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Geral 07/01/2016

em Geral
quarta-feira, 06 de janeiro de 2016

Desastre de Mariana afetou mais de 660 quilômetros de rios

Passagem da lama pelo Rio Doce, por causa do rompimento de barragens em Mariana.

O desastre ambiental provocado pelo rompimento da Barragem do Fundão, da Mineradora Samarco em Mariana, no último dia 5 de novembro, atingiu 663 km de rios e resultou na destruição de 1.469 hectares de vegetação, incluindo Áreas de Preservação Permanente, mostra laudo técnico preliminar do Ibama. No distrito de Bento Rodrigues, 207 das 251 edificações (82%) ficaram soterradas

Os rejeitos de mineração formaram uma onda de lama que afetou diretamente o Rio Doce e seus afluentes, chegando ao oceano, no município de Linhares, no Espírito Santo, em menos de cinco dias. A lama avançou pelo rio com grande velocidade. No dia 21, alcançou o mar. Blocos de contenção foram posicionados na foz do rio para controlar o impacto ambiental da chegada da lama ao mar, no entanto os rejeitos avançaram pela barreira deixando enorme mancha no mar.
Segundo o Ibama, não é possível dizer se a mancha aumentou ou diminuiu nos últimos dias. “Existem vários fatores que influenciam o tamanho da pluma que é vista na superfície, tais como vento, correntes, vazão do rio, chuva e até mesmo a metodologia utilizada para fazer a medição. Sabe-se que ainda há lama descendo o rio. A quantidade de material em suspensão na foz é variável”, informou a assessoria do órgão.
O aumento da turbidez da água, e não uma suposta contaminação, provocou a morte de milhares de peixes e de outros animais. De acordo com o Ibama, das mais de 80 espécies de peixes apontadas como nativas antes da tragédia, 11 são classificadas como ameaçadas de extinção e 12 existiam apenas lá.
Ainda não é possível afirmar como será o processo de recuperação, pois o desastre está em curso. O Ibama monitora os parâmetros de qualidade da água e avalia que espécies foram mais atingidas. Para o instituto, mais importante que a recuperação da água é a recuperação dos ecossistemas afetados. Trata-se de avaliação complexa e que está em andamento. O Ibama produzirá um laudo com informações atualizadas após o fim do lançamento de rejeitos (ABr).

Nasa divulga imagens inéditas de dunas de Marte

Imagens inéditas de dunas em Marte.

A Nasa divulgou imagens inéditas das dunas de areia preta de Marte, mais especificamente da gigantesca formação batizada de Namib. Com altura de quatro metros, a duna fica na região norte do monte Sharp, uma singular formação que fica ao centro de uma grande cratera marciana, onde o robô fez seu pouso em 2012. Apesar de ser a mais alta, a Namib não é a única duna do local, fazendo parte do complexo chamado de Bagnold.
Com a presença do robô da Nasa foi possível constatar que o sistema de dunas funciona exatamente como ocorre com a Terra. “Ativos”, os pequenos grãos de areia voam para outras formações, e no caso da Namib, o acúmulo dessa mudança foi de um metro em um período de um ano terrestre. Também foi possível perceber que as mudanças ocorrem mais durante o período do “verão” do que do “outono” no planeta vermelho.
Essa é a primeira vez que uma duna é fotografada de maneira tão próxima, já que a Curiosity estava a apenas sete metros da formação natural. A foto, do dia 18 dezembro, foi tirada justamente para entender como o vento atua no planeta, em um ambiente com menos força da gravidade e com menos atmosfera do que a Terra (ANSA).

Silvana Pampanini morre aos 90 anos

Atriz italiana Silvana Pampanini.

A atriz italiana Silvana Pampanini morreu aos 90 anos de idade, ontem (6). Musa do cinema pós-guerra, Pampanini ficou conhecida no concurso Miss Itália de 1946. Desde outubro, a atriz vinha sofrendo com problemas de saúde e estava internada no Hospital Gemelli, em Roma, em terapia intensiva, após passar por uma cirurgia abdominal de urgência.
A musa, que participou de filmes como “L’Apocalisse”, de Giuseppe Scotese, e “I Pompieri di Viggiù”, de Mario Mattoli, era mundialmente conhecida. Na França, chamavam-na de “Ninì Pampam”. No Japão, o imperador Hirohito a presentou com bonecas e samurais. Com uma carreira de mais de 65 longas e centenas de participações em programas de televisão, Pampanini tem uma história de sucesso comparada a de outras musas italianas, como Sophia Loren e Gina Lollobrigida (ANSA).

NEYMAR E A CHUTEIRA AIR JORDAN

O brasileiro Neymar será o primeiro jogador de futebol a ter uma chuteira criada pela Air Jordan, a grife da lenda do basquete Michael Jordan. Essa será a primeira vez que a marca desenvolverá material para o futebol e o atacante foi escolhido como o garoto-propaganda dessa nova empreitada. 
A Air Jordan é uma subsidiária da Nike e, por isso, era certo que a primeira linha seria com um atleta patrocinado por ela. Segundo as primeiras informações, o calçado será inspirado no Air Jordan 5 Low e Neymar participará de todas as etapas de desenvolvimento da chuteira. O lançamento da peça deve ser realizado no segundo semestre de 2016 e o valor do item não foi revelado (ANSA).

Pedidos de asilo a Alemanha passaram de 1 milhão em 2015

Migrantes são vistos andando da fronteira entre lemanha e Áustria.

Ao longo de todo o ano de 2015, a Alemanha recebeu mais de um milhão de pedidos de asilo de imigrantes, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Interior. Ao todo, foram 1.091.894 solicitações a Berlim, que decidiu modificar algumas normas de entrada ao país para conter a crise imigratória do ano passado, que foi considerada o maior deslocamento forçado desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os sírios lideraram os pedidos de asilo à Alemanha, já que o país enfrenta uma das piores guerras civis no Oriente Médio. Em seguida, vêm os afegãos e os iraquianos, depois os albaneses e os kosovares. As autoridades alemãs já estimavam receber mais de um milhão de imigrantes durante todo o ano. Apesar de ser alvo de críticas pela sua política de acolhimento, a chanceler Angela Merkel adotou uma série de medidas e de discursos em prol da integração de imigrantes à sociedade.
“É do interesse da Alemanha, de olho no desafio de garantir acomodação e a integração dos refugiados à sociedade e ao mercado de trabalho. É do interesse da Europa, devido à situação interna e do papel do bloco. E é do interesse dos próprios refugiados, porque ninguém deixa seus lares sem pensar, não importa o motivo”, disse a chanceler, em dezembro. No fim do ano passado, Merkel foi eleita a personalidade do ano pela revista norte-americana Time, que elogiou a liderança da alemã na União Europeia frente à crise imigratória (ANSA).

MAIS DE 2 MIL TESTES NUCLEARES JÁ FORAM FEITOS DESDE 1945

A bomba de hidrogénio que a Coréia do Norte assegura ter testado ontem (6) de madrugada eleva para 2.056 o número de testes nucleares realizados a nível mundial desde 1945. O primeiro ensaio nuclear foi realizado pelos Estados Unidos em 16 de julho de 1945. Denominado Experiência Trinity, o teste ocorreu a 48 km de Socorro, próximo de Alamogordo, no Novo México.
Após o êxito do teste, Washington lançou em agosto desse mesmo ano duas bombas atómicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, provocando a morte de cerca de 200 mil pessoas até fins de 1945. As vítimas mortais relacionadas com esses dois bombardeios aumentariam ao longo dos anos em decorrência dos níveis de radioatividade e das doenças associadas.
Segundo a Organização do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBTO, na sigla em inglês), o número de testes nucleares realizados nas últimas sete décadas, até fevereiro de 2013 (quando o regime de Pyongyang testou outro dispositivo), era de 2.055. No ranking das potências nucleares, os Estados Unidos lideram com a realização de 1.032 testes nucleares, seguidos pela antiga União Soviética e Rússia, com 715.
França (210), Reino Unido (45), China (45), Índia (3), Paquistão (2) e Coréia do Norte, com quatro testes, incluindo este último ensaio anunciado por Pyongyang, são os outros países que constam da lista.
De acordo com os dados disponibilizados pela CTBTO, os testes nucleares realizados entre 1945 e 1980 libertaram 510 megatoneladas de energia, equivalente a 34 mil bombas usadas em Hiroshima (Ag. Lusa).