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Geral 06/04/2017

em Geral
quarta-feira, 05 de abril de 2017
Os dados de 2015 mostram que o país tem 2.486.245 crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola.

Brasil reduz desigualdade, mas ainda tem 2,5 milhões fora da escola

Os dados de 2015 mostram que o país tem 2.486.245 crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola.

Nos últimos dez anos, o Brasil aumentou o acesso de parcelas mais vulneráveis da população à escola, de acordo com levantamento do movimento Todos pela Educação (TPE)

De 2005 a 2015, o acesso daqueles que têm de 4 a 17 anos aumentou entre a população parda e negra, entre os de baixa renda e entre moradores do campo. Os avanços foram maiores que os registrados entre brancos, ricos e moradores da cidade.
O levantamento foi feito com base nos dados da Pnad/IBGE. Entre os mais pobres, em 2005, 86,8% estavam na escola, contra 97% dos mais ricos. Em 2015, esses índices passaram, respectivamente, para 93,4% e 98,3%. Entre aqueles que moram no campo, o acesso subiu de 83,8% para 92,5%, enquanto a taxa dos moradores de zonas urbanas passou de 90,9% para 94,6%. O crescimento do acesso entre negros e pardos – que passou, respectivamente, de 87,8% para 92,3% e de 88,1% para 93,6% – foi maior que o da população branca – que passou de 91,2% para 95,3%.
Na avalição do movimento, há uma redução de desigualdade “importante, embora não suficiente”, pois mesmo que os indicadores tenham avançado, ainda estão entre essas populações as maiores concentrações de crianças e jovens fora da escola. “São aqueles que mais precisam da educação para superar a exclusão e a pobreza. Muitos são crianças e jovens com deficiência e moradores de lugares ermos. Muitos têm gerações na família que nunca pisaram na escola”, diz a presidente executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.
Os dados de 2015 mostram que o país tem 2.486.245 crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola. A maior parte tem de 15 a 17 anos, são 1.543.713 jovens que não frequentam as salas de aula. “Temos que tomar cuidado quando se diz que estamos quase universalizando. Esse discurso tirou pressão nos governos”, diz Priscila. “É a questão que mais deveria envergonhar os brasileiros, saber que temos 2,5 milhões de crianças e jovens fora da escola em pleno século XXI”.
O TPE estabeleceu, em 2006, metas para melhorar a educação até 2022, ano do bicentenário da independência do Brasil. A primeira delas é a matrícula de pelo menos 98% das crianças e jovens de 4 a 17 anos na escola. Para chegar a esse percentual, a entidade estabeleceu metas intermediárias. Para 2015, a meta traçada era que o país tivesse incluído 96,3%, índice superior à taxa atual de 94,2% (ABr).

Casa Hope recebe como doação o salário do prefeito

Patricia Bezerra, Janet Nicolau, João Dória e Cid Torquato.

O prefeito João Dória fez a doação de seu terceiro salário para a instituição Casa Hope, que presta apoio à criança e adolescente com Câncer. O cheque no valor de R$17.948 foi entregue a vice-presidente da Casa Hope, Janet Nicolau Martins de Freitas.
A Casa Hope é uma instituição 100% filantrópica fundada por Cláudia Bonfiglioli e Patrícia Thompson, que oferece apoio biopsicossocial e educacional a crianças e adolescentes portadores de câncer e transplantados de medula óssea, fígado e rins, juntamente com seus acompanhantes.
São pessoas com baixo poder aquisitivo procedentes de todo o Brasil, que precisam de um lugar de apoio ao serem encaminhadas para tratamento em São Paulo. Ao proporcionar uma rotina normal às crianças e adolescentes, a Casa Hope contribui para o aumento de suas reais chances de vida, descentralizando-os da doença e oferecendo esperança, carinho, dignidade e respeito.

Polícia de Connecticut pode usar drones com armas letais

O estado de Connecticut, na costa leste dos Estados Unidos, aprovou um projeto que permite à polícia usar drones (aparelhos voadores guiados por controle remoto) equipados com armas letais. Caso a lei seja aprovada, o estado será o primeiro dos EUA a adotar a medida. A proposta já passou pelo Comitê Judiciário e teve 34 votos favoráveis e sete contrários. O projeto está na pauta do plenário da Câmara dos Representantes (Parlamento) de Connecticut.
O texto original, enviado pelo governo, visava proibir o uso de drones para residentes, depois que um morador, da cidade acoplou uma pistola e um lança-chamas a um drone. A proposta foi rejeitada três vezes até que uma emenda manteve a proibição civil, mas permitiu que drones armados possam ser usados pela polícia. Já existe um precedente legal nos EUA, uma vez que, desde 2015, o estado de Dakota do Norte permite que a polícia use drones equipados com armas não-letais, como bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha.
Apoiadores do projeto defendem que os drones armados podem ajudar a polícia a proteger a população, como num ataque terrorista, por exemplo. Mas entidades de defesa de direitos civis estão preocupadas com possíveis casos de abuso policial no uso dos equipamentos, caso a lei seja aprovada (ABr).

Diamante rosa foi vendido em leilão

Com o nome de “Estrela Rosa”, um diamante cor-de-rosa de cerca de 60 quilates foi vendido em um leilão da Sotheby’s, uma das gigantes do segmento. O diamante, em formato oval, foi arrematado por US$ 71,2 milhões e superou em muito o valor estimado na pré-venda, que era de US$ 60 milhões.
O valor é um novo recorde de preço para qualquer tipo de joia leiloada até hoje. Segundo a Sotheby’s, a pedra preciosa tem a cor rosa mais viva já avaliada pelo Instituto Gemológico das Américas. Esta é a segunda vez que a “Estrela Rosa” é colocada em leilão. Há três anos, em Genebra, a joia foi vendida para um outro comprador, mas ele acabou não pagando o valor e o diamante voltou ao mercado (ANSA/COM ANSA).

Cinco peixes-bois serão devolvidos à natureza no Amazonas

Quase 95% dos animais resgatados são filhotes, a maioria órfãos, já que a mãe foi abatida.

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa) iniciam expedição para devolver à natureza cinco peixes-bois. Os animais, três fêmeas e dois machos, estão atualmente em um semicativeiro no município de Manacapuru, a 68 km de Manaus. Eles serão soltos na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, em Beruri, cidade a 173 km da capital amazonense.
“Em Manaus, existe um centro de resgate e reabilitação, onde os animais, depois de saudáveis, são encaminhados para uma área de semicativeiro, para se readaptar às condições naturais dos rios. Eles ficam lá entre um e cinco anos. Atualmente, existem 15 peixes-bois na área e a gente vai levar cinco desse plantel para reintroduzir na natureza”, explicou Diogo Sousa, biólogo, pesquisador do projeto Peixe-Boi do Inpa. Os animais serão colocados em piscinas e transportados em barco regional, em um percurso que deve durar 24 horas.
Hoje (6), antes do início da soltura, está prevista uma ação para conscientizar a comunidade da reserva sobre a importância da preservação do peixe-boi. Há cerca de um ano, o Inpa e a Ampa reintroduziram quatro peixes-bois à natureza no mesmo local. Os animais são monitorados, inclusive, com a ajuda de moradores da região.
“Os animais são acompanhados hoje por um sistema de telemetria porque há um equipamento fixado na cauda do peixe-boi. Esse equipamento emite sinais pelos quais o comunitário consegue encontrar o peixe-boi, saber a área que ele está ocupando na reserva. Foi feita a recaptura de um animal e observado que um deles engordou mais de 15 quilos, cresceu mais de 10 centímetros”, disse o pesquisador. “Quase 95% dos animais resgatados pelo projeto são filhotes, a maioria órfãos, já que a mãe foi abatida”, ressaltou (ABr).

Papa pede consciência por “inaceitável” massacre na Síria

O papa Francisco apelou à consciência de todos os que tenham “responsabilidade política” perante o último “inaceitável” massacre ocorrido na cidade de Khan Shijun, no norte da Síria, onde houve 72 mortos, sendo 20 crianças. “Expresso minha firme reprovação pelo inaceitável massacre que aconteceu na província de Idlib, onde foram assassinadas dezenas de pessoas inocentes, entre elas muitas crianças”, afirmou Francisco, ao término da audiência geral na Praça de São Pedro.
O papa disse que rezou pelas vítimas e seus parentes e apelou “às consciências de todos os que têm responsabilidade política em nível local e internacional” para o término desta tragédia e alivie a esta população há tanto tempo exausta pela guerra”. Também pediu que, “apesar da insegurança e dos problemas, que se esforcem por fazer chegar ajuda aos moradores da região”. O papa Francisco se referia ao suposto ataque químico que aconteceu ontem na cidade de Khan Shijun e no qual morreram 72 pessoas, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (Agência EFE).