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Economia 27/04/2017

em Economia
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Grande parte dos produtos exportados pelo Brasil saiu pelos portos.

Exportações brasileiras cresceram 24,4% no primeiro trimestre

Grande parte dos produtos exportados pelo Brasil saiu pelos portos.

As exportações brasileiras cresceram 24,4% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2016

Ao mesmo tempo, as importações aumentaram 12%. A balança comercial registrou superávit de US$ 14,4 bilhões. Os dados são do Indicador Mensal da Balança Comercial, da FGV, e foram divulgados ontem (26) no Rio de Janeiro. Com o resultado da balança comercial, estima-se que o comércio externo brasileiro encerre o ano com um saldo positivo de US$ 50 bilhões.
Em relação ao volume, as exportações cresceram menos (11%) do que as importações (17%) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2016. A maior alta nas exportações foi observada no setor da indústria extrativa (38%), seguido pela indústria da transformação (9%). A agropecuária teve uma queda de 7%. As exportações de não commodities aumentaram 16% e as de commodities, 6%. O maior crescimento no volume importado ocorreu na indústria de transformação (23%), seguido pela extrativa (11%). A agropecuária teve queda de 4%.
Os termos de troca penderam a favor da balança comercial brasileira, com uma melhora de 19% na comparação com o primeiro trimestre de 2016, devido ao aumento de 15% do preço das exportações e da queda de 3% do preço das importações. Isso pode ser explicado principalmente pelo comportamento das commodities. Enquanto o preço de importação desses produtos recuou 11%, o preço da exportação avançou 29%. Entre as não commodities, o preço das exportações não variou, enquanto o valor das importações caiu 6,5%.
Entre os setores econômicos, os preços das exportações da indústria extrativa cresceram 75%, enquanto o preço das importações caiu 9%. Na indústria da transformação, o preço das exportações cresceu 5%, enquanto o das importações caiu 7%. Na agropecuária, os preços dos exportados cresceram menos (9%) do que os dos importados (17%). “Os preços das commodities tiveram uma recuperação. Os preços de minério de ferro e petróleo melhoraram. Também temos uma demanda internacional mais favorável”, disse a pesquisadora da FGV, Lia Valls (ABr).

Caiu a inadimplência do paulistano no 1º trimestre

A inadimplência teve queda de 4,3% no acumulado do ano.

A inadimplência do consumidor na cidade de São Paulo teve queda de 4,3% no acumulado do ano (1º trimestre de 2017 contra o mesmo período do ano passado), de acordo com os dados da Boa Vista SCPC. Na comparação interanual (março-17 contra março-16), a inadimplência retraiu 8,4%. Contra o mês anterior (março-17 contra fevereiro-17) houve queda de 0,9%.
No mesmo período do ano, a inadimplência no estado de São Paulo caiu 1,6%. Entre os municípios observados no levantamento da Boa Vista SCPC, a cidade de Marília foi a que atingiu a maior inadimplência do consumidor no 1º trimestre do ano (3,8%), e Barueri o menor índice de inadimplência (5,2%), no mesmo período.
O indicador de recuperação de crédito do consumidor na cidade de São Paulo apontou alta de 0,7% no acumulado do ano (1º trimestre de 2017 contra o mesmo período do ano passado). Na comparação interanual (março-17 contra março-16), o indicador subiu 8,9%. Já contra o mês anterior (março-17 contra fevereiro-17), houve queda de 1,2% no pagamento de dívidas. Entre os municípios no levantamento, a cidade de Itapetininga foi a que obteve o melhor percentual de recuperação de crédito no 1º trimestre (14,3%); e Votuporanga a cidade com a maior queda (-1,6%) (Boa Vista SCPC).

Aumentou o percentual de cheques devolvidos

O percentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos em março foi de 2,34% em relação ao total de cheques compensados. As informações são do Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. O percentual sofreu elevação em relação aos meses anteriores. Janeiro e fevereiro haviam registrado 2,12% de devoluções cada um. No acumulado do ano, o primeiro trimestre chegou à marca de 2,20%.
Março registrou 1.124.362 cheques devolvidos e 47.977.094 compensados. Em fevereiro de 2017 haviam sido 747.561 cheques devolvidos por falta de fundos contra 35.308.156 compensados. Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento da inadimplência com cheques reflete a sazonalidade adversa do período tendo em vista o acúmulo de dívidas desta época do ano (IPVA, IPTU, material escolar, etc).
Mesmo assim, a inadimplência com cheques acabou ficando mais baixa que em março do ano passado já que neste ano as taxas de inflação e de juros estão menores que há um ano atrás, contribuindo para uma inadimplência menos acentuada (Serasa Experian).

Arrecadação federal caiu 1,16% em março

A arrecadação de tributos caiu em março, de acordo com dados divulgados ontem (26) pela Receita Federal. No mês passado, a arrecadação federal chegou a R$ 98,994 bilhões, com queda real (descontada a inflação) de 1,16%, em relação ao mesmo mês de 2016. A queda no mês veio das receitas administradas pelo Fisco (impostos e contribuições), com retração de 1,54%. No caso das receitas não administradas pela Receita Federal, que incluem os royalties do petróleo, houve aumento de 27,75%, com volume de R$ 1,659 bilhão, em março.
De janeiro a março, a arrecadação chegou a R$ 328,744 bilhões, com crescimento de 0,08% no total. As receitas administradas pela Receita caíram 0,81% e as não administradas aumentaram em 47,75%. O pequeno aumento na arrecadação no primeiro trimestre foi influenciada pelo acréscimo de R$ 4,5 bilhões de recolhimento do IRPJ e da CSLL, equivalente a um crescimento real (acima da inflação) de 15,43%.
O chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita, Claudemir Malaquias, disse que a expectativa de arrecadação para este ano foi reduzida em R$ 41,390 bilhões para R$ 41,308 trilhão. A redução da arrecadação de receitas administradas pela Receita foi feita no último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado em março. Com isso, a receita vai crescer 4,49%, praticamente o mesmo percentual projetado para a inflação. Assim, não haverá crescimento real da arrecadação, este ano (ABr).