ONG diz que Venezuela vive emergência humanitária complexaA ONG Human Rights Watch alertou ontem (4) que a conjunção de fatores, como falta de comida e escassez de alimentos, gera na Venezuela uma “emergência humanitária complexa”. Falta de alimentos e remédios leva população a sair às ruas em protesto contra governo da Venezuela. Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters Segundo a entidade, a ONU deve dar uma “resposta forte”. Declarar oficialmente que na Venezuela há uma “emergência humanitária complexa” é um princípio técnico da ONU que permitiria desbloquear a mobilização de recursos humanos e materiais suficientes para atender às necessidades urgentes dos venezuelanos. O relatório “A emergência humanitária na Venezuela: uma resposta em grande escala da ONU é necessária para enfrentar a crise de saúde e alimentos”, de 73 páginas, elaborado por especialistas e médicos da Faculdade de Saúde Bloomberg Public, da Universidade Johns Hopkins, e da Human Rights Watch, reúne uma série de detalhes sobre a situação no país. “Por mais que eles tentem, as autoridades venezuelanas não podem esconder a realidade do país”, disse Shannon Doocy, PhD e professor associado de Saúde Internacional na Escola Bloomberg de Saúde Pública, da Johns Hopkins, que conduziu a investigação. No estudo, há informações sobre os níveis de mortalidade materna e infantil, surtos de doenças que poderiam ser prevenidas com a vacinação, como o sarampo e a difteria, e aumentos drásticos na transmissão de doenças infecciosas, como a malária e a tuberculose. “O colapso absoluto do sistema de saúde da Venezuela, combinado com a escassez generalizada de alimentos, está exacerbando o calvário que os venezuelanos estão vivendo e colocando mais pessoas em risco. Precisamos da liderança da ONU para ajudar a acabar com esta grave crise e salvar vidas”, apelou Doocy. Em março, a Federação Internacional da Cruz Vermelha anunciou que aumentaria sua presença na Venezuela para cobrir as necessidades de 650.000 pessoas. Dados não oficiais indicam que aproximadamente 7 milhões de venezuelanos precisam de ajuda. A ONG recomenda que o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) aborde o caso venezuelano como prioritário para exigir a mobilização de esforços e recursos de assistência humanitária em grande escala. A entidade sugere ainda que as autoridades venezuelanas publiquem dados oficiais sobre doenças, epidemiologia, segurança alimentar e nutrição, para que a ONU possa avaliar de forma completa as necessidades humanitárias e a magnitude real da crise (ABr). | |
Carlos Ghosn é preso novamente em TóquioExecutivo franco-brasileiro, Carlos Ghosn. Foto: Eric Piermont Agência Brasil Os promotores de Tóquio, no Japão, determinaram na quarta-feira (3), pela quarta vez, a prisão do executivo franco-brasileiro Carlos Ghosn, de 64 anos, ex-presidente da Renault. O empresário foi solto, no mês passado, sob fiança, após 108 dias de custódia. Nesta quarta-feira, Ghosn foi preso na casa dele. De acordo com a emissora estatal japonesa, NHK, é raro no Japão que alguém libertado sob fiança seja preso novamente. Os investigadores apuram informações sobre o desvio de US$ 34 milhões pagos a uma concessionária da Nissan em Omã, operada por um dos conhecidos de Ghosn, ao longo de sete anos. Há informações que parte do dinheiro foi para comprar um iate de Ghosn. Segundo apurações, o dinheiro veio de um fundo de reserva da Nissan que o executivo foi autorizado a usar a seu critério. Ghosn foi indiciado sob acusação de violação agravada de confiança e subnotificação de sua indenização. Ele nega essas acusações. A montadora francesa Renault informou que uma investigação interna, sobre suspeita de má conduta financeira por seu ex-presidente, identificou práticas questionáveis ??relacionadas a pagamentos a um distribuidor em Omã. A empresa não revelou detalhes, mas a mídia local diz que parte dos pagamentos para a distribuidora foram transferidos para uma empresa no Líbano controlada por associados de Ghosn, que também atuou como diretor executivo da Renault. | Pilotos do boeing da Ethiopian são isentos de culpaAgência Brasil Um relatório preliminar do governo da Etiópia, divulgado ontem (4), afirma que os pilotos do voo da Ethiopian Airlines que caiu após a decolagem, no mês passado, matando todas as 157 pessoas a bordo, seguiram os procedimentos recomendados pela fabricante da aeronave, mas mesmo assim não conseguiram evitar a queda. “A tripulação realizou repetidas vezes todos os procedimentos fornecidos pelo fabricante, mas não conseguiu controlar a aeronave”, afirmou a ministra dos Transportes da Etiópia, Dagmawit Moges, em Adis Abeba. O relatório foi elaborado com base nos registros do Boeing 737 MAX 8, acidentado no dia 10 de março. “Uma falha seguida no software de controle automático de voo da aeronave fez com que o procedimento de parada fosse ativado, o que causou a queda da aeronave”, afirmou Moges, atribuindo o acidente a uma falha técnica. Os investigadores avaliam o papel do controle de sistema de voo, conhecido como MCAS, que, em determinadas circunstâncias, podem fazer com que a frente, ou o “nariz” do avião, seja direcionada para baixo, a fim de evitar uma perda de sustentação aerodinâmica (estol). |