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Empreendedorismo feminino: como manter os negócios em tempos de crise

em Especial
segunda-feira, 22 de junho de 2020

Todo empreendedor que busca se estabelecer no mercado precisa se questionar diariamente quais passos seguir para não perder o foco. Mediante a crise econômica instalada, diversas empresas precisaram buscar alternativas para não fecharem as portas. Só neste ano, de acordo com uma pesquisa do Sebrae, 600 mil micro e pequenas empresas fecharam as portas e 9 milhões de funcionários foram demitidos. Diante disso, num olhar das empreendedoras femininas que conseguiram manter suas empresas funcionando, como é que elas estão passando por esse cenário?

No caso da MCM Brand Group, Mônica Schimenes, CEO do grupo, comenta que precisaram passar por diversas mudanças, uma alteração sensível no faturamento previsto para o ano, eventos cancelados, clientes em gestão de crise e com verbas totalmente congeladas. “Esse cenário foi assustador, mas fiz tudo ao meu alcance para reduzir os custos para não impactar tanto a vida dos meus colaboradores. Eu poderia ter fechado a agência, mas preferi preservar meu time e seguir acreditando que vai dar certo”, comenta.

Schimenes também afirma que o diálogo foi o principal aliado para esse momento de mudança. “Foi preciso entender junto do time a situação para que pudéssemos nos adaptar. Estudamos, conversamos muito com nossos clientes e buscamos olhar para nossas demandas com outra perspectiva. Dessa forma, encontramos soluções e retomamos para nossa visão positiva diante de tudo”, finaliza. Mas a partir disso, como é que as mulheres empreendedoras têm passado por esse desafio?

Segundo pesquisas do IBGE, antes da pandemia, mulheres gastavam, em média, o dobro de horas semanais que homens em atividades de cuidados com pessoas e com a casa. Já com a pandemia, a tendência é que esse abismo tenha se agravado muito mais. Mas, tudo começa pela educação, é imprescindível que seja ensinado aos filhos a compartilhar e a se conscientizar sobre o equilíbrio das atividades da casa e dos compromissos familiares, de acordo com a individualidade de cada um.

“Nós como líderes precisamos assumir a postura e cuidado com a nossa empresa e todas as pessoas que fazem parte dela. Incentivar o diálogo aberto, transparente e sem julgamentos pode ajudar na modificação dos vieses que já estão arraigados em nossa cultura. Esse processo não é fácil, mas precisa ser iniciado e virar uma constante. Nós não somos árvores, seres estáticos, por isso usemos nossas atitudes como força de mudança”, cita Mônica.

Segundo ela, é possível destacar algumas dicas para que essa variante seja leve e mais facilmente inclusa no dia a dia. Confira abaixo:
• Que a vontade de ser empreendedora seja sempre maior que os próprios medos.
• Mulheres são fortes e precisam ter consciência do próprio poder. Além disso, não podem se esquecer que nunca estão sozinhas e estão vivendo sempre em uma constante variável.
• Multiplique seus conhecimentos, busquem redes de apoio, grupos de descompressão, mentorias. Viver em tempos sombrios merecem atenção e dedicação. Fonte: MCM Brand Group.