Programa visa acompanhar desenvolvimento infantil até os 3 anosEm seu primeiro discurso como embaixadora do Programa Criança Feliz, a primeira-dama Marcela Temer disse ontem (5), no Palácio do Planalto, que os cuidados a serem dirigidos às crianças brasileiras serão importantes para o desenvolvimento do país, e que atuará de forma a mobilizar grupos com o objetivo de melhorar a vida das pessoas Com orçamento inicial de R$ 300 milhões, o programa foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social Agrário, tendo como foco o desenvolvimento integral da criança. Entre os seus objetivos está o de acompanhar o desenvolvimento infantil na primeira infância até os 3 anos. No caso de crianças em situação de vulnerabilidade ou de necessidades especiais, esse apoio poderá se estender até os 6 anos. “Cada brasileiro, desde a gestação, importa para o desenvolvimento do Brasil. Meu trabalho será voluntário para sensibilizar e mobilizar setores da sociedade em torno de ações que possam garantir a melhoria na vida das pessoas”, disse Marcela Temer durante a cerimônia de lançamento do programa. O Criança Feliz tem como público-alvo gestantes, crianças de até 3 anos e suas famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família; crianças de até 6 anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada e suas famílias; e crianças de até 6 anos afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medidas de proteção. A participação das famílias no programa está condicionada à manutenção atualizada do cadastro único, principalmente quando há grávidas e crianças de até 3 anos na família. As ações do programa serão executadas de forma descentralizada e integrada. Um comitê gestor ficará responsável por estruturar, elaborar e implementar as estratégias de promoção do desenvolvimento infantil integrado. O acompanhamento será feito por meio de visitas domiciliares às família. Formada por profissionais de áreas como saúde, educação, serviço social, direitos humanos e cultura, essas equipes ficarão encarregadas de dar aos beneficiários orientações visando ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários (ABr). |
Descoberto fóssil do maior dinossauro do BrasilCientistas divulgaram ontem (5) a descoberta de uma nova espécie de dinossauro, considerada a maior já encontrada no país. O fóssil foi encontrado na década de 1950, em São Paulo, pelo paleontólogo Llewellyn Ivor Price, e estava guardado no Museu de Ciências da Terra, localizado no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, vinculado ao Serviço Geológico Brasileiro. O material ainda não havia sido analisado, segundo os cientistas, por falta de verba. Batizado de Austroposeidon magnificus, o dinossauro media cerca de 25 metros de comprimento. Com base nas características anatômicas, o animal pode ser classificado no grupo dos titanossauros, animais herbívoros de corpo bem desenvolvido, pescoço e cauda longos e um crânio relativamente pequeno. No Brasil, já foram encontradas nove espécies de titanossauros. Até a descoberta do Austroposeidon, o maior dinossauro brasileiro era o Maxakalisaurus topai, que tinha mais de 13 metros de comprimento. Parte do material desta nova espécie foi analisada com auxílio de um tomógrafo, para acessar a parte interna dos ossos. Esse estudo revelou a presença de características novas para a classe dos titanossauros, tais como anéis de crescimento intercalados com um tecido ósseo mais denso, cujo significado, segundo os pesquisadores, ainda não foi bem compreendido. A descoberta do Austroposeidon não apenas contribui com novas informações anatômicas e evolutivas para os dinossauros, mas também mostra que espécies gigantes reinavam no país há milhões de anos. Os restos desse animal foram coletados nas cercanias da cidade de Presidente Prudente e suas características são muito semelhantes a espécies argentinas também enormes, como o Mendozasaurus e o Futalognkosaurus. De acordo com o paleontólogo Alexander Kellner, pesquisador da UFRJ, a descoberta é importante por apontar a possibilidade de que espécies ainda maiores tenham vivido no Brasil (ABr). Força-tarefa para emissão de carteiras de trabalhoDevido a uma falha no serviço de agendamento para emissão de carteiras de trabalho, os postos de atendimento do Ministério do Trabalho iniciaram ontem (5) um mutirão de atendimento para a concessão do documento. Os trabalhadores que necessitarem da carteira vão poder dar entrada no pedido sem necessidade de agendamento durante todo o mês de outubro. As carteiras de trabalho serão emitidas normalmente e, caso haja alguma falha no sistema, a emissão será feita de forma manual. Os trabalhadores que já estiverem com os horários agendados devem comparecer na data prevista. Os agendados terão prioridade no atendimento. Porém, os demais também terão o documento emitido. A suspensão do agendamento foi uma determinação do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, para atender a demanda emergencial. “Tendo em vista as falhas no sistema digital, nenhum trabalhador ficará sem atendimento”, disse. O sistema de emissão de carteira digital do trabalho foi lançado em 2008 e passou por uma atualização em 2015, quando foi implantado o agendamento eletrônico. Desde então, o sistema apresenta problemas constantes (ABr). Negado pedido de liberdade a Palocci e ex-assessorO ministro Felix Fischer, do STJ, negou pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e de um dos seus ex-assessores Branislav Kontic. Segundo informações do tribunal, a defesa de ambos tentava revogar a prisão preventiva. Palocci e Kontic foram presos temporariamente durante a 35ª fase da Operação Lava Jato. O juiz federal Sérgio Moro converteu as prisões temporárias em preventivas, quando não há data definida para que os investigados deixem a cadeia. Segundo o STJ, entre as alegações da defesa estava o fato de que a conversão se deu no período eleitoral o que é proibido por lei. O ministro Felix Fischer disse, em sua decisão, que uma prisão só poderia ser impedida pela lei no período eleitoral se a pessoa estivesse em liberdade e lembrou que tanto Palocci quanto o ex-assessor do ex-ministro já estavam presos. Segundo o STJ, o mérito da ação ainda vai ser julgado pelos ministros da Quinta Turma do STJ (ABr). | Testes clínicos da fosfoetanolamina sintéticaO Instituto do Câncer (ICESP) inicia na próxima segunda-feira (10), a segunda fase da pesquisa clínica para testar a fosfoetanolamina sintética no tratamento do câncer. A etapa inicial, que durou dois meses, foi concluída e avaliou a segurança da droga em 10 pacientes. A análise não apresentou toxicidade significativa, viabilizando assim a sequência do estudo para a próxima fase. Na etapa seguinte, está prevista a inclusão de mais 20 pacientes para cada um dos 10 grupos (tipos) de tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto (intestino), colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Os candidatos são pacientes do Icesp, passaram por triagem e preencheram os critérios de elegibilidade para participar da pesquisa, após indicação da equipe de oncologia da Instituição. Essa fase terá uma duração estimada de seis meses e os pacientes serão avaliados a cada duas semanas, nos dois primeiros meses. Após esse período, o acompanhamento será mensal. Progressivamente, desde que se comprove atividade relevante, a inclusão de novos pacientes continuará até atingir o máximo total de 1.000 pessoas (100 para cada tipo de câncer). A estratégia adotada permitirá melhor compreensão da droga. “A avaliação dessa primeira etapa foi fundamental para assegurarmos que não havia risco de eventos adversos graves associados ao uso da substancia. A partir de agora a pesquisa determinará se há eficácia da fosfoetanolamina, abrangendo um número maior de pacientes”, destaca o oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp (SES). Desmatamento na Amazônia subiu 24% em 2015O desmatamento na Amazônia Legal aumentou 24% de agosto de 2014 a julho de 2015, em relação ao período anterior, de agosto de 2013 a julho de 2014. Os dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) de 2015 foram divulgados ontem (5) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e apontam a derrubada de 6.207 km² de floresta. No período anterior, o desmatamento chegou a 5.012 km². Em novembro de 2015, o instituto havia divulgado uma estimativa de 5.835 km² de supressão de floresta para o Prodes 2015. Segundo o Inpe, a taxa consolidada foi calculada com base em 214 imagens de satélite. Já a taxa estimada estava baseada em 96 imagens, selecionadas de modo a cobrir a área onde foram registrados mais de 90% do desmatamento no período anterior e também os 43 municípios prioritários para a fiscalização. Segundo o representante do Inpe, Dalton Valeriano, há quatro anos a taxa está oscilando em torno dos 5 mil km². “É um limite que precisamos atravessar. Novas iniciativas precisam ser tomadas ou não vamos alcançar a meta até 2020”, disse. A meta é chegar em 2020 desmatando menos que 4 mil km². Em 2004, quando o programa foi criado, o Brasil desmatou 27.772 km² de floresta da Amazônia Legal. O Pará ainda é o estado que lidera o aumento do desmatamento na Amazônia Legal. A taxa para o estado subiu 14%, com uma supressão de 2.153 km² de floresta entre agosto de 2014 a julho de 2015. Entretanto, para Valeriano, Mato Grosso e Amazonas são os estados que merecem atenção. “O que me preocupa são o retorno lento mas constante da taxa no Mato Grosso e a ascensão no Amazonas. São pequenas, mas são novas frentes de desmatamento”, disse, pedindo atenção das autoridades para esses estados (ABr). |