72 views 3 mins

Mercado eleva para 2,68% projeção de expansão da economia

em Economia
segunda-feira, 09 de setembro de 2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 2,46% para 2,68%. A estimativa está no Boletim Focus de ontem (9), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos. A revisão de 0,22 ponto percentual para cima ocorre após a divulgação do PIB do segundo trimestre do ano, que surpreendeu e subiu 1,4% em comparação ao primeiro trimestre.

De acordo com o IBGE, na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%. Para 2025, a expectativa para o PIB passou de 1,85% para 1,9. Em 2023, também superando as projeções, a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,35 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda norte-americana fique em R$ 5,30.

A previsão para o IPCA – considerada a inflação oficial do país – em 2024 passou de 4,26% para 4,3%. Essa estimativa está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC, que é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Copom. Diante de um ambiente externo adverso e do aumento das incertezas econômicas, na última reunião, no fim de julho, o BC decidiu pela manutenção da Selic, pela segunda vez seguida, após um ciclo de sete reduções que foi de agosto de 2023 a maio de 2024.

Para o mercado financeiro, a Selic deve subir novamente e encerrar 2024 em 11,25% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 10,25% ao ano. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica (ABr).