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Empreendedorismo feminino é uma das saídas para ciclo de violência

em Economia
segunda-feira, 25 de julho de 2022

As mulheres desejam trabalhar por conta própria e montar uma empresa. O principal motivo: busca pela independência financeira. Foto: portal.fgv/reprodução

As mulheres já representam 34% dos empreendedores no Brasil e o índice continua em alta. É o que mostra um estudo do Sebrae, com base em dados da pesquisa do IBGE. Abrir o próprio negócio é uma alternativa para alcançar a independência feminina, especialmente nos casos em que mulheres são expostas à violência doméstica.

No próximo dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha completa 16 anos e a data será marcada pelo Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Principal instrumento de garantia dos direitos da mulher no país, a lei prevê, além de dispositivos mais rigorosos contra crimes cometidos no ambiente familiar, ações que promovam a dignidade da mulher.

“Quando a mulher está numa situação de debilidade econômica, dependência economia, a dignidade dela também está ferida”, afirmou a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Ana Lúcia Muñoz, no programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, de domingo (24). De acordo com uma pesquisa feita pela Serasa Experian, 40% das entrevistadas desejam trabalhar por conta própria e montar uma empresa. O principal motivo: busca pela independência financeira.

O programa nacional Brasil pra Elas é um exemplo de política pública que oferece oportunidades a mulheres que querem empreender. A iniciativa reúne desde qualificação profissional, orientações de como abrir uma empresa, dicas de como promover o negócio no meio digital até opções de linhas de créditos em bancos públicos.

“O empreendedorismo é uma das formas para que aquela mulher, quando fortalecida, consiga, de alguma forma, um caminho, uma saída”, destacou a secretária durante entrevista com o jornalista da TV Brasil, Paulo La Salvia. “As mulheres estão, cada vez mais, livres para estar onde elas, de fato, desejam. A mulher tem que estar onde ela quiser”, acrescentou Muñoz.

Outro projeto que vai ao encontro das ações de garantia de direitos das mulheres, da Lei Maria da Penha, é o da Casa da Mulher Brasileira. Inicialmente para capitais, as casas de atendimento a vítimas de violência doméstica foram remodeladas. Agora, a ideia do Governo Federal é implementar mais unidades no interior do país. Ao todo, a previsão é de que mais 30 espaços sejam implementados — atualmente, existem apenas sete (ABr).