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Geral 02/03/2018

em Geral
quinta-feira, 01 de março de 2018
Loja em Montevidéu que se dedica à venda de produtos relacionados ao consumo de maconha.

Liberalização de maconha reduz percepção de riscos do consumo

Loja em Montevidéu que se dedica à venda de produtos relacionados ao consumo de maconha.

A ONU fez um alerta ontem (1º) na América do Sul de que as crescentes tendências para liberalizar o uso medicional e recreativo da maconha, que impulsionou a disponibilidade de cannabis na região, pode reduzir “a percepção dos riscos” do consumo desta droga

Argentina, Colômbia, Paraguai e Peru “realizam iniciativas para regular a venda de cannabis com fins médicos”, lembra o relatório anual da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), publicado nesta quinta-feira em Viena.
“A disponibilidade de cannabis na região continuou aumentando, impulsionada pelas políticas e iniciativas legislativas destinadas a autorizar e regular o uso de cannabis com fins médicos e não médicos em vários Estados, o que reduz a percepção dos riscos associados ao seu consumo”, diz o relatótio. Quanto ao Uruguai, onde em julho de 2017 começou a venda de maconha para uso recreativo em farmácias, a Junta ressaltou que o país transgride assim a Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 emendada pelo Protocolo de 1972.
O Jife, órgão das Nações Unidas encarregado de velar pelo cumprimento dos tratados internacionais em matéria de drogas, espera que o Governo uruguaio envie “em um futuro próximo” uma avaliação sobre as consequências que a liberalização da maconha tem na saúde pública. O presidente do Jife, o tailandês Viroj Sumyai, ressaltou, uma vez mais, que a citada convenção “estabelece que essas substâncias unicamente devem ser usadas com fins médicos e científicos”.
“Há uma percepção equivocada sobre que a maconha não faz mal”, advertiu o especialista. No futuro, “pode se tornar um problema de saúde pública para quem usa de forma recreativa”, disse Sumyai.
As Nações Unidas pediram aos Governos do mundo que ponham mais ênfase no tratamento, na reabilitação e na reinserção social dos toxicômanos ao invés de se concentrar unicamente na prevenção. Segundo adverte o relatório anual da Jife, publicado em Viena, apenas uma de seis pessoas toxicômanas tem acesso a programas de tratamento nestes momentos. Os especialistas denunciam, além disso, que os grupos sociais mais vulneráveis e socialmente marginalizados, como refugiados e imigrantes, não costumam ter acesso a serviços de tratamento. A ONU adverte que a pena de morte e as execuções extrajudiciais não deveriam ser aplicadas como penas à narcodelinquência (ABr/ EFE).

Empresas que simulavam vendas para lavar dinheiro

A operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas.

A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem (1º) a Operação Descarte, com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que, usando empresas que estavam sob controle, simulavam venda de mercadorias com o propósito de lavar dinheiro para outras que pagavam por produtos inexistentes. Esses pagamentos eram feitos por meio de transferências bancarias ou boletos, o que, segundo a PF, dava “aparência de legalidade” ao negócio.
Contando com a ajuda da Receita, a operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas localizadas nas cidades de São Paulo, Santos, Paulínia, além de Belo Horizonte. Em nota, a PF informou que os valores recebidos eram transferidos “para diversas empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial”.
O maior cliente desse esquema foi uma “empresa concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo” que, entre 2012 e 2017, teria simulado a aquisição de produtos como detergentes, sacos de lixo e uniformes. “Assim, foram repassados mais de R$ 120 milhões para terceiros ainda não identificados”, acrescentou a nota. Vários veículos de luxo foram adquiridos pelo grupo criminoso. Todos foram registrados em nome de laranjas.
Ainda segundo a PF, “uma das células do esquema criminoso” remeteu ilegalmente parte dos valores para um funcionário público argentino, no exterior. Esse funcionário estaria “em conluio” com operadores financeiros já presos no âmbito da Operação Lava Jato. Caso se confirmem as suspeitas dos policiais, a expectativa é de que os investigados sejam acusados de crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária e associação criminosa. Há também suspeitas de práticas dos crimes de corrupção ativa e passiva (ABr).

Neymar chegou ao Brasil para cirurgia

Usando cadeira de rodas, o atacante Neymar chegou ao Brasil e desembarcou na manhã de ontem (1º) no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O atleta está no país para realizar uma cirurgia no quinto metatarso do pé direito amanhã, sábado (3). O camisa 10 do Paris Saint-Germain (PSG) seguiu para Belo Horizonte, onde fará a cirurgia com o médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar.
A cirurgia será realizada no Hospital Mater Dei e deverá durar cerca de uma hora e meia. A recuperação de Neymar deverá ser de dois ou três meses, fazendo o brasileiro voltar aos gramados apenas um mês antes do início da Copa do Mundo, na Rússia. “Claro que o Neymar está triste e chateado. Ele entende que não há outra alternativa e que vai ter que se dedicar a recuperação para ficar bem o quanto antes”, disse o médico ao programa “Bom Dia Brasil”.
Para a realização da cirurgia, Lasmar estará acompanhado do médico francês Gérrard Saillant, o mesmo que operou o joelho de Ronaldo Fenômeno em 2008. O médico do PSG, Eric Rolland, também ajudará no processo cirúrgico (ANSA).

Polícia paulista mata sete supeitos de roubo a banco

A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) matou sete suspeitos de integrar uma quadrilha de roubo a banco na noite da ultima quarta-feira (28), em Valinhos, no interior do estado. Segundo a corporação, o grupo trafegava em dois carros pela Estrada Municipal Dona Isabel Fragoso Ferrão e não obedeceu a uma ordem de parada.
Em nota, a polícia informou que a quadrilha já estava sendo monitorada pelo Setor de Inteligência do Comando de Policiamento do Interior–2. De acordo com a nota, divulgada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo, os homens estavam armados e atiraram contra os policiais, sendo mortos na troca de tiros. Foram apreendidos fuzis, metralhadoras, pistolas, coletes a prova de balas e explosivos. Em janeiro, 61 pessoas foram mortas em ações policiais no estado de São Paulo (ABr).

Loja dos EUA suspende venda de armas de assalto

A medida é uma reação a tiroteio em escola da Flórida.

Uma das maiores redes de lojas de artigos esportivos dos Estados Unidos, a Dick’s Sporting Goods, decidiu suspender a venda de armas de assalto. O anúncio foi feito pela própria empresa, através de uma carta aberta assinada pelo seu CEO, Edward Stack, na quarta-feira (28). O veto ocorre duas semanas após o massacre promovido pelo jovem Nikolas Cruz em uma escola na Flórida, que deixou 17 mortos. De acordo com a nota publicada em seu site, a “Dick’s” vendeu uma arma ao autor dos disparos em 2017, embora ela não tenha sido usada no colégio.
“Mas poderia ter sido”, diz o comunicado. A rede também “lamentou” o ocorrido em Parkland, mas ressaltou que “pedir desculpas não é suficiente”. Além de parar de vender fuzis de assalto, a Dick’s também proibirá a comercialização de qualquer tipo de arma e munição para menores de 21 anos. Através da carta, a empresa ainda aproveitou para solicitar às autoridades que mudem a lei de porte de armas nos EUA e para pedir às pessoas que apoiem a causa.
“Alguns podem dizer que medidas como essas não garantem que tragédias como a de Parkland não aconteçam de novo. Eles até podem estar certos, mas se o senso comum for restabelecido e todos forem salvos, terá valido a pena”, diz o texto. De acordo com a lei de armas norte-americana, qualquer cidadão acima de 21 anos que não tenha antecedentes criminais e doenças mentais pode adquirir armamentos (ANSA).

São Paulo teve o fevereiro mais seco dos últimos 13 anos

Cerca de 70% de toda a chuva de fevereiro caiu na última segunda-feira (26).

A cidade de São Paulo registrou o fevereiro mais seco desde 2005, de acordo com medição realizada no Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Choveu 102,2 milímetros (mm), marca que fez com que o mês passado ficasse em terceiro lugar na lista de meses de fevereiro mais secos da série histórica de 75 anos.
O recorde de menor precipitação para fevereiro é de 32,5 mm, aferido em 1984. A segunda menor precipitação ocorreu em 2005, com 99,9 mm. A média histórica para fevereiro, período em que são esperadas chuvas de verão, é de 235,9 mm. Choveu em apenas oito dias – a média histórica de fevereiro aponta registro de chuvas em 16 dias. Na tarde da última segunda-feira (26), a precipitação foi de 73,1 mm, 70% de toda a chuva do mês.
A temperatura média mínima ficou em 19°C, semelhante à média histórica de 18,9°C. A média máxima foi de 27,5 °C, o menor valor desde 2004. A média histórica máxima é de 28,3°C. A temperatura mais elevada do mês ocorreu no dia 9, de 32,8°C. No mesmo dia, ocorreu a maior amplitude térmica diária, de 13,5°C. A menor temperatura registrada foi de 16,7°C, no dia 4 (ABr).