Neste mês, a Ipsos apresentou a edição de 2024 do Reputation Council, um report abrangente que destaca as ideias e práticas mais recentes em comunicação corporativa e gerenciamento de reputação. O levantamento reuniu as contribuições de 135 líderes da comunicação corporativa de empresas líderes em todo o mundo.
Nesta edição, 87% dos líderes de comunicação corporativa concordam que a Inteligência Artificial (IA) mudará fundamentalmente a maneira como as empresas operam. A chegada da nova ferramenta, agora voltada para consumidores e empresas, provocou uma mistura de emoções entre o público em geral. De acordo o estudo da Ipsos em 31 países, 54% das pessoas expressaram entusiasmo, enquanto 52% admitiram nervosismo em relação aos produtos e serviços de IA.
Essas atitudes contrastantes em relação à expansão de acesso à tecnologia se estendem até mesmo aos governos e políticos, conforme evidenciado pela Declaração de Bletchley, assinada na primeira Cúpula Mundial de Segurança da IA por estados líderes, como China, Europa, Estados Unidos e Reino Unido. Este documento destaca as oportunidades e riscos significativos associados à IA, enfatizando a necessidade urgente de diretrizes éticas robustas.
No entanto, apesar do reconhecimento da importância das diretrizes éticas, 80% dos membros do Conselho Corporativo não acreditam que as políticas éticas existentes sejam adequadas para a adoção plena da IA. Priscilla Branco, gerente sênior de Opinião Pública e Reputação Corporativa da Ipsos Brasil, destacou a importância de construir confiança e reputação em um mundo em policrises.
Ela mencionou que três pilares são essenciais para isso: atenção aos contextos, atuação de forma “glocal” e autenticidade com propósito. “Este estudo aprofundado oferece insights valiosos sobre como a inteligência artificial generativa (IA Generativa) pode transformar as empresas e o relacionamento com seus stakeholders, e também percebemos o seu potencial de revolucionar diversos setores, desde a criação de conteúdo personalizado até a automação de tarefas complexas.
O relatório também destaca como essa tecnologia pode impulsionar a eficiência, a produtividade e a criatividade, abrindo novas possibilidades para as empresas. Mas, como em toda grande mudança, é preciso estar atento aos desafios. Violações de segurança de dados e o uso indevido da tecnologia são preocupações reais apontadas no levantamento e que precisam ser cuidadosamente gerenciadas”, explica Priscilla Branco.
O levantamento também aponta que a sustentabilidade emerge como uma prioridade crescente para consumidores, investidores e funcionários. As empresas devem ser transparentes sobre seus esforços de sustentabilidade e a comunicação corporativa desempenha um papel crucial nesse processo, educando o público sobre sua importância.
A estratégia de comunicação de sustentabilidade deve ser alinhada com a estratégia geral da empresa, baseada em uma compreensão clara dos stakeholders e monitorada regularmente para garantir sua eficácia. O guia também revelou que 63% das empresas concordam que o ESG (Environmental, Social and Governance) mudou fundamentalmente a maneira como operam. – Fonte e mais informações: (https://www.ipsos.com).
