O que a mobilidade pode trazer de importante para o RH?
Paulo Oliveira (*)
O conceito de reunir todas as informações na palma da mão chegou à gestão de pessoas com o RH Mobile. Acredite: esse não é um conceito passageiro, é melhor começar a mobilizar sua empresa para este passo importante dentro da realidade 4.0, para não se tornar um dinossauro dentro do mercado. De acordo com a PNAD Contínua TIC, realizada pela IBGE em 2020, o percentual de pessoas que acessam a internet pelo celular passou de 97% para 98,1%.
Enquanto o mobile ganha espaço, outros equipamentos perdem. O uso de computadores caiu de 56,6% para 50,7% e de tablets, de 14,3% para 12%. Ou seja: o reinado absoluto do acesso à rede está bem aí na sua mão. Partindo dessa premissa, a questão não é mais se sua empresa deve ou não assumir estratégias em mobile, mas sim o quanto ela está atrasada por ainda não ter tomado decisões nesse sentido. No entanto, por onde se deve começar?
Um mapeamento dos anseios de seus colaboradores por ferramentas que gerem agilidade e conforto pode ser o primeiro passo. Identificar os gargalos do RH e quais seriam as soluções digitais para estes impasses outra medida importante. Os softwares e aplicativos já invadiram o setor de RH e estão sendo cada vez mais utilizados para realizar atividades operacionais, otimizar a produtividade, calcular indicadores, fornecer autonomia aos colaboradores por meio do autoatendimento, bem como melhorar a comunicação interna, tudo por meio de dispositivos móveis.
Com aplicativos, já é possível ter acesso a demonstrativos de pagamentos, e todos demais processos como décimo terceiro e PLR, consegue se informar sobre treinamentos e campanhas de segurança e medicina preventiva, programar suas férias, ter auxílio na integração de novos funcionários por meio de funções onboarding, acesso a dashboards com dados demográficos de performance, e uma série de outros recursos. Em resumo, o RH divide com os próprios funcionários uma série de funções que até pouco tempo ele não tinha livre acesso, nem autonomia em sua tomada de decisões.
O autoatendimento tende a proporcionar à gestão de pessoas mais tempo para se concentrar em estratégias mais inteligentes de recrutamento, retenção e desenvolvimento de colaboradores. O resultado? Uma gestão mais moderna, com maior produtividade, mais transparência e satisfação. Formulários de papel, assinaturas de documentos, e envio por e-mail? Todas essas operações estão com os dias contados e podem ser resolvidas com um simples toque, sem que o funcionário perca tempo em suas atividades.
O RH Mobile também está preparado para assumir o processo de recrutamento e seleção, com o uso de aplicativos e redes sociais. Por meio de processamento de dados, o banco de talentos pode concentrar o máximo de informações sobre candidatos, tornando mais fácil a escolha do perfil adequado para a vaga oferecida.
A marcação e acompanhamento de ponto pode ser realizado no aplicativo por meio de tecnologia de geolocalização, que utiliza os mesmos recursos do GPS, permitindo que o funcionário bata seu ponto mesmo estando a quilômetros de distância com o trabalho remoto.
O gestor, por sua vez, consegue a qualquer hora, também de forma móvel, acompanhar a frequência de seus colaboradores. O RH Mobile ainda permite que, tanto gestores como colaboradores, acompanhem o desempenho e o cumprimento de atividades. De forma imediata, o gestor identifica pontos fortes ou problemáticos em sua equipe, podem traçar planos estratégicos de melhorias. Mas claro que o RH Mobile também tem seus desafios. Como toda inovação, é preciso que gestores e funcionários aprendam a utilizar o novo sistema.
Além disso, a digitalização precisa promover a integração de sistemas e a adaptação de formulários para o uso on-line. Um aspecto importante que não pode ser desconsiderado é a segurança dos sistemas, para que haja a devida proteção de dados pessoais, como pede a LGPD, em vigor desde o ano passado. Com uma implementação correta, o devido treinamento nos funcionários, e confiabilidade do sistema, o RH Mobile estará pronto para promover uma revolução de processos e de produtividade, que talvez você não contasse que coubesse na palma de sua mão.
(*) – É Gerente de Marketing da Apdata.