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Reajustes: veja o que fica mais caro no próximo ano

em Economia
segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Alimentos, combustíveis, energia elétrica e imóveis são algumas das várias “vítimas” da altíssima inflação que o Brasil vem enfrentando durante todo o ano de 2021. E a previsão para o próximo ano não é animadora, visto que, também por conta da pandemia, a economia ainda está instável.

Além disso, a proposta do governo para o reajuste do salário mínimo de 2022 será apenas para cobrir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), porém, alguns dos reajustes de preços são ainda maiores do que o do INPC, como o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), por exemplo, que reajusta os valores dos aluguéis. Ou seja, mesmo com esse aumento, o poder de compra do trabalhador que recebe o salário mínimo deve diminuir.

O doutor em Desenvolvimento Econômico e professor da Escola de Negócios da Universidade Positivo (UP), Guilherme Marques Moura, aponta quatro contas que devem seguir pesando no bolso dos brasileiros no próximo ano.

  1. – Energia elétrica – “A conta de luz, que aumentou durante todo esse ano, tem previsão para ficar ainda mais cara em 2022. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o valor deve subir 21%”, explica. “Será o maior aumento em sete anos”, destaca Moura.
  2. – Transporte público – Por conta da inflação sobre os combustíveis, o valor do transporte público deve ser reajustado em todo o Brasil. “Se fossem repassados todos os aumentos de custos, a previsão é de elevação seria de 40% a 50% do preço da passagem, que atualmente custa, em média, R$ 4,00 no país”, revela o professor. “O impacto final depende da cidade, dado que o preço da passagem é subsidiada pelos governos municipais. De toda forma, especialistas apontam um aumento médio de pelo menos 10%”, pontua.
  3. – IPVA – O preço dos carros usados também subiu bastante: em média, 22% no período entre maio de 2020 e maio de 2021. Por conta disso, o valor do IPVA também será reajustado em 2022. “No caso dos carros, a elevação do preço do usado ocorreu devido à escassez e aos altos valores dos carros zero quilômetro, causando um efeito cascata sobre os preços dos veículos. Geralmente, esse é um imposto que tem redução ao longo do tempo, então, será uma surpresa para muitos consumidores”, alerta.
  4. – IPTU – O caso dos imóveis é semelhante, porém, o especialista afirma que o reajuste no valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) não assusta tanto quanto o IPVA. “O IPTU não deve apresentar uma alta tão significativa, dado que a tabela de preços é, geralmente, determinada pelas prefeituras”, aponta.

Segundo Moura, os reajustes causados pela inflação de 2021 são um fator bastante relevante para a inflação do começo de 2022, justificando o cenário previsto para o início do próximo ano. “Nos últimos doze meses, a inflação subiu 10,67%. No início do ano, o teto da meta da inflação, segundo o Banco Central, era de 5,25%. Ou seja, esse estouro da meta continuará causando efeitos no ano que vem”, completa.
Fonte e outras informações: (www.up.edu.br).