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Economia 28/12/2017

em Economia
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
Dados do Caged já consideram as novas formas de contratação estabelecidas na reforma trabalhista.

País perde 12 mil vagas em novembro mas cria 299 mil no ano

Dados do Caged já consideram as novas formas de contratação estabelecidas na reforma trabalhista.

O saldo de empregos formais no Brasil em novembro ficou negativo, com redução de 12.292 vagas. Em relação a outubro, houve redução de 0,03%, segundo o Caged, divulgado ontem (27) pelo Ministério do Trabalho

Os dados já consideram as novas formas de contratação estabelecidas na reforma trabalhista. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em novembro há uma tendência de saldo negativo do emprego. Ele argumentou, entretanto, que esse resultado não indica interrupção no processo de retomada do crescimento econômico, com criação de postos de trabalho. “Nos 11 meses do ano, oito foram positivos [com geração de emprego]”.
O resultado de novembro considera 1.111.798 de admissões contra 1.124.090 de desligamentos. No acumulado do ano, o saldo é de 299.635 empregos, com expansão de 0,78% em relação a dezembro de 2016. Nos últimos 12 meses, o saldo é negativo, com redução de 178.528 postos de trabalho, uma retração de 0,46%. Em novembro, o comércio foi o único setor que registrou saldo positivo (tanto atacadista quanto varejista), com a criação de mais de 68 mil vagas. Segundo o Minstério do Trabalho, as festas de fim de ano, que aqueceram as vendas, foram o motivo desse resultado.
A indústria de transformação registrou saldo negativo de 29.006 empregos. A construção civil reduziu 22.826 vagas. O setor agropecuária gerou saldo negativo de 21.761 vagas. O setor de serviços também apresentou saldo negativo de 2.972 vagas. A região que mais criou vagas formais em novembro foi a Sul, com 15.181 postos. A Região Nordeste abriu 3.758 vagas. As demais regiões registraram saldo negativo: Sudeste (-16.421), Centro Oeste (-14.412) e Norte (-398). O salário médio de admissão no país ficou em R$ 1.470,08, enquanto o de demissão foi de R$ 1.675,58. Na comparação com outubro, houve aumento de 0,39% no salário de contratação e de 0,02% no de demissão.
A projeção do Ministério do Trabalho é que em 2018, com o crescimento da economia (o Produto Interno Bruto – PIB) em 3%, devem ser criados 1.781.930 empregos formais até o fim do ano, na comparação com o mesmo período de 2017. O ministério também divulgou uma estimativa mais otimista considerando o crescimento do PIB de 3,5%, com a criação, no próximo ano, de 2.002.945 vagas (ABr).

Somente 22% dos brasileiros guardaram dinheiro em outubro

Apenas dois em cada dez (22%) consumidores puderam guardar dinheiro no último mês de outubro.

Com a lenta recuperação econômica, são poucos os brasileiros que estão conseguindo chegar ao final do mês com sobras de dinheiro. Segundo dados apurados pelo Indicador mensal de Reserva Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), apenas dois em cada dez (22%) consumidores puderam guardar dinheiro no último mês de outubro. A maioria (73%) dos consumidores não conseguiu guardar qualquer quantia, enquanto 5% não souberam ou preferiram não responder.
Nas classes C, D e E, há uma proporção ainda maior de brasileiros que deixaram de poupar em outubro. Oito em cada dez (78%) pessoas que se enquadram nessa faixa de renda não conseguiram poupar ao menos parte de seus salários. Já nas classes A e B, o percentual de não-poupadores diminui para 58% da amostra, mas ainda assim revela que o hábito de poupar não é maioria nem mesmo entre a população de mais alta renda.
Entre os brasileiros que não pouparam nenhum centavo, 48% justificam uma renda muito baixa, o que torna mais difícil ter sobras no fim de cada mês. Outros 15% disseram não ter qualquer fonte renda e 14% foram surpreendidos por algum imprevisto financeiro. Há ainda 13% de consumidores que disseram não ter disciplina para guardar o que recebem de salário.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o controle dos gastos exige disciplina, mas traz recompensas. “Hoje o consumidor conta com o auxílio de aplicativos e modelos de planilhas já prontas para auxiliar no controle dos gastos e pode usar isso ao seu favor. Além disso, para contornar a indisciplina, uma boa solução é fazer uma programação automática de retiradas mensais de dinheiro, ainda que em pequena quantidade. Se o consumidor deixa para guardar só o que sobra, ele pode ceder à tentação de transformar o que deveria ser uma reserva financeira em consumo por impulso”, orienta a economista (SPC/CNDL).

Novas regras do Simples passam a vigorar em 1º de janeiro

As novas regras do Simples Nacional, aprovadas em outubro de 2016, passam a vigorar no próximo dia 1º de janeiro. Entre as principais mudanças está a redução do número de tabelas, de seis para cinco anexos, sendo três para serviços, um para comércio e um para a indústria. A quantidade de faixas de faturamento também foi reduzida de 20 para seis, além do estabelecimento de alíquotas progressivas de tributação.
Outro ponto importante foi o enquadramento do setor de serviços em tabela com alíquotas diferenciadas pelo tamanho da folha salarial para alguns setores, que deverá ser igual ou superior a 28% em relação à receita bruta para recolher por uma alíquota menor. Destaque também para a inclusão das relações de consumo no critério da dupla visita, garantindo o tratamento diferenciado, simplificado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte.
Para orientar os empresários a FecomercioSP lançou a cartilha ‘O Novo Supersimples’. O conteúdo dessa cartilha traz resumidamente informações relativas às novas regras previstas pela LC n.º 155/2016, que alterou de modo significativo a Lei Complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006, que trata do Simples Nacional. O conteúdo está disponível no portal da Entidade, no link: (http://www.fecomercio.com.br/upload/ file/2017/12/11/cartilha_supersimples.pdf). – (FecomercioSP).

Inflação recua em cinco das sete capitais pesquisadas

A inflação medida pelo IPC-S fechou a semana encerrada no último dia 22 com desaceleração de preços em cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV. Na média das sete capital pesquisadas pela FGV, o IPC-S fechou a semana encerrada no último dia 22, com alta de preços de 0,27%, ainda assim registrando desaceleração de 0,07 ponto percentual em comparação com a alta de 0,34% registrada na semana anterior.
Entre as cinco capitais com desaceleração de preços, o principal destaque é Salvador, que depois de ter registrado alta de 0,13% na semana encerrada no dia 15, fechou no dia 22 com deflação (inflação negativa) de 0,04% – com queda de 0,17 ponto percentual. Das outras quatro capitais com desaceleração de preços, duas fecharam com resultados abaixo da média: Belo Horizonte (de 0,15% para 0,02%, a segunda menor taxa do país); e Porto Alegre (de 0,36% para 0,09%). Em Brasília, a taxa caiu de 0,47% para 0,32% e em São Paulo, de 0,43% para 0,37% (ABr).