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Economia 24 a 26/09/2016

em Economia
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Preços de vários alimentos caíram de 0,44% para 0,11% em sete capitais.

Preços dos alimentos voltam a cair e aliviam a inflação

Preços de vários alimentos caíram de 0,44% para 0,11% em sete capitais.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou variação de 0,18% na terceira prévia de setembro, variação que é 0,09 ponto percentual inferior à da última apuração (0,27%)

Cinco dos oito grupos pesquisados tiveram queda com destaque para alimentação (de 0,44% para 0,11%). Nesta classe de despesa, o índice teve o impacto, principalmente, dos laticínios que ficaram em média 1,86% mais baratos. No levantamento anterior, os preços destes produtos já tinham recuado 0,21%.
A pesquisa do IPC-S é feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em sete capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Em educação, leitura e recreação houve alta de 0,39%, bem abaixo do aumento verificado na segunda prévia (0,72%). No grupo transportes, a variação caiu de 0,04% para 0,02%; em saúde e cuidados pessoais (de 0,39% para 0,37%) e despesas diversas (de -0,22% para -0,28%).
Já em habitação, houve elevação no ritmo de aumento (de 0,21% para 0,27%) e o mesmo foi constatado em vestuário (de 0,05% para 0,33%) e comunicação (de -0,01% para 0,01%). Os itens que mais pressionaram a inflação no período foram: plano e seguro de saúde com alta de 1,05%; banana-nanica (28,69%); refeições em bares e restaurantes (0,46%); tomate (10,91%) e passagem aérea (9,61%). Entre os que ajudaram a conter a inflação estão: leite tipo longa vida (-7,02%); batata-inglesa (-22,50%); gasolina (-1,03%); banana-prata (-6,01%); feijão-carioca (-4,68%) (ABr).

Governo aumenta reserva para cobrir riscos fiscais

Divulgação

A regularização de recursos legalmente mantidos no exterior rendeu ao governo R$ 6,2 bilhões até agora, conforme divulgou na sexta-feira (22) o Ministério do Planejamento. As receitas extras permitiram à equipe econômica reforçar de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,8 bilhões a reserva criada em junho para cobrir riscos fiscais no Orçamento deste ano.
O dinheiro entrará como reforço para garantir o cumprimento da meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – neste ano. Os números constam do Relatório de Avaliação Receitas e Despesas do quarto bimestre, elaborado pelo Ministério do Planejamento. Divulgado a cada dois meses, o documento contém estimativas de receitas e despesas que orientam a execução do Orçamento.
Os recursos extras elevarão as reservas fiscais em R$ 1,2 bilhão. Em junho, o governo tinha anunciado a criação de uma reserva técnica de R$ 18,1 bilhões no Orçamento para compensar eventuais quedas na arrecadação e garantir o cumprimento da meta fiscal de déficit primário (resultado negativo das contas públicas sem o gasto com juros) R$ 170,5 bilhões.
Em julho, no entanto, o Planejamento anunciou que usaria R$ 16,5 bilhões da reserva para evitar novos cortes no Orçamento. Esse espaço fiscal havia sido criado após a aprovação da meta de déficit primário – resultado negativo excluindo o pagamento dos juros da dívida pública – de R$ 170,5 bilhões pelo Congresso (ABr).

Brasil e Índia fazem acordo para pesquisar leguminosas

A Embrapa e a multinacional indiana UPL assinaram acordo de cooperação para pesquisa em leguminosas de grãos (pulses), como lentilhas e grão de bico. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura Blairo Maggi, que está em missão oficial ao país asiático. A UPL planeja investir US$ 100 milhões no desenvolvimento e produção de pulses no Brasil para exportar ao mercado indiano.
Segundo o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, que integra comitiva liderada por Blairo, a demanda da Índia por esses produtos está crescendo de forma expressiva. A projeção é que possa chegar a 30 milhões de toneladas por ano até 2030. A cooperação foi anunciada durante encontro do ministro da Agricultura com diretores da UPL.
O acordo prevê um custo inicial de R$ 100 mil para que a Embrapa possa importar e avaliar o grau de adaptação do material. Esse recurso será transferido pela UPL à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura. A visita à Índia é a última etapa da missão do ministro Blairo a sete países asiáticos. Ele também já esteve na China, Coréia do Sul, Tailândia, Mayanmar, Vietnã e Malásia (Mapa)..