Epidemia do vírus Zika completa um ano com desafio na área de pesquisaNa próxima sexta-feira, (11) completa-se um ano desde que o Brasil foi oficialmente atingido por uma das maiores epidemias de sua história Em 11 de novembro de 2015, o Ministério da Saúde decretou a epidemia do vírus Zika como Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Naquela data, já se passavam dois meses desde que médicos do Nordeste alertaram para o alto número de nascimentos de bebês com microcefalia em diversos estados. Os primeiros casos de infecção pelo zika no Brasil ocorreram em meados de abril de 2015, na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador. O infectologista Antônio Bandeira atendeu os primeiros pacientes com os sintomas do vírus ainda desconhecido no país. “Eu fiquei impressionado com a quantidade muito grande de pessoas que estavam sendo atendidas na emergência do hospital naquele momento, que chegavam com o mesmo sintoma”, lembra o médico. Os exames dos pacientes foram enviados para a Universidade Federal da Bahia, onde foram submetidos à análise de virologistas que constataram a presença do Zika e comprovaram sua transmissão por vetor. Como nem todos os pacientes manifestam os sintomas da infecção, o registro do vírus no país só chamou a atenção a partir do segundo semestre de 2015, depois do surgimento de casos de adultos com a Síndrome de Guillain-Barré e do nascimento de centenas de bebês com microcefalia, principalmente em Pernambuco. A relação do vírus Zika com a microcefalia foi descoberta pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim (Ipesq), em Campina Grande. De acordo com o Ministério da Saúde, de outubro de 2015 até outubro de 2016, foram notificados 9.953 casos de microcefalia e outras alterações no sistema nervoso. Desse total, 4.797 casos foram descartados e 2.079 foram confirmados como microcefalia. Outros 3.077 casos suspeitos permaneciam em investigação até 22 de outubro. Do total de casos confirmados (2.079), 392 tiveram resultado positivo para o vírus Zika. O ministério, no entanto, considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia (ABr). |
Saúde anuncia vagas para brasileiros no Mais MédicosO Ministério da Saúde anunciou ontem (8) a abertura de mil vagas para profissionais brasileiros no âmbito do programa Mais Médicos. A proposta é ampliar a participação de brasileiros na iniciativa por meio da substituição de médicos cubanos que participam do programa por meio de acordo de cooperação com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas). Das 1 mil vagas em 462 municípios, 838 estão ocupadas atualmente por profissionais cubanos e 166 são relativas à reposição de desistentes. A meta do governo é substituir um total de 4 mil médicos cooperados por profissionais brasileiros no prazo de três anos, reduzindo de 11,4 mil para 7,4 mil o número de participantes cubanos. Parte da estratégia adotada, segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, é ofertar vagas em locais que estão entre as opções mais escolhidas pelos candidatos nas últimas seleções e que, atualmente, são ocupadas por cubanos. O ministro lembrou que o Mais Médicos foi criado com uma proposta de três pilares: convênios, formação de novos profissionais por meio da abertura de cursos e ampliação da residência médica. “Nossa visão de médio prazo é que, ao final, teremos oferta de médicos brasileiros para ocupar essa vagas”, completou. As inscrições serão realizadas entre 20 de novembro e 23 de dezembro. As vagas que não forem preenchidas por médicos brasileiros com atuação no país serão ofertadas a brasileiros formados no exterior. Atualmente, dos 18.240 médicos participantes do programa, 5.274 são formados no Brasil (29%), 1.537 têm diplomas do exterior (8,4%) e 11.429 fazem parte do acordo de cooperação com a Opas (62,6%). Mais de 63 milhões de famílias, de acordo com o governo, são assistidas por esses profissionais (ABr). Iraque libera mil pessoas de prisão subterrânea do EIAs forças iraquianas libertaram cerca de mil homens que eram mantidos em uma prisão subterrânea pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) na região de Mosul. De acordo com a imprensa internacional, a prisão ficava em Shura, a 35 km ao sul de Mosul, e foi encontrada por soldados que analisavam o solo em busca de explosivos. “Muitos prisioneiros são ex-soldados ou agentes da polícia”, disse Hussam al Abbar, conselheiro da província de Ninive, da qual Mosul é a capital. Os mil homens foram libertados. Desde o dia 17 de outubro, as forças iraquianas tentam reconquistar Mosul, que é a capital do califado do Estado Islâmico. Com o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, os iraquianos já chegaram ao município e enfrentam os jihadistas do EI em uma série de confrontos (ANSA). | Novo período de matrículas para próximo ano letivoPais e alunos que perderam o prazo em outubro terão uma nova chance para garantir a matrícula de 2017. A partir do dia 16, a Secretaria da Educação de São Paulo abre um novo período de cadastro a alunos vindos de escolas particulares ou que estão fora da rede pública neste ano. Há vagas em todas as regiões do Estado para classes do Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) e Ensino Médio (1ª a 3ª série), além da modalidade de Jovens e Adultos – EJA (a partir do 6º ano). Para fazer a matrícula, basta se dirigir a uma unidade da rede estadual e informar nome completo do estudante, data de nascimento, endereço residencial e telefone para contato. No caso de menores de 18 anos, a inscrição só poderá ser feita por pais ou responsáveis. A Secretaria também recomenda a apresentação dos documentos de certidão de nascimento e comprovante de residência. Os estudantes serão encaminhados à escola mais próxima do endereço indicado. O cadastro já é automático para aqueles que estudam na rede estadual em 2016. Além das próprias unidades, o resultado da matrícula será divulgado no Portal da Educação (www.educacao.sp.gov.br) a partir do dia 7 de dezembro. Para consultar o endereço das escolas, os novos alunos podem acessar a área da Central de Atendimento no Portal da Educação, clicar na opção “Localize uma escola” e iniciar a busca por Diretoria de Ensino, município, ciclo escolar ou pelo nome da unidade de ensino (SEE). OEA discutirá direitos de crianças e adolescentes no BrasilA Organização dos Estados Americanos (OEA) vai realizar uma audiência temática, solicitada por entidades da sociedade civil, para discutir mudanças em políticas públicas brasileiras, consideradas pelos autores do pedido retrocessos para a proteção da criança e do adolescente no país. A reunião deve ocorrer nos primeiros dias de dezembro, no Panamá. Entre as entidades que solicitaram a audiência com o organismo internacional estão Instituto Alana, Conectas Direitos Humanos, Ação Educativa, Artigo 19 e Intervozes. As instituições pretendem levar à OEA a discussão sobre a proposta que estabelece um limite para os gastos públicos por 20 anos, limitado à inflação do ano anterior. Para as entidades que recorreram à OEA, a medida levará a cortes de recursos prioritários em áreas como educação e saúde, que afetarão a infância a longo prazo. A diretora de advocacy do Instituto Alana, Isabella Henriques, disse que as instituições consideram a PEC do Teto inconstitucional. “O Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA] determina prioridade orçamentária para questões afetas à criança e ao adolescente. Educação, saúde, tudo que vai fazer valer os direitos fundamentais desse público. Então é uma medida inconstitucional, na nossa avaliação”, argumentou. Outros temas citados no pedido de audiência à OEA são o julgamento do STF, em agosto, que declarou a inconstitucionalidade da regra que obriga as emissoras de televisão a veicular seus programas de acordo com o horário estabelecido pela classificação indicativa; e a forma como a Polícia Militar de São Paulo reage a manifestações de adolescentes (ABr). |