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Economia 30/03/2016

em Economia
terça-feira, 29 de março de 2016

Confiança do consumidor paulistano voltou a cair

Arte: Reprodução

Em março, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu 89,3 pontos, queda de 6,2% em comparação ao mês anterior, quando registrou 95,2 pontos

Já na comparação anual, a queda foi ainda mais acentuada (-16,4%). A pesquisa é realizada mensalmente pela FecomercioSP e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).
De acordo com a assessoria econômica da Entidade, a queda do ICC foi motivada pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos componentes do indicador, que retraiu 19,6% em relação a fevereiro, ao passar de 66,5 para 53,5 pontos em março. Já em relação ao mesmo mês de 2015, quando o índice registrou 103,3 pontos, a queda foi de 48,2%. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) registrou leve queda de 1%, ao passar de 114,4 pontos em fevereiro para 113,2 pontos em março.
Para a FecomercioSP, a queda no ICC em março denota uma escalada do pessimismo em relação ao presente. Os números registrados apontam muito mais para uma acomodação do patamar de pessimismo do que propriamente para a recuperação da confiança. A Entidade reforça ainda que o consumidor paulistano continua pessimista sobre as condições socioeconômicas atuais, principalmente por causa da deterioração do mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, a inflação segue elevada e o crédito está mais caro – o que afeta ainda mais o orçamento das famílias.

Redução de empréstimos dos bancos

A retração da economia leva à queda do crédito.

O encolhimento da economia levou a uma queda no saldo do crédito ofertado pelos bancos a empresas e famílias. Em fevereiro, pelo segundo mês consecutivo, o saldo das operações de crédito recuou e fechou o período em R$ 3,184 trilhões. Em relação a janeiro, houve redução de 0,5%. O saldo do mês correspondeu a 53,6% do PIB, queda de 0,4 ponto percentual em relação a janeiro. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC).
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que no inicio do ano é comum haver menor expansão do crédito, porque atividade econômica é normalmente mais fraca. Mas, atualmente, a retração da economia leva à queda do crédito. Para o ano, o BC revisou a projeção de crescimento do saldo das operações de crédito de 7% para 5%. No caso do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros, a projeção de expansão passou de 5% para 2%.
Em relação ao PIB, o crédito deve corresponder a 54%, abaixo da projeção anterior de 55%. No ano passado, essa relação ficou em 54,5%. Os bancos públicos devem apresentar expansão do saldo dos seus empréstimos de 9%. A projeção anterior era 8%. Já os bancos privados nacionais devem ter queda de 1%. A projeção anterior era de crescimento de 2%. De acordo com as estimativas do BC, o saldo do crédito dos bancos privados estrangeiros vai crescer 4%, estimativa cortada pela metade em relação à divulgada em dezembro (8%)(ABr).

Empréstimo de celular a cliente que deixar aparelho no conserto

A Comissão de Defesa do Consumidor do Senado aprovou ontem (29) projeto que garante ao consumidor o direito de receber outro telefone celular enquanto seu aparelho estiver na assistência técnica para conserto. O empréstimo vale para aparelhos que se encontram dentro do prazo de garantia, como previsto no projeto da deputada Lauriete (PSC-ES). O texto determina que o aparelho emprestado deve permitir, no mínimo, receber e fazer chamadas, assim como receber e enviar mensagens.
O relator, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), apresentou emenda prevendo que o aparelho deve também permitir acesso à internet, por meio do plano que o consumidor disponha. O substitutivo da Câmara, acrescido de sua emenda, atende às necessidades do consumidor que se vê obrigado a deixar seu aparelho celular para conserto, ainda no período de garantia. Originalmente, o projeto da deputada Lauriete classificava o aparelho celular como produto essencial e, desse modo, garantia sua imediata substituição por um novo equipamento caso apresentasse defeito (Ag.Senado).