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Economia 27/03/2018

em Economia
segunda-feira, 26 de março de 2018
Projeção da inflação segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%.

Mercado financeiro reduz projeção de inflação

Projeção da inflação segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%.

O mercado financeiro reduziu pela oitava semana seguida a projeção para a inflação neste ano

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,63% para 3,57%, de acordo com o Boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC) sobre os principais indicadores econômicos. A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação caiu de 4,20% para 4,10%, ficando mais distante do centro da meta (4,25%).
Para alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
O mercado não espera por mais cortes de juros este ano. De acordo com a previsão das instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,50% ao ano e subirá ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano. A estimativa do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), neste ano, subiu levemente de 2,83% para 2,89%. Para 2019, a projeção segue em 3% (ABr).

Confiança da Construção avançou 0,7 ponto

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 0,7 ponto de fevereiro para março e chegou a 82,1 pontos . O primeiro trimestre deste ano fechou com altas de 2,9 pontos sobre o trimestre anterior e de 7,2 pontos sobre o primeiro trimestre de 2017. A alta do indicador deveu-se tanto à melhora da situação corrente das empresas quanto às perspectivas de curto prazo do empresariado. O Índice da Situação Atual cresceu 0,9 ponto entre fevereiro e março deste ano, atingindo 71,4 pontos, o maior nível desde julho de 2015 (71,7 pontos).
O principal destaque do Índice da Situação Atual foi a melhora da percepção corrente sobre a carteira de contratos, que avançou 1,4 ponto, passando a 68,9 pontos. Já o Índice de Expectativas subiu 0,5 ponto de fevereiro para março e atingiu 93,2 pontos. O componente que mais influenciou a alta do Índice de Expectativas foi a demanda para os três meses seguintes, que cresceu 1,4 ponto, para 92,1 pontos.
De acordo com a FGV, o resultado de março mostra que “a confiança empresarial retomou a trilha de recuperação observada desde junho do ano passado, fechando o trimestre com alta relevante, o que reforça as projeções de crescimento setorial. Por outro lado, os sinais positivos ainda estão restritos a poucas atividades, destacando-se principalmente o segmento de edificações” (ABr).

Dívida pública sobe e chega a R$ 3,582 trilhões em fevereiro

A Dívida Pública Federal (DPF) – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – teve aumento de 1,53% e passou de R$ 3,528 trilhões em janeiro para R$ 3,582 trilhões em fevereiro, segundo informou ontem (26), em Brasília, a Secretaria do Tesouro Nacional.
Esse aumento da dívida, ocorreu por conta da emissão líquida de títulos, no valor de R$ 28,51 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 25,55 bilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) – que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais – teve o estoque ampliado em 1,50%, ao passar de R$ 3,405 trilhões para R$ 3,456 trilhões, devido à emissão líquida, no valor de R$ 28,91 bilhões, e pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 22,41 bilhões.
O estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), captada do mercado internacional, teve aumento de 2,23% sobre o estoque apurado em janeiro, encerrando o mês de fevereiro em R$ 125,59 bilhões (US$ 38,70 bilhões), sendo R$ 112,92 bilhões (US$ 34,80 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 12,66 bilhões (US$ 3,90 bilhões), à dívida contratual. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,78 trilhões e R$ 3,98 trilhões (ABr).

Recorde no número de turistas internacionais

Dados da Polícia Federal, analisados pelo Ministério do Turismo, revelam que o Brasil registrou recorde de entrada de turistas estrangeiros em 2017. No último ano, 6.588.770 visitaram o país. O número é maior que o registrado nos anos da Olimpíada (6.546.696) e da Copa do Mundo (6.429.852). A alta de 0,6% em relação ao ano anterior foi puxada pelos países vizinhos. A América do Sul registrou um salto de 11,1%, de 3,7 milhões para 4,1 milhões turistas em 2017, o equivalente a 62,4% do total.
Na lista de principais emissores de turistas internacionais, a Argentina continua em primeiro lugar, com 2.622.327 visitantes, 14,3% a mais que em 2016. Em segundo ficam os Estados Unidos, com 475,2 mil viajantes, uma queda de 7% em relação ao ano anterior. O Chile fica na terceira colocação, com 342,1 mil pessoas, 5,2% a mais que 2016 (MTur).