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Ministro da Economia diz que país terá desaceleração em 2022

em Economia
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o país deverá ter uma desaceleração econômica em 2022. A queda ocorrerá em razão do efeito da alta de juros e do combate à inflação. No entanto, poderá ser contrabalanceada “Ano que vem terá uma desaceleração econômica. Só que há outros vetores funcionando: de um lado, o Auxílio Brasil, sustentando consumo e, de outro, R$ 700 bilhões de contratos para os próximos 10 anos, que são investimentos”, disse, após participar do evento Moderniza Brasil – Ambiente de Negócios, realizado na sede Fiesp.

O ministro disse ainda que não vê como oportuno um aumento dos salários do funcionalismo em 2022. E que, caso ocorra, tem que ser um negócio muito específico, muito localizado e muito limitado em números. “Não é um momento oportuno, a economia acabou de se levantar”, disse, ao ressaltar que categorias como policiais federais, policiais rodoviários federais, e policiais civis poderão receber uma “restruturação” nos salários.

Guedes anunciou ainda que oficialmente o governo brasileiro informou ao FMI que não precisa mais da presença da instituição no Brasil. “Nós oficialmente estamos dizendo que não precisamos tê-los aqui mais, já há muitos anos que eles não precisavam estar aqui, ficaram porque gostam de feijoada, jogo de futebol, conversa boa e, de vez em quando, criticar um pouco e fazer previsão errada”.

Participando do mesmo evento, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse estar animado com as mudanças dos marcos legais das ferrovias e da cabotagem, que devem entrar em vigor nos próximos meses. Outra ação citada pelo ministro, também no sentido de desenvolvimento dos transportes, é a nova possibilidade da construção de ferrovias privadas.

O ministro disse que quando a medida foi tomada, o governo imaginou que ia receber “seis, sete pedidos de autorização”. “Ontem a gente estava celebrando o 48º pedido de autorização, isso representa a construção de 12,9 mil novos km de ferrovias”, disse (ABr).