As empresas viram na pesquisa inteligente de mercado a saída para superar as dificuldades financeiras e se manterem competitivas
Estamos na era do Big Data, uma área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados variados. Isso é possível devido ao acesso a diversas fontes, como Google, Analytics, Facebook, Instagram e WhatsApp.
Empresas reconhecidas como líderes em seus setores estão recorrendo à análise de dados para tomar decisões embasadas e fundamentadas. O Data Driven é uma destas abordagens e na prática, ajuda a reverter os resultados dos negócios. Ao coletar, analisar e interpretar dados relevantes, é possível obter insights que podem orientar estratégias e ajudar na tomada de decisões, impulsionando assim os resultados positivos.
Para aprimorar o desempenho e conquistar posições de destaque no mercado, empresas estão coletando volumes cada vez maiores dessas informações para embasar suas decisões. Um conceito estratégico que pode ser aplicado a qualquer negócio.
A Tok&Stok, maior varejista de móveis e decoração do país, implementou uma abordagem data-driven em sua estratégia de negócios para reestruturar financeiramente a empresa após o fechamento de muitas lojas pelo país.
Outro exemplo que o sistema funciona é o da Eternit, fabricante brasileiro de produtos para a construção civil. Após a empresa também reestruturar todo o modelo de negócio, utilizando o data-driven, a marca registrou um lucro de R$22 milhões no primeiro semestre deste ano.
O Grupo Pérola, que atua no mercado varejista, também adotou a estratégia, utilizando a inteligência de dados para embasar suas decisões estratégicas, impulsionando seus negócios. Em poucos meses, o grupo conseguiu identificar padrões de compra e comportamento do consumidor, permitindo ajustar seus preços de forma inteligente e atrair mais clientes. Isso resultou em um aumento significativo na receita e posicionou a empresa como um competidor sólido no mercado.
Nesse cenário, utilizar o data-driven tem se tornado uma prática essencial para as empresas, permitindo decisões mais assertivas e livres de vieses. Isso contribui para a redução de custos, detecção de fraudes, melhoria de desempenho, mitigação de riscos e adoção de medidas corretivas.
A cultura de data-driven não é apenas uma moda passageira, mas sim uma tendência cada vez mais sólida, especialmente entre as empresas que buscam tomar decisões mais precisas com investimentos mais eficientes, ou mesmo corrigir erros para retomar o crescimento com a máxima rentabilidade”, afirmou Maycon Andrade, fundador e CEO da Price Survey, uma empresa com sede em Minas Gerais que atende a toda a América Latina, além dos Estados Unidos, com pesquisas de mercado e desenvolvimento de produtos.
“A coleta de dados é apenas o primeiro passo, a análise adequada desses dados é o que realmente possibilita insights valiosos e informa as decisões estratégicas das empresas, explica Maycon.
A Price Survey está auxiliando empresas como a Eternit, a Tok&Stok e o Grupo Pérola a impulsionarem seus negócios. Além disso, trabalha com outras marcas brasileiras e do exterior, em países como Peru, Chile e Paraguai, no tratamento e interpretação de dados relevantes para suas operações.
Desafios
Embora as empresas estejam adotando a cultura de dados como algo rotineiro, muitas delas ainda não desenvolveram a habilidade de extrair insights relevantes deles para apoiar a tomada de decisão.
A pesquisa Digital Transformation Index (DT Index), desenvolvida pela Dell, reforça essa percepção. Os dados revelam que 70% das organizações que optam por uma abordagem data-driven conseguem coletar dados de maneira mais ágil. No entanto, elas ainda enfrentam obstáculos significativos na análise abrangente desses dados. Isso destaca uma fragilidade que pode impactar a capacidade das marcas de identificar e mitigar riscos que poderiam prejudicar seus negócios.
“Os dados por si só não resolvem problemas. O conteúdo coletado precisa ser tratado de maneira apropriada. Para isso, é necessário contar com equipes de profissionais capacitados para lidar com várias áreas de atuação e otimizar o uso desses dados e assim obter um diagnóstico preciso para as empresas. Isso possibilita novas oportunidades de crescimento e uma mudança positiva em suas trajetórias”, conclui o CEO.