Ao participar de um painel de debates sobre a conjuntura econômica global no Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), em Davos, na Suíça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que autoridades internacionais duvidaram, inicialmente, da capacidade econômica interna para lidar com a pandemia. Guedes lembrou que a estimativa de retração econômica para o país chegou a 9,7% – mais alta do que a dos países europeus.
Entretanto, o país teve retração de 3,6% no PIB e cresceu 4,6% no ano seguinte, contrariando previsões pessimistas. “Nos saímos melhor do que todos os outros países na questão fiscal. O único país que teve um resultado fiscal interno melhor do que nós foi Singapura”, afirmou. “A ideia principal é: fizemos muitas reformas. Ao invés de crescermos 7, 8 ou 9% com um déficit grande, removemos todos os incentivos fiscais durante a recuperação”, afirmou Guedes.
Explicou, também, que as estratégias aplicadas pelo governo durante a pandemia, como os programas de preservação de empregos e o auxílio emergencial, além de ter destacado a importância do Auxílio Brasil no período após o fim das restrições sanitárias. Reforçou que, apesar de classificada como “barulhenta”, a democracia brasileira é estável e confiável, e que não há razões para questionar os resultados positivos apresentados pela atual gestão.
Após o painel, o ministro relatou uma mudança “no clima” entre os colegas ministros de economia e finanças de outros países, a qual classificou como positiva, e disse ainda que o foco internacional no Brasil diz respeito à parcerias para iniciativas sustentáveis, como a geração de energia renovável (ABr).