corpus, a defesa de Palocci sustentou que a manutenção da prisão é ilegal e negou que o ex-ministro seja a pessoa cujo codinome “italiano” foi registrado em uma das planilhas de pagamento de propina da empreiteira Odebrecht. A acusação foi feita pela força-tarefa de procuradores da Lava Jato. Palocci e mais 14 pessoas são réus em uma ação penal relatada por Sérgio Moro. Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, a empreiteira comandada por Marcelo Odebrecht tinha uma “verdadeira conta-corrente de propina” com o PT. Para os investigadores, a conta era gerida pelo ex-ministro Palocci. Segundo os investigadores, os pagamentos ao ex-ministro eram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, setor responsável pelo pagamento de propina a políticos, em troca de benefícios indevidos junto ao governo federal (ABr).

“Trump pode ser aliado contra terrorismo”

O ditador sírio, Bashar al-Assad, disse ontem (16) que o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser um aliado na luta contra o terrorismo. Em entrevista à rede portuguesa RTP, Assad, porém, confessou ter dúvidas sobre a capacidade de Trump de cumprir suas promessas de campanha, entre elas a de combater os grupos terroristas e fortalecer as relações com a rival Rússia.
Desde 2011, os Estados Unidos, sob comando do então presidente Barack Obama, tentam retirar Assad do poder e apoiam os grupos rebeldes. Mas a Rússia, histórica adversária de Washington, é aliada de Assad e ajuda o regime sírio a combater as milícias e até terroristas do Estado Islâmico. Na segunda-feira (16), o governo do Irã, que também é um adversário para os EUA no plano de interesses internacionais, afirmou que “nem chora nem comemora” a eleição de Trump.
“O Irã não chora e nem comemora os resultados das eleições norte-americanas, porque os Estados Unidos sempre serão os mesmo e, para nós, não fará nenhuma diferença”, disse o líder supremo aiatolá Sayyid Ali Khamenei (ANSA).

Seleção encerra ano com 100% na ‘era Tite’

Com uma vitória por 2 a 0 sobre o Peru na quarta-feira (16), a seleção brasileira encerrou o ano de 2016 com 100% de aproveitamento na “era Tite” e ficou muito perto de uma vaga na Copa do Mundo de 2018. Após um primeiro tempo equilibrado, o Brasil deslanchou na etapa complementar e foi às redes com Gabriel Jesus, aos 13 minutos, e Renato Augusto, aos 33.
Com o resultado, o país chegou a 27 pontos nas Eliminatórias e abriu quatro de vantagem sobre o vice-líder Uruguai e oito para a Argentina, quinta colocada. Desde que Tite assumiu o comando da seleção, foram seis jogos e seis vitórias, com 17 gols marcados e apenas um sofrido. A próxima partida da seleção será no dia 23 de março de 2017, fora de casa, justamente contra o Uruguai (ANSA).