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Geral 16/02/2016

em Geral
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Crise causa mudança de alunos de escolas privadas para públicas

Crise econômica tem levado pais a trocarem escolas particulares por públicas.

Com a crise econômica, muitas famílias tiveram que cortar gastos e alguns pais transferiram filhos da rede de ensino particular para a rede pública

A diretora da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios, diz que as escolas particulares perderam entre 10% e 12% das matrículas em 2016, por causa, principalmente, da crise financeira. A Fenep identificou a saída de estudantes de escolas privadas, de famílias das classes C e D, parcela da população que teve ganho de poder aquisitivo antes da crise e agora sente mais os efeitos da desaceleração econômica.
“Teve migração maior de escolas que atendem as classes C e D, que cresceram mais nos últimos cinco anos com aquela ilusão do grande boom do crescimento. Essas classes tinham o sonho de colocar os filhos na escola particular e, com os cortes que fizeram no orçamento, a escola não coube mais”, disse Amábile. Segundo ela, nas escolas que atendem predominantemente as classes A e B, houve aumento de 3% a 4% nas matrículas.
O subsecretário de Planejamentoda Secretaria de Educação do DF, Fábio Pereira, disse que o principal motivo do aumento da demanda deve ser mesmo a migração de estudantes da rede privada para a pública, por causa da crise e do encarecimento das mensalidades escolares. “A Secretaria de Educação recebe em média 30,32 mil solicitações de novas matrícula a cada ano, e neste foram cerca de 42 mil. Isso, certamente, reflete a transferência desses alunos da rede particular para a [rede] pública, e também a chegada de novas crianças ao Distrito Federal”, disse ele.
O diretor executivo da Associação Lecionar Unificada de Brasília (Alub), Alexandre Crispi, diz que neste ano observou intenso movimento de migração de estudantes entre escolas privadas, saindo daquelas com mensalidades mais caras para as de preço mais baixo. Ele conta que as matrículas nas unidades da rede Alub, que tem foco na classe C, cresceram 14% este ano, em comparação com o ano passado.
Segundo Crispi, muitos pais fazem cortes e remanejam gastos para manter os filhos na escola particular. Além de mudar os filhos de escola, em função do preço, ele diz que as famílias têm recorrido ao corte de transporte escolar, de cursos de línguas e aulas de esportes. “Se os pais precisarem mudar os estudantes de escola, que escolham uma q ue tenha perfil pedagógico mais próximo”, recomenda Crispi (ABr).

Ministério da Saúde defende segurança de larvicida

O Ministério da Saúde diz que só usa larvicidas recomendados pela OMS.

O Ministério da Saúde divulgou nota ontem (13) na qual diz que só usa larvicidas recomendados pela Organização Mundial da Saúde na eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. A declaração veio depois que o Rio Grande do Sul suspendeu o uso do produto pyriproxyfen por suspeita de que ele provoca microcefalia. A pasta ressalta que alguns locais onde o Pyriproxyfen não é usado também registraram casos de microcefalia.
“Ao contrário da relação entre o vírus Zika e a microcefalia, que já teve sua confirmação atestada em exames que apontaram a presença do vírus em amostras de sangue, tecidos e no líquido amniótico, a associação entre o uso de Pyriproxifen e a microcefalia não possui nenhum embasamento cientifico”, disse a nota. A pasta também ressalta que o Rio Grande do Sul tem autonomia para utilizar o produto adquirido e distribuído pelo Ministério da Saúde ou desenvolver estratégias alternativas.
Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que 462 bebês nasceram com microcefalia. Em 41 casos foi confirmada com exames laboratoriais a relação entre a malformação e o vírus Zika. A pasta ainda investiga 3.852 notificações de malformações em recém-nascidos. Em 2015 mais de 1,6 milhão de pessoas tiveram dengue e mais de 800 morreram em decorrência deste vírus (ABr).

Cai o interesse estrangeiro pela China

A Bain & Company acaba de lançar a 18ª edição do China Business Climate Survey Report, relatório elaborado em parceria com a Câmara Americana de Comércio da República Popular da China com o intuito de analisar o desempenho de seus membros em 2015, planos para os investimentos no mercado chinês nos próximos anos e suas percepções sobre os aspectos econômicos, regulatórios e sociais do país.
Os desafios encontrados pelas empresas norte-americanas em território chinês relacionam-se tanto às consequências da diminuição do ritmo de crescimento, como o excesso de capacidade da indústria, quanto à entraves de ordem política, como a baixa velocidade da internet decorrente do controle da rede pelo governo. Ainda assim, o país é considerado investimento prioritário por 60% das companhias consultadas.
Apesar de ainda consistir em um percentual elevado, trata-se de uma queda significativa em comparação com 2012, por exemplo, ano em que o percentual de empresas que priorizava o país em seus planos de investimento chegava a 80%. Pela primeira vez em cinco anos, as empresas participantes da Câmara de Comércio citaram “interpretação regulatória inconsistente e leis obscuras” e “dificuldade de obtenção das licenças requeridas” como alguns dos principais desafios para o bom andamento dos negócios.
Dentre as prioridades para o futuro dos negócios na China, 90% dos participantes consideraram investimentos em inovação essenciais. prova disso é que na pesquisa foi possível observar que a utilização de ferramentas de inovação com foco na adaptação de produtos e serviços para as peculiaridades dos consumidores chineses fez com que 40% das empresas-membros aumentassem suas receitas em 32% no ano de 2015. Apesar desse progresso, 77% das empresas consultadas sentem que os negócios estrangeiros são menos bem-vindos na China hoje. Fonte e mais informações: (www.bain.com.br).

Em hospital infantil, Papa pede ‘afetoterapia’ com crianças

Papa Francisco na visita a Hospital Infantil no México.

Em uma atmosfera sorridente e de grande comoção, o papa Francisco visitou na noite do último domingo (14), o hospital pediátrico Federico Gómez, na Cidade do México, parte do itinerário de sua viagem pelo país latino. Emocionado com a “ternura” das crianças, o Pontífice, acompanhado pela primeira-dama mexicana, Angélica Rivera, cumprimentou os pequenos pacientes um por um, distribuiu beijos e carícias, trocou abraços, recebeu desenhos e presentes e disse palavras de conforto e encorajamento.
Na ala de oncologia, Jorge Bergoglio deu remédios pessoalmente a um dos meninos internados, Rodrigo. Ao todo, o setor abriga 38 crianças, algumas das quais à espera de um transplante. “Atravessando aquela porta e vendo os seus olhos, os seus sorrisos, os seus rostos, eu tive vontade de agradecer. Obrigado pelo afeto ao me acolherem. Obrigado, porque vejo o afeto com o qual vocês são tratados”, disse o Papa. Além disso, Francisco abençoou todas as pessoas que, “não apenas com medicamentos, mas também com ‘afetoterapia’”, ajudam a fazer com que esse tempo “seja vivido com mais alegria”. “Isso é importante, a ‘afetoterapia’: às vezes, uma carícia ajuda muito na recuperação”, declarou (ANSA).

Formação de grêmios nas escolas, com voto direto de alunos

Os grêmios estudantis terão mais espaço na rede estadual de São Paulo neste ano. A ação foi anunciada pelo secretário da Educação, José Renato Nalini. A proposta é ampliar a participação dos 3,7 milhões de alunos do Ensino Fundamental e Médio nos ambientes escolares e dar maior transparências ao processo. Todas as escolas estaduais terão grêmios estudantis, com eleição por voto direto e secreto dos estudantes da unidade.
Hoje, 3.500 unidades mantêm grêmios. Com a medida, a intenção é que todas as 5.000 escolas tenham agremiações. Com o pleito único, as unidades que ainda não têm representantes serão estimuladas a criar suas próprias comissões e ter voz ativa em decisões do ambiente escolar, inclusive com pautas de reivindicações para melhorias, apresentando-as à diretoria.
“A figura do grêmio estudantil está em bom número da rede estadual. É um instrumento transformador nas unidades em que atua. Os próprios jovens, porém, apontam problemas no formato de eleição dos representantes das agremiações. Este apelo já é um dos frutos que colhemos das manifestações do ano passado. Ouvimos e estamos agindo”, disse Nalini.
O Grêmio tem autonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a escola. Tem direito de participar da organização do calendário escolar e deve articular e negociar os interesses junto à direção escolar. A orientação da Secretaria é que cada escola indique um ambiente para sede do Grêmio, onde os alunos poderão se reunir, desde que não atrapalhe os estudos (SEE).