A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 6,56% para 6,79%. A estimativa está no Boletim Focus de ontem (2), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC). Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,81%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
Em junho, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Ainda assim, com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77%, no ano, e 8,35%, nos últimos 12 meses. Os dados de julho devem ser divulgados pelo IBGE na próxima semana, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,72% no mês passado, a maior variação do IPCA-15 para um mês de julho desde 2004 (0,93%).
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Copom. Hoje (3) e amanhã (4), o Copom realiza, em Brasília, a quinta reunião do ano para definir a Selic e deve haver nova elevação. Segundo expectativa do mercado financeiro, a Selic deve subir 1 ponto percentual para 5,25% ao ano.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7% ao ano, mesma previsão da semana passada. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.
As instituições financeiras ajustaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,29% para 5,30%. Para 2022, a expectativa para o PIB é de crescimento de 2,10%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%. A expectativa para a cotação do dólar variou de R$ 5,09 para R$ 5,10 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20 (ABr).