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Economia 15/09/2016

em Economia
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Wesley Mendonça Batista e Joesley Mendonça Batista.

Investigados na Greenfield pagam R$ 1,5 bi para retornar ao Grupo JBS

Wesley Mendonça Batista e Joesley Mendonça Batista.

A Justiça Federal aceitou acordo para que os empresários Wesley Mendonça Batista e Joesley Mendonça Batista voltem a ocupar seus cargos no Grupo JBS

Para retornar ao comando do grupo, eles se comprometeram a depositar judicialmente R$ 1,5 bilhão até o dia 21 de outubro, valor aportado pela Funcef e pela Petros no fundo de investimentos FIP Florestal.
Em comunicado divulgado mais cedo, a empresa confirmou que os investigados já retornaram aos cargos de presidente global e presidente do conselho de administração da companhia, respectivamente. Eles foram afastados por meio de medidas cautelares após a Operação Greenfield, que investiga supostas fraudes em investimentos de fundos de pensão.
Na decisão, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal no Distrito Federal, disse que, se o acordo não for cumprido, a decisão será revogada e que voltarão a ser analisados os pedidos de prisão preventiva e medidas cautelares solicitadas pelo MPF no início das investigações. Na Operação Greenfield, a Polícia Federal (PF) investiga crimes de gestão temerária e fraudulenta em quatro dos maiores fundos de pensão do país: Funcef, Petros, da Petrobras Previ e Postalis (ABr).

Custos industriais caíram no segundo trimestre

A redução dos custos industriais foi puxada pela queda dos custos com capital de giro e com bens intermediários importados

Os custos industriais caíram 1,1% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses deste ano. O resultado foi a primeira queda no Indicador de Custos Industriais, desde o terceiro trimestre de 2014, informou ontem (14) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A redução foi puxada pela queda dos custos com capital de giro e com bens intermediários importados.
No segundo trimestre, o custo com capital de giro caiu 7,7% e o de custos com bens intermediários recuou 11,2% na comparação com o período imediatamente anterior, especialmente por causa da recente valorização do real diante do dólar. Segundo a CNI, embora tenha impacto positivo sobre os custos, a mudança no câmbio prejudicou a competitividade da indústria brasileira nos mercados interno e externo.
“A redução de 12,1% no preço dos manufaturados importados, em reais, foi maior que a queda de 1,1% nos custos industriais”, observa a CNI. Com isso, os produtos estrangeiros têm mais chances de competir com os brasileiros no mercado interno. Além disso, os preços em reais dos produtos industrializados nos Estados Unidos tiveram uma queda de 8,9%, muito superior à redução de 1,1% registrada nos custos industriais brasileiros. Na avaliação da CNI, isso indica a perda de competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
No entanto, a queda dos custos industriais associada ao aumento de 1,1% os preços dos produtos industrializados permitiram a recomposição dos lucros das empresas. “É o terceiro trimestre consecutivo em que o aumento dos preços supera o aumento dos custos industriais, o que indica um período de descompressão das margens de lucro”, acrescentou a CNI.

Continua fraca a demanda do consumidor por crédito

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito em agosto cresceu 7,4% em relação a julho. Em comparação com agosto do ano passado, a alta foi de 1,9%. No acumulado do ano até agosto, a demanda do consumidor exibe crescimento de 1,7% parente mesmo período do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o avanço foi beneficiado pela maior quantidade de dias úteis (23 em agosto contra 21), o mesmo ocorrendo em relação a agosto do ano passado (21 dias úteis). Isto mostra que, retirando-se o efeito-calendário, a demanda do consumidor por crédito ainda continua bastante enfraquecida.
Na comparação com julho, a maior alta na demanda por crédito ocorreu na baixa renda: alta de 9,7% para os consumidores que ganham até R$ 500 mensais. Para os que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês o avanço foi de 9,0%. Para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 mensais, a alta foi de 6,4%. Para os que recebem entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês o avanço foi de 5,1%. Para os consumidores cujo rendimento mensal se situa entre R$ 5.000 e R$ 10.000, a alta foi de 4,9% e de 6,5% para os consumidores com rendimentos mensais superiores a R$ 10.000 (Serasa Experian).