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Mercado eleva para 2,96% projeção de expansão da economia

em Economia
segunda-feira, 16 de setembro de 2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 2,68% para 2,96%. A estimativa está no Boletim Focus de ontem (16). A revisão de 0,28 ponto percentual para cima ocorre após a divulgação do PIB do segundo trimestre, que surpreendeu e subiu 1,4% em comparação ao primeiro trimestre. De acordo com o IBGE, na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%.

Em 2023, também superando as projeções, a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,40 para o fim deste ano. A previsão para o IPCA – considerada a inflação oficial do país – em 2024 passou de 4,3% para 4,35%.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A próxima reunião do Copom está marcada para hoje (17) e amanhã (18). Para o mercado financeiro, a Selic deve subir novamente para 10,75% e encerrar 2024 em 11,25% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia (ABr).