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Geral 04/01/2017

em Geral
terça-feira, 03 de janeiro de 2017
Alckmin checa a planta da nova fábrica que ficará no Instituto Butantan e terá 3 mil m² de área construída.

Brasil poderá ter vacina contra a dengue em 2019

Alckmin checa a planta da nova fábrica que ficará no Instituto Butantan e terá 3 mil m² de área construída.

A vacina contra a dengue, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantã, poderá ser usada em larga escala em 2019. O produto passa agora por testes

Foram instalados centros em 13 cidades de cinco regiões do país visando imunizar voluntários e avaliar a eficácia do produto. Até o momento, já foram aplicadas doses em 4 mil pessoas, das 17 mil que deverão participar dos testes.
Essa é a última fase antes da vacina ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segundo o diretor Instituto Butantã, Jorge Kalil, é possível que a vacina chegue à população em 2019. “Eu acho difícil que ela esteja disponível já no ano que vem. Mas nós vamos trabalhar para que esteja. Mas talvez no outro verão possa estar disponível. Agora, depende de muitas coisas”, ressaltou.
O governo de São Paulo assinou ontem (3) com o BNDES acordo para liberação de R$ 97,2 milhões para construção da fábrica de vacinas contra a dengue. O valor cobre 31% do custo total do projeto do Instituto Butantã, orçado em R$ 305,5 milhões. Os recursos vão permitir a conclusão do novo prédio que terá capacidade de produzir até 30 milhões de doses por ano. O dinheiro, investido sem necessidade de retorno, possibilitará ainda a instalação de equipamentos, mobiliário e capacitação das equipes.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que vistoriou as obras, disse que o prédio deverá estar pronto em 60 dias. “Nós estamos fazendo o prédio enquanto a vacina está sendo testada na sua última fase. O teste vai dizer a eficácia para você produzi-la em escala visando atender o Brasil”. A vacina deverá proteger contra os quatro tipos de vírus da dengue. De acordo com o secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip, a expectativa é que o poder de imunização do produto ultrapasse os 80%.
“Nós tivemos um poder imunogênico da vacina muito bom e poucos efeitos adversos”, disse com base nos resultados observados nas duas fases iniciais do desenvolvimento da vacina desenvolvida com vírus enfraquecidos geneticamente. Nesta última fase de testes, dois terços dos voluntários serão imunizados e um terço receberá um placebo sem efeito. A partir daí, será observada a taxa de infecção no grupo que foi vacinado e no de controle, que recebeu a substância sem efeito (ABr).

Argentinos legalizam US$ 98 bilhões que estavam no exterior

Presidente da Argentina, Mauricio Macri, lançou um plano oferecendo benefícios aos argentinos que repatriarem dinheiro.

Em 2016, os argentinos declararam ao fisco US$ 98 bilhões, que tinham guardados em casa ou investidos no exterior, sem conhecimento da Afip – a Receita Federal da Argentina. Esse é o resultado do plano destinado a legalizar esses recursos, aprovado pelo Congresso em agosto e em vigor até o próximo dia 31 de março. Segundo o governo, o dinheiro legalizado contribuiu para o crescimento da arrecadação que, em dezembro, aumentou 90% em relação ao mesmo mês de 2015.
Na Argentina, além do Imposto de Renda, paga-se um imposto sobre bens pessoais (que incluem depósitos bancários, imóveis, veículos e embarcações), mesmo que eles não gerem renda. Segundo o titular da Administração Federal de Ingresos Publicos (Afip), Alberto Abad, com o plano cerca de 45 mil imóveis não declarados foram legalizados.
Estima-se que os argentinos tenham US$ 200 bilhões no exterior – sem contar o dinheiro que guardam em casa, nos esconderijos menos esperados, como a geladeira ou um vaso de planta. Ha décadas, eles têm o hábito de poupar em moeda norte-americana, fora do sistema financeiro nacional, para se proteger da inflação alta e dos confiscos. O último deles foi na crise de 2001, que resultou na moratória da dívida externa e na desvalorização do peso. De um dia para o outro, a moeda argentina, que tinha permanecido ancorada ao dólar durante uma década, perdeu dois terços de seu valor.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, que assumiu em dezembro de 2015, lançou um plano oferecendo benefícios aos argentinos que repatriarem o dinheiro que têm no exterior ou revelarem o patrimônio não declarado, dentro e fora do país. A lei permite aos argentinos abrir contas bancárias em dólares no país, para trazer o dinheiro de fora. Quem quiser pode investir em bancos, sociedades e imóveis no exterior – desde que os investimentos sejam declarados.
Para este ano, o desafio de Macri vai ser reduzir a inflação anual, que em 2016 foi de 40% e que em 2017 deve ficar em 20%, segundo as estimativas do governo. As previsões são de que a economia voltará a crescer, depois de ter sofrido uma retração de 2% em 2016 (ABr).

Entra em vigor na França o ‘direito de se desconectar’

Basta ter um smartphone, um laptop ou tablet para estar sempre conectado e poder receber assim emails e mensagens de trabalho a qualquer instante. Para que a internet não atrapalhe o descanso do trabalhador, entrou em vigor na França uma nova lei trabalhista que permite que os assalariados possam usufruir da internet tendo o “direito de se desconectar” do seu emprego.
A lei faz parte de uma reforma aprovada em julho e que gerou polêmicas no país por introduzir na legislação trabalhista uma maior flexibilidade para o trabalho tercerizado nas companhias. A norma prevê que todas as empresas com mais de 50 funcionários deverão negociar com os sindicatos uma carta de boa conduta para definir os horários nos quais os empregados poderão ignorar as mensagens enviadas pelos chefes, ou seja, um período de tempo no qual os funcionários têm o “direito de se desconectar” fora da jornada de trabalho, geralmente durante a noite ou nos fins de semana.
Conhecida como “lei El Khomri”, batizada com o sobrenome da ministra do Trabalho do país, Maryam El Khomri, que a promoveu, a regra foi criada por que, de acordo com estudos, se as tecnologias da informação e da comunicação forem “mal controladas, podem ter um impacto na saúde dos trabalhadores” e até nos seus relacionamentos (ANSA).

Fronteira Brasil-Venezuela é reaberta parcialmente

A fronteira entre Brasil e Venezuela foi parcialmente reaberta.

A fronteira entre Brasil e Venezuela, que está fechada por determinação do presidente Nicolas Maduro desde 13 de dezembro, foi parcialmente reaberta na volta do feriado de Ano-Novo. Os setores de importação e exportação já estão reativados e o posto de combustível internacional de Santa Elena de Uiaren, na Venezuela, também foi reaberto ontem (3) logo cedo.
O fechamento do posto internacional gerou forte reação nas redes sociais, pois é o único que abastece Pacaraima, principal cidade brasileira que faz fronteira com a Venezuela. Sem gasolina, o comércio e o trânsito de Pacaraima ficaram praticamente paralisados. Agentes policiais brasileiros que trabalham na região ameaçaram fechar a fronteira do lado brasileiro como retaliação para acessar o posto.
Segundo Verónica Caro, secretária extraordinária de Relações Internacionais do governo de Roraima, que tem mantido contato permanente com as autoridades venezuelanas, há expectativa de que o presidente Venezuelano, Nicolas Maduro, se manifeste hoje (4) sobre a possibilidade de reabertura da fronteira. “70% da fronteira já está aberta. Mas, a abertura total só depende de anúncio do presidente. Temos que aguardar”, afirmou Verónica.
Alguns brasileiros, turistas ou trabalhadores, que estavam com seus veículos na Venezuela enfrentaram problemas para voltar ao Brasil. Segundo Verónica Caro, mais de 200 brasileiros receberam algum tipo de assistência da secretaria para conseguir entrar na Venezuela ou voltar para o Brasil. Para trazer os veículos de volta, os brasileiros tiveram que solicitar autorização junto ao Comando do Exército – Fuerte Roraima. No momento, não há nenhum brasileiro ou veículo aguardando liberação para atravessar a fronteira (ABr).

Casal que cultiva maconha obtém habeas corpus

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu habeas corpus em favor de um casal que cultiva plantação de maconha em casa para fins medicinais. A medida foi autorizada pela juíza Gisele Guida de Faria, da 41ª Vara Criminal, do TJRJ. Foi deferido em favor de Margarete Santos de Brito e de Marcos Lins Langenbach e teve por objetivo impedir que a polícia venha a praticar qualquer ato contra a liberdade do casal relacionado ao cultivo e processamento doméstico da planta da maconha, utilizada para fins medicinais, voltados para o tratamento da filha, que sofre de uma doença rara e depende do extrato da folha da erva para amenizar os efeitos da doença.
As informações – divulgadas pela assessoria de imprensa do TJRJ- indicam que o casal cultiva a erva para garantir o tratamento da filha de sete anos que sofre da Síndrome de Rett (uma doença neurológica que compromete o desenvolvimento motor e comunicativo) e a decisão tem por objetivo garantir a saúde da criança.
Para a eficácia do tratamento, porém, é necessário que o produto importado seja ministrado em combinação com um extrato artesanal de uma variedade da planta, conhecida como Harle Tsu. A decisão da Justiça se baseia no fato de que o cultivo da erva no domicílio do casal tem como finalidade única e especifica tratar e controlar as convulsões provocadas pela enfermidade. A juíza considerou que o ato é amparado pela Constituição. A magistrada justifica a decisão alegando ser “dever da família assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, seu direito à vida e à saúde” (ABr).