Empresas inadimplentes devem, em média, R$ 5.580Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que as empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de agosto com uma dívida média de R$ 5.582,90. O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Foto: Google/Dino/Reprodução De modo geral, mais da metade (56%) das empresas que estão negativadas possuem pendências que somadas superam a cifra de R$ 1.000,00. Cada empresa inadimplente tem, em média, dois compromissos não quitados. No último mês de agosto, o volume de empresas negativadas cresceu 4,08% na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar do avanço, a variação é menor do que no mesmo mês de 2018, quando a alta fora de 8,99%. Em agosto de 2017, o volume de empresas inadimplentes havia crescido 3,42% e em agosto de 2016, avançou 7,61%. Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a atividade econômica ainda enfraquecida vem prejudicando o faturamento das empresas e, consequentemente a sua capacidade de pagamento. “Apesar da economia dar sinais de recuperação e a inflação se manter controlada, assim como os juros em menor patamar, há uma considerável distância entre os níveis atuais de atividade e os que antecedem a crise”, analisa. O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Quase metade (45%) das empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais. O ramo de serviços aparece com a segunda maior participação, concentrando 41% do total de pessoas jurídicas negativadas. As indústrias respondem por 9% do total de empresas inadimplentes, ao passo que as do ramo da agricultura não chegam a 1%. No mês de julho, o maior crescimento de empresas inadimplentes foi no setor de serviços, com variação de 6,75%. No comércio, houve um crescimento de apenas 1,82% e na indústria, alta de 1,51%. “Para os próximos meses, espera-se que atividade econômica siga o ritmo de lenta recuperação e que os empresários permaneçam pouco inclinados à tomada de crédito devido ao cenário de grande capacidade ociosa em seus negócios. Em conjunto, esses fatores devem manter o crescimento da inadimplência das empresas em patamares discretos frente à série histórica como um todo”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti (AI/CNDL-SPC Brasil). | |
Preços da indústria subiram 0,92% em agostoOs bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, tiveram alta de 1,14%. Foto: Arquivo/ABr Agencia Brasil O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos industrializados na saída das fábricas, registrou inflação de 0,92% em agosto. A taxa é superior às registradas em agosto do ano passado, quando houve alta de preços de 0,86%, e em julho deste ano, quando foi observada uma queda de preços de 1,2%. Segundo dados divulgados ontem (25) pelo IBGE, o IPP acumula taxas de inflação de 2,48% no ano e de 1,43% em 12 meses. Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a maior alta de preços foi observada entre os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (1,28%). Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, tiveram alta de 1,14%. Entre os bens de consumo, os semi e não duráveis tiveram inflação de 0,54%, mas os bens duráveis tiveram deflação (queda de preços) de 0,48%. Das 24 atividades da indústria pesquisadas, 20 tiveram inflação em seus produtos, com destaque para indústrias extrativas (7,67%), alimentos (0,89%), metalurgia (1,99%) e outros produtos químicos (0,92%). Entre as quatro atividades com queda de preços, a maior deflação foi observada em papel e celulose (-1,07%). | Inflação da construção fica em 0,60% em setembroAgencia Brasil O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve inflação de 0,60% em setembro deste ano, taxa superior ao 0,34% de agosto. O INCC-M acumula inflação de 3,71% no ano e de 4,45% em 12 meses. A maior alta de preços foi observada no custo da mão de obra, que subiu 0,95%, puxada principalmente pela mão de obra auxiliar (1,12%). Os materiais e equipamentos tiveram inflação de 0,17%. A principal alta foi registrada nos materiais à base de minerais não metálicos (0,60%). Já os serviços tiveram alta de preços de 0,25% em setembro, puxada pela inflação dos serviços técnicos (0,74%). Cresceu a confiança do empresário do comércioAgência Brasil O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 1,3% na passagem de agosto para setembro. Segundo os dados divulgados hoje (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Icec cresceu 12,3% na comparação com setembro do ano passado. Na comparação com agosto, a confiança no momento atual teve crescimento de 1,8%, enquanto a percepção sobre o futuro cresceu 0,5%. A intenção de investimentos teve alta de 1,6%. Na comparação com setembro do ano passado, a avaliação sobre as condições atuais cresceu 23,7%. As expectativas cresceram 8,2% e as intenções de investimento avançaram 9,5%. Caíram os Juros do cheque especialAgência Brasil Os clientes de bancos pagaram juros menores no cheque especial e taxas mais altas no rotativo do cartão de crédito, de acordo com dados divulgados ontem (25) pelo Banco Central (BC). A taxa de juros do cheque especial caiu 11,8 pontos percentuais em agosto, comparada a julho, e chegou a 306,9 % ao ano. Em 2019, os juros do cheque especial caíram 5,7 pontos percentuais. O chefe de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, afirmou que a taxa do cheque especial é “extremamente onerosa”. É uma modalidade para ser usada de forma absolutamente emergencial e [deve-se] procurar sair rapidamente, recompondo o saldo ou tomando outras modalidades de crédito”. No ano passado, os bancos anunciaram uma medida de autorregulamentação do cheque especial. Com as novas regras, os correntistas que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira. |