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Reestruturação: três situações em que uma companhia precisa mudar

em Espaço empresarial
terça-feira, 18 de maio de 2021

Apesar de muitos investidores terem iniciado o ano com boas expectativas acerca da retomada da economia, os reflexos da crise financeira causado pela pandemia ainda estão sendo sentidos no comércio e empresas vem fechando as portas por não conseguirem se adaptar ao cenário. Para exemplo, temos a Ford que informou o encerramento de três fábricas: Camaçari; Taubaté e Horizonte/CE.

Entretanto, quando sua empresa já não apresenta mais os resultados desejados é preciso uma reestruturação empresarial e voltar a lucrar. Se você não sabe o que isso quer dizer, convidamos o especialista e empresário em negócios Gérlio Soares Figueiredo (*) para falar sobre o assunto. “Quando falamos em reestruturação estamos falando de uma avaliação geral que o investidor tem que fazer na empresa quando a mesma já não alcança mais os objetivos.

A análise abrange todos os setores e ele precisa identificar os pontos que estão lhe trazendo problemas, o que agrega e o que não agrega valor ao seu negócio, para então poder realizar mudanças profundas. Sendo assim, o primeiro passo é o diagnóstico interno, no qual é importante atentar-se nas áreas financeira e operacional, checar os ativos e os passivos, os meios de precificação dos produtos, contratos com fornecedores e outros processos importantes para a operação da companhia.

Saiba de imediato onde está surgindo o problema e não deixe acumular, pois, posteriormente, esse acúmulo pode impossibilitar a reestruturação eficiente da empresa. Para ajudar a identificar os problemas, o primeiro sinal de alerta é quando há um aumento desproporcional de custos. É quando os gastos da empresa com o produto final é maior que o retorno, ou seja, quando há um aumento de investimento, mas o retorno é mínimo. Isso leva o risco da empresa não ter o lucro necessário para a manutenção interna.

Outro ponto é quando o consumidor já não apresenta mais entusiasmo com o produto ou serviço, com isso têm-se a perda de credibilidade no mercado, consequente diminuição de clientes. Aqui, a empresa necessita de inovação, é preciso encontrar novas estratégias de marketing. Por fim, o terceiro ponto é o aumento de dívidas. Nesse ponto, uma alternativa é realizar demissões para sobrar dinheiro no caixa e regularizar a situação.

No ano passado, 3,36 milhões de empresas foram abertas, entretanto 1,04 milhão foram fechadas, segundo levantamento do Ministério da Economia. O que levou o fechamento dessas empresas foi a falta de uma boa gestão e para que sua marca não tenha o mesmo destino, abaixo, Gérlio Figueiredo dá três dicas de como realizar uma reestruturação empresarial. Ele avalia que, após ter todo o diagnóstico levantado é preciso:

  1. Ter um plano de Ação: Se resume, basicamente, em elaborar estratégias de crescimento, sejam eles cortes de custos, remanejamento de equipe, bem como a capacitação deles, e definir um prazo para serem concluídas.
  2. Realizar a execução: Coloque em prática assim que possível, como disse anteriormente, para não acumular. Aqui vale acompanhar as etapas de implementação das ações para que não desviem do plano criado e as metas sejam atingidas e mudar o que precisar.
  3. Analisar os resultados: Nos meses seguintes, busque comparar como era a empresa e como ela está. Só assim será possível dimensionar o quanto o processo de reestruturação foi eficiente e se ele realmente está ajudando a sua empresa a crescer.

O foco deve ser sempre a sobrevivência do negócio mais do que a expansão ou a inovação

(*) – Especialista e empresário em negócios, com experiência em diferentes nichos de mercado, como transportes, construção civil, pecuária, factoring, indústria de vestuário e entretenimento.