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Geral 17/05/2016

em Geral
segunda-feira, 16 de maio de 2016

Número de inadimplentes no Brasil chegou a 60 milhões

Os débitos atrasados com bancos e cartão de crédito representaram 27,2% do valor total da inadimplência.

Dos R$ 239 milhões de dívidas atrasadas do país, registrado em março de 2016, o setor de utilities (fornecimento de água, luz e gás) representava 17,9% deste total

Trata-se da mais alta participação alcançada pelo segmento desde junho de 2014, quando o levantamento passou a ser feito pela Serasa Experian. Em março do ano passado, as dívidas no setor somavam 15,1% do montante. Outro segmento que ultrapassou os percentuais anteriores foi o de serviços que, pela primeira vez, participou com 11,4% do total dos débitos em aberto. Em março/2015, serviços registrava 9,0% do total de contas não pagas no Brasil.
Já os débitos atrasados com bancos e cartão de crédito representaram 27,2% do valor total da inadimplência, e mantêm o segmento em primeiro lugar no ranking dos mais afetados. Em março de 2015, o percentual de participação era de 30,7%. Empresas de telefonia detinham 15,1% dos R$ 239 milhões de contas não pagas em março/2016. Na apuração de março/2015, o percentual era de 16,5%.
“Os mais afetados com a situação econômica atual são aqueles que vivem daquilo que recebem e não fazem nenhum tipo de reserva ou poupança financeira. Ao perderem o emprego, essas pessoas não conseguem honrar os compromissos financeiros e caem na inadimplência”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Segundo ele, o crescimento da participação de utilities no ranking da inadimplência entre os setores denota o agravamento da crise, uma vez que os consumidores tendem manter estes pagamentos em dia para não terem a interrupção da prestação do fornecimento. Estudo da Serasa Experian revelou que, em março, o número de inadimplentes no Brasil chegou a 60 milhões, um recorde desde que a empresa passou a fazer o levantamento, em 2012.

Diretrizes para tratar sequelas da mutilação genital feminina

A mutilação genital ou ablação implica a eliminação parcial ou total dos órgãos genitais externos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou diretrizes para o tratamento das sequelas da mutilação genital feminina ou ablação, que atinge cerca de 200 milhões de mulheres no mundo. Pela primeira vez, foram elaboradas indicações dirigidas às mulheres afetadas por essa mutilação, à qual são expostas anualmente cerca de 3 milhões de mulheres e crianças.
A mutilação genital feminina ou ablação implica a eliminação parcial ou total dos órgãos genitais externos das mulheres, o que provoca dor, perda de sangue e pode levar à morte. No caso da mutilação conhecida por infibulação, são seccionadas diversas partes dos órgãos genitais e também se costuram os lábios vaginais, deixando apenas uma abertura para a urina e o sangue menstrual, o que pode provocar a morte durante o parto, inclusive para os bebês, cuja saída pode ficar bloqueada.
Em longo prazo, as mulheres podem sofrer disfunção sexual, infeções urinárias ou problemas psicológicos como depressão, ansiedade ou síndrome pós-traumática. A OMS considera a mutilação um problema de saúde global, com especial incidência em 30 países de África e alguns da Ásia, mas com casos cada vez mais frequentes em países da Europa e América do Norte devido à imigração.
Doris Chou, perita do Departamento de Saúde Reprodutiva e Investigação da OMS reiterou, em declarações à agência de notícias Efe, a importância dos profissionais médicos para a erradicação dessa prática, sobretudo após os casos cada vez mais comuns de envolvimento médico na ablação. “As próprias famílias percebem as complicações que podem ocorrer durante a mutilação e recorrem ao médico mais próximo, pedindo que ele faça”, observou (Ag. Lusa).

Oferta de serviços é a principal queixa contra bancos

A oferta ou prestação de informação sobre produtos e serviços de forma inadequada foi a principal reclamação de clientes de bancos dentre as registradas no Banco Central (BC) em abril. No total, foram 356 queixas consideradas procedentes pelo BC. Em segundo lugar, ficaram irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços, com 304 registros. E em terceiro lugar, o débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente, com 295 queixas. No total, o BC recebeu 2.931 reclamações, 10,9% a menos do que em março (3.289) deste ano. O relatório do BC é divulgado mensalmente.
A insatisfação com serviços e produtos oferecidos por instituições financeiras pode ser registrada no BC e as reclamações ajudam na fiscalização e regulação do Sistema Financeiro Nacional. Entretanto, o BC recomenda que a reclamação seja anotada, primeiramente, nos locais onde o atendimento foi prestado ou no serviço de atendimento ao consumidor (SAC) da instituição financeira. Se o problema não for resolvido, o cidadão pode ainda procurar a ouvidoria do banco, que terá prazo máximo de 15 dias para responder. Os clientes bancários também podem buscar atendimento no Procon e recorrer ao Poder Judiciário (ABr).

Fábrica da Vokswagen suspende produção em Taubaté

A fábrica da Volkswagen em Taubaté, interior paulista, suspendeu ontem (16) a produção por falta de peças. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, as operações na unidade foram paralisadas devido à falta de bancos para a montagem dos carros, que são fornecidos por outra empresa. De acordo com o sindicato, 4,5 mil funcionários deixaram de trabalhar a partir da decisão. Os dias parados serão descontados do banco de horas.
Na sexta-feira (13), ainda segundo o sindicato, a empresa tinha anunciado férias coletivas para a unidade entre os dias 30 de maio e 18 de junho. A montadora alegou, de acordo com a organização dos trabalhadores, a necessidade de adequar o processo produtivo. A Volkswagen informou, por meio da assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre o assunto (ABr).

Papa pede que bispos abram mão de bens e propriedades

Os bispos devem refletir sobre a “renovação do clero”, mas focando em quem “vive com um estilo de vida simples”.

O papa Francisco reforçou seu apeloontem (16) para que os padres e bispos abram mão de luxos e bens desnecessários, criando uma Igreja “pobre para os pobres”. Retomando o pedido feito três dias depois de sua eleição a Pontífice, em março de 2013, Francisco abriu a 69ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI), no Vaticano, que irá discutir a renovação do clero. “Mantenham apenas o que pode servir para a experiência de fé e caridade do povo de Deus”, disse o Papa.
De acordo com Francisco, os bispos devem refletir sobre a “renovação do clero”, mas focando em quem “vive com um estilo de vida simples e essencial, sempre disponível”, que “caminha com o coração e no passo dos pobres”. “Como um padre que seja homem de paz e reconciliação, sinal e instrumento de ternura de Deus. Atento a difundir o bem com a mesma paixão com a qual outras pessoas perseguem seus interesses”, ressaltou. O líder católico também chamou a atenção para o fato de que os costumes e hábitos mudaram com o passar do tempo. “O contexto cultural atual é muito diferente daquele no qual os padres viveram em seus anos iniciais de ministério”, disse.
“Até na Itália, tantas tradições, hábitos e visões de vida foram afetados por uma profunda mudança de época. Nós, que nos costumamos a criticar os dias de hoje com tom amargo e acusatório, devemos admitir também a dureza dos nossos tempos: tantas pessoas que encontramos que estão em apuros por falta de referência”, comentou. A declaração do Papa vem em um momento em que a CEI passa por reformas de transparência e gerenciamento fiscal. Esta também foi a terceira vez que Francisco abriu a assembleia da CEI (ANSA).

Participação estrangeira em empresa aérea e fim de tarifa aeroportuária

O fim do Adicional de Tarifa Aeroportuária (Ataero) e o aumento da participação estrangeira no capital das companhias aéreas brasileiras estão em debate hoje (17) no Senado. A audiência pública será promovida pela comissão mista que analisa a MP que trata desses e de outros assuntos relacionados ao setor aéreo. A comissão, presidida pelo senador Hélio José (PMDB-DF), convidou para representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar). O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e o Sindicato de Aviação Agrícola (Sindag) também devem enviar representantes para a audiência.
A MP estabelece o fim do Adicional de Tarifa Aeroportuária a partir de 1º de janeiro de 2017. O tributo é cobrado dos passageiros, em tarifas embutidas nas passagens, e das companhias aéreas, sobre os procedimentos de pouso e permanência das aeronaves. O valor se destina a financiar reformas e expansões de aeroportos administrados pela Infraero. O adicional representa um acréscimo de 35,9% no valor das tarifas. A MP também eleva de 20% para 49% o limite de participação estrangeira no capital com direito a voto das companhias aéreas brasileiras.
O texto abre a possibilidade de negociação de acordo de reciprocidade (entre o Brasil e outro país) que permita a uma empresa estrangeira adquirir o controle do capital de uma companhia aérea brasileira (acima de 50% das ações), desde que uma empresa nacional também possa adquirir o controle de uma aérea em outro país. A audiência será realizada em caráter interativo. Qualquer pessoa poderá participar em tempo real, com perguntas, críticas e sugestões, por meio do portal e-Cidadania e pelo Alô Senado (0800 612211) – (Ag.Senado).