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PIB cresce, mas só deve alcançar nível pré-crise em 2021

em Economia
quinta-feira, 05 de março de 2020

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou a projeção de crescimento do PIB de 2020 de 2,3% para 2,1%. A revisão é resultado da desaceleração da economia global, provocada sobretudo pela epidemia do novo coronavírus. O IBGE divulgou que o PIB brasileiro cresceu 1,1% em 2019. Pela segunda vez desde 2012, o maior responsável pelo avanço da economia brasileira foi o setor de serviços (+1,3%), além do agropecuário (+1,3%). A Formação Bruta de Capital Fixo (+2,2%) e o Consumo das Famílias (+1,8%) também tiveram impacto positivo no resultado.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, ressaltou a importância do consumo na recuperação e observou que, com a aprovação das reformas, o ano de 2020 também deverá apontar uma expansão do PIB. “Nossa expectativa é que o consumo das famílias, os serviços e o comércio vão continuar impulsionando a recuperação da economia brasileira em 2020. Acreditamos que, a despeito dos desafios, com a aprovação das reformas e o empenho do governo e do setor produtivo, prosseguiremos firmes na trajetória de crescimento”, disse Tadros.

O economista da CNC Fabio Bentes observou que a inflação próxima ao centro da meta definida pelo Copom permitiu a ampliação do consumo de bens e serviços por parte das famílias via ampliação do crédito ao consumo, cujo avanço real ao longo do ano passado (+11%) foi o maior desde 2010 (+20,5%). Acrescentou, porém, que há ainda preocupação em relação ao desempenho da economia no curto prazo e como a desaceleração da economia global pode ter impactos no Brasil.

“Apesar de não registrar quedas nos últimos 12 trimestres, o desempenho de curtíssimo prazo segue decepcionante. Ainda que positivos, os dados do PIB de 2019 revelam um grande desafio para a economia brasileira nos próximos anos, que é reativar o mercado de trabalho, que, a despeito do recuo na taxa de desemprego, tem apresentado níveis recordes de subutilização da força de trabalho e informalidade elevada”, alertou Bentes (Gecom/CNC).