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Geral 15/09/2016

em Geral
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Organização pede que pesquisas de saúde se alinhem a interesses da população.

Organização pede que pesquisas de saúde se alinhem a interesses da população

Organização pede que pesquisas de saúde se alinhem a interesses da população.

A organização Médicos sem Fronteiras (MSF) divulgou ontem (14) relatório em que faz um apelo aos governos para que alinhem as políticas de pesquisa na área da saúde aos interesses da população

Segundo o documento, as empresas farmacêuticas negligenciam algumas das maiores ameaças à saúde, com por exemplo o aumento de infecções resistentes e o ebola. A tuberculose é outro exemplo, dado pela organização, de doença com lacunas no tratamento. Nos últimos 50 anos só foram lançados dois medicamentos contra a doença infecciosa que mais mata no mundo, responsável por 1,5 milhão de mortes por ano.
O relatório da MSF, Lives on the Edge: Time to Align Medical Research and Development with People’s Health Needs (Vidas no limite: é hora de alinhar pesquisa e desenvolvimento médicos às necessidades de saúde da população), está sendo divulgado às vésperas da Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorrerá na próxima semana e, entre outros assuntos, vai discutir a busca por novos modelos de pesquisas médicas que incentivem a produção de medicamentos com custo mais acessível para doenças negligenciadas.
“Tanto em países pobres quanto em países ricos, as pessoas estão descobrindo que os medicamentos de que precisam ou não existem ou são tão caros que elas não podem comprá-los, e os governos precisam resolver esses problemas”, disse em nota Katy Athersuch, assessora para políticas de inovação da Campanha de Acesso da MSF. Os governos não fazem com que as pesquisas financiadas com o dinheiro dos impostos atendam às necessidades de saúde prioritárias.
“Em 2014, apenas 16% dos investimentos em pesquisa sobre doenças relacionadas à pobreza vieram de empresas farmacêuticas”, diz o documento. A organização também defende que se os governos oferecem financiamento para pesquisas médicas, eles devem exigir que o produto final seja acessível à população. Para a organização, a falta de ferramentas de diagnóstico, de vacinas e de medicamentos para ebola e infecções resistentes, por exemplo, ilustra como o foco da indústria está na receita financeira esperada pelas empresas e seus acionistas, e não nas necessidades médicas mais urgentes (ABr).

Aumento de ministros do STF ‘não é decisão do presidente da Corte’

Ministro do STF, Ricardo Lewandowski.

O ministro Ricardo Lewandowski disse ontem (14) que o reajuste dos salários dos ministros do STF “não é um ato isolado do presidente do Supremo”, e sim uma proposta institucional da Corte, aprovada por todos os ministros em reunião administrativa. A ministra Carmén Lúcia disse que pretende reexaminar a proposta e, eventualmente, retirar o apoio ao aumento salarial, cujas consequências seriam “graves e nefastas num momento de muitas dificuldades para o Brasil”, afirmou.
“A primeira providência que tenho a ser adotada agora é entender como e por que o ministro Ricardo Lewandowski encaminhou esse projeto, em que condições”, disse Cármen Lúcia. Integrantes do governo Temer também já deram declarações à imprensa posicionando-se contra o reajuste, que, se for aprovado, provocará um efeito cascata em toda a magistratura, impondo custos bilionários aos orçamentos da União e dos estados.
O projeto que tramita no Senado prevê que o salário dos ministros do STF, que é também o teto salarial para servidores públicos, suba de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32 por mês, a partir de janeiro de 2017. “O reajuste não sai da cabeça do presidente, é algo discutido entre os técnicos do STF e do Planejamento”, disse Lewandowski.
“Isso é examinado e discutido, integra a peça orçamentária aprovada pelos ministros, que depois é levada ao Congresso. Não é algo do presidente, que sai da cabeça do presidente, é algo do pleno, é um ato do STF”. O ministro Gilmar Mendes também disse que o aumento salarial dos ministros do STF está sendo usado como meio de atender a pretensões salariais de outras categorias (ABr).

STF nega habeas corpus a José Carlos Bumlai

O ministro Teori Zavascki, do STF, negou um pedido de habeas corpus feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que se encontra preso preventivamente na carceragem da Polícia Federal de Curitiba desde o último dia 6. Apesar de indeferir o habeas corpus, Zavascki solicitou informações sobre o estado de saúde de Bumlai e determinou que o juiz Sergio Moro as avalie com mais cautela ao analisar uma possível prisão domiciliar.
“As condições de saúde do paciente podem e devem ser avaliadas pelo magistrado de primeiro grau, sem que isso se confunda com a prisão cautelar, objeto da impetração. Necessário, assim, aguardar-se as informações solicitadas”, disse Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, na decisão.
Bumlai é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e teve a prisão preventiva decretada em novembro de 2015, na Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato. Em março deste ano, ele teve permissão para cumprir detenção domiciliar, por causa do tratamento de um câncer na bexiga e de problemas no coração (ABr).

Raquete de neve mais antiga do mundo

Raquete de neve encontrada nos Alpes da Itália.

Foi encontrada nos glaciares alpinos entre a Áustria e a Itália a raquete de neve mais antiga do mundo. Utilizado para caminhar sobre o gelo, o equipamento foi apresentado em Bolzano, na região italiana de Trentino-Alto Ádige. O achado arqueológico confirma a presença do homem nas montanhas dos Alpes há pelo menos 5.800 anos.
Ele foi encontrado por Simone Bartolini, cartógrafo do Instituto Geográfico Militar, sediado em Florença, quando estava fazendo um levantamento de relevos na região do vale de Fosse, na fronteira austríaca. Especialistas do Departamento de Bens Arqueológicos da Província de Bolzano submeteram a raquete ao método de datação por carbono 14, e os resultados mostraram que o equipamento é do período Neolítico, entre 3.800 a.C. e 3.700 a.C.
Isso quer dizer que o objeto é mais antigo que a “múmia de gelo” Ötzi, morta por volta de 3.200 a.C., a poucos quilômetros de distância. Ela é uma das múmias mais velhas já descobertas (ANSA).

Cartola esloveno é eleito presidente da Uefa

Aleksander Ceferin, novo presidente da Uefa.

O esloveno Aleksander Ceferin, 48 anos, foi eleito ontem (14) como presidente da Uefa, substituindo o francês Michel Platini, suspenso do futebol por quatro anos devido a uma suposta propina recebida de Joseph Blatter. Ceferin, que comandava a federação de seu país desde 2011, recebeu 42 votos e superou o holandês Michael van Praag, que teve apenas 13.
“A eleição de Ceferin é um ótimo resultado para o futebol europeu e premia um projeto construído nos últimos meses com a contribuição fundamental da Figc”, declarou o presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Carlo Tavecchio. Segundo o cartola azzurro, que apoiou a candidatura do esloveno, o objetivo é criar uma Uefa com mais participação de seus membros.
Já Platini disse estar “orgulhoso” de seus nove anos à frente da federação europeia e garantiu que sua consciência está “tranquila”. Ele foi suspenso por ter recebido de Blatter 2 milhões de francos suíços referentes a serviços prestados à Fifa entre 1998 e 2002. No entanto, o pagamento só foi efetuado em 2011, o que levantou a suspeita de suborno (ANSA).