Temer: indústria do petróleo está voltando a acreditar no paísO presidente Michel Temer disse que as reformas feitas na economia do país estão trazendo segurança para que o investidor volte a investir e ter lucros. O presidente Michel Temer discursou no encerramento da Rio Oil & Gas 2018. Foto: Fernando Frazão/ABr Um sinal disso, apontou, foi a presença marcante, depois de anos de ausência, de investidores de mais de 30 países no Rio Oil & Gas 2018, com três dias de debates e de exposição. “A presença de cada um dos senhores e senhoras mostra que acreditam no Brasil que estamos construindo”, afirmou, ao participar do encerramento do encontro. Temer destacou que, nas viagens que faz por vários países, nota uma avaliação que não costuma ver dentro do Brasil. “Nas várias reuniões que frequento, e não foram poucas, neste período, verifico um otimismo extraordinário daqueles que veem esse novo Brasil, ou seja, o Brasil do século 21. Não podemos permitir que ninguém que venha à frente faça o nosso país retornar ao século 20. Temos que continuar no século 21, e nesse sentido o setor de óleo e gás é fundamental nesta trilha do progresso e do desenvolvimento”, afirmou. O presidente fez questão de destacar que foi o atual ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, que o convenceu, na época em que ainda era vice-presidente, a fazer contato com representantes da indústria de óleo e gás para conhecer as dificuldades do setor. | |
Índice de expansão do Comércio caiu 1,6% em setembroA tendência da intenção de empregar, pelo menos na margem, é de alta, por conta da proximidade com o Natal. Foto: Divulgação/DC O Índice de Expansão do Comércio (IEC), calculado mensalmente pela FecomercioSP, ficou praticamente estável em setembro, com leve crescimento de 0,2% em relação a agosto, passando de 94 para 94,2 pontos. O resultado interrompe uma série de três quedas consecutivas. Na comparação com o mesmo mês do ano passado indicador voltou a recuar, -1,6%, algo que não ocorria desde junho de 2016, mostrando provável reversão do quadro: no mês passado se manteve estável e agora a primeira queda efetiva. O cenário negativo também é notado em relação ao item que mede a propensão a investir, que registrou queda de 3,4% em relação ao mês passado, a quarta consecutiva, passando de 78,2 pontos para os atuais 75,6 pontos. Já na comparação com setembro de 2017, quando apresentava 74,5 pontos, teve crescimento de 1,4%. O item que mede a expectativa de novas contratações apontou crescimento de 2,8%, atingindo 112,8 pontos ante os 109,7 pontos vistos em agosto. Porém, se comparado com o mesmo mês do ano passado o indicador caiu 3,6%, o terceiro recuo seguido. Vale lembrar que a partir de agora, a tendência da intenção de empregar, pelo menos na margem, é de alta, por conta da proximidade com o Natal. Para a Entidade, o resultado consolida o quadro de desalento que deve prevalecer até o resultado das eleições e, talvez até um pouco adiante quando as escolhas de ministros e as propostas do novo presidente eleito sejam mais conhecidas. Antes disso alguns indicadores devem mostrar divergências, mas não haverá a configuração de uma tendência evidente (AI/FecomercioSP). Indústria paulista registra crescimento de produção e vendasAgência Brasil O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de transformação paulista aumentou 5,9% em agosto na comparação com o mês anterior e 4,3% no acumulado em 12 meses, segundo o levantamento feito pela Fiesp e Ciesp. De acordo com o estudo, se forem levados em conta os efeitos sazonais, o avanço cai para 1,5%. Dos 20 segmentos pesquisados, 14 apresentaram expansão das atividades. Entre os que tiveram melhor desempenho, destaca-se o de veículos automotores, com avanço de 7,1%. Na média de todos os setores pesquisados, houve crescimento de 6,9% nas vendas reais em 6,9% e de 2,3 no número de horas trabalhadas na produção . Apesar disso, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada permaneceu estável. Em nota, o presidente em exercício da Fiesp e do Ciesp, José Ricardo Roriz, classificou o nível de recuperação de muito lento. “Ao contrário das crises anteriores em que a recuperação se dava logo em seguida, desta vez, o mercado terá dificuldades para voltar a crescer”, disse Roriz. Em sua justificativa, o executivo atribuiu essa maior demora aos juros cobrados dos investidores pelas instituições financeiras que, segundo ele, não têm caído na mesma proporção da Selic. Roriz disse também que a volatilidade cambial tem afetado as empresas que consomem matéria-prima sujeita às cotações com preços internacionais. “As empresas que não têm poder de mercado não conseguem repassar a alta dos preços.” | Déficit em contas públicas subiu 77,1% em agostoAgência Brasil O setor público consolidado, formado pela União, estados e municípios, registrou saldo negativo nas contas públicas em agosto, de acordo com dados divulgados sexta-feira (28) pelo Banco Central (BC). O déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, ficou em R$ 16,876 bilhões, resultado 77,1% maior do que de igual período de 2017, quando chegou a R$ 9,529 bilhões. Em agosto, o resultado negativo veio do Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), que apresentou déficit primário de R$ R$ 20,851 bilhões, contra R$ 9,916 bilhões em igual mês de 2017. Os governos estaduais registraram superávit de R$ 3,348 bilhões, e os municipais, de R$ 36 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de R$ 592 milhões no mês passado. Nos oito primeiros meses do ano, houve déficit primário de R$ 34,7 bilhões, contra resultado também negativo de R$ 60,850 bilhões em igual período de 2017. No acumulado em 12 meses encerrados em agosto, as contas públicas ficaram com saldo negativo de R$ 84,433 bilhões, o que corresponde a 1,25% do PIB. A meta para o setor público consolidado é de déficit de R$ 161,3 bilhões neste ano. A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,459 trilhões em agosto, o que corresponde 51,2% do PIB, com redução de 1 ponto percentual em relação a julho (52,2%). ANP quer usar royalties para reduzir alta do petróleoAgência Brasil O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), Décio Oddone, sugeriu que os royalties e as participações governamentais sejam utilizados para minimizar os impactos dos aumentos do valor do barril de petróleo no mercado externo no preço dos combustíveis no Brasil. Hoje, o barril está acima dos US$ 80 no exterior. Na sexta-feira (28), no Hotel Hyatt, na Barra da Tijuca, Oddone admitiu que a proposta está em discussão e já foi encaminhada ao Ministério da Fazenda. “A ANP sugeriu a utilização dos royalties e participações governamentais como um colchão que neutralize os impactos dos sucessivos aumentos do preço do petróleo [no preço dos combustíveis]”, disse. Sobre a proposta, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Felix, disse que, embora a desconheça, ressalta ser díficil criar o colchão quando o valor do barril está em alta e afirmou que a negociação deve ficar para o próximo governo. Em relação ao subsídio ao diesel, o diretor-geral da ANP considera alarmista a preocupação das distribuidoras de uma eventual corrida aos postos de combustíveis no final do ano por causa do fim do subsídio. |