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Economia 24/02/2017

em Economia
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
A expectativa no varejo para os próximos meses é positiva.

Crescimento nas vendas do varejo a partir de abril

A expectativa no varejo para os próximos meses é positiva.

A tão esperada retomada do crescimento nas vendas varejistas deve ocorrer a partir de abril, de acordo com o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo), elaborado com base nas projeções feitas pelos associados do instituto

A estimativa para abril é de crescimento real nas vendas de 2,3%, em relação ao mesmo período do ano anterior e já descontada a inflação. Em janeiro, o IAV-IDV fechou com queda de 4,1%, em comparação a janeiro de 2016.
O setor também estima a continuidade dos resultados negativos nos próximos dois meses, mas em um patamar menor, com queda de 1,9% em fevereiro e 0,7% em março. Vale ressaltar a importância do IAV-IDV, que consegue, entre 30 a 40 dias, antecipar a tendência de resultados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice, drogarias e perfumaria, apresentou queda de 6,0% nas vendas realizadas em janeiro, na comparação anual. As projeções para os próximos meses sinalizam decrescimento de 3,8% e 2,9% em fevereiro e março, respectivamente, e alta de 3,3% em abril. Já o setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, também apresentou queda em janeiro, de 0,3%, na comparação anual.
No entanto, a expectativa para os próximos meses é positiva, com crescimento de 2,0% em fevereiro, 3,3% em março e 1,0% em abril. No segmento de bens duráveis houve leve queda de 0,1% em janeiro. A recuperação da confiança dos consumidores e a retomada do crédito continuam sendo os principais desafios para o segmento. A projeção dos associados para os próximos meses é de estabilização em fevereiro e crescimento de 1,6% em março e 0,8% em abril de 2017 (IDV).

Ferrovias vão dar suporte a salto no transporte de grãos em 2017

Em cada dez toneladas de produtos transportadas pela Rumo atualmente, sete são de grãos.

O crescimento da produção brasileira de soja e milho anuncia um salto na movimentação de grãos em 2017 entre o interior do País e os portos marítimos. Com participação cada vez maior no transporte para exportação, a concessionária Rumo prevê incremento no volume de cargas ferroviárias, principalmente para o Porto de Santos e para o Porto de Paranaguá. Após dois anos de fortes investimentos em ferrovias, locomotivas e vagões, a empresa mostra-se preparada para atender a demanda crescente.
O transporte ferroviário vem acompanhando a evolução da produção agrícola. Em cada dez toneladas de produtos transportadas pela Rumo atualmente, sete são de grãos. “O ano de 2017 se apresenta como oportunidade de melhores resultados em virtude da perspectiva de crescimento do mercado e maturação dos investimentos que têm sido realizados”, disse o presidente da Rumo, Julio Fontana Neto. O crescimento da produção agrícola pauta o plano de negócios de longo prazo da empresa.
A estimativa da Conab é que as vendas externas do milho alcancem 24 milhões de t (5 milhões de t a mais do que no último ano). Na soja, os embarques podem inclusive superar o recorde de 54,3 milhões de t da temporada 2014/15, alcançando 59 milhões de t (com incremento de 7,5 milhões t em um ano). Somente nesses dois produtos, o País tende a exportar 12,6 milhões de toneladas a mais em 2016/17. Perto da metade desse volume extra deve utilizar o modal ferroviário nas operações de escoamento.

Juros do rotativo do cartão bate novo recorde

A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu e bateu novo recorde no início deste ano. A taxa chegou a 486,8% ao ano, em janeiro, informou ontem (23) o Banco Central (BC). A tarifa subiu 2,2 pontos percentuais em relação a dezembro e foi a maior da série histórica iniciada em março de 2011. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. A taxa do crédito parcelado também subiu e ficou em 161,9% ao ano, alta de 8,1 ponto percentual em relação a dezembro.
Outra taxa de juros alta na pesquisa mensal do BC é a do cheque especial, que ficou em 328,3% ao ano, com uma pequena redução em relação a dezembro de 0,3 ponto percentual. A taxa média de juros para as famílias ficou em 72,7% ao ano, em janeiro, com alta de 1 ponto percentual em relação a dezembro. A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou estável em 6% (ABr).

Aluguel residencial subirá 5,38% em março

O aluguel residencial em andamento com aniversário em março e correção pelo IGP-M, da FGV, sofrerá atualização de 5,38% no seu valor. O IGP-M é eleito como um dos principais indicadores para reajustes contratuais por ser o primeiro divulgado, ainda dentro do mês de referência. Assim, a divulgação de variação mensal de 0,08% no mês fevereiro fecha o comportamento dos preços no período compreendido entre os meses de março 2016 a fevereiro 2017 (12 meses).
Para facilitar o cálculo do novo aluguel, o Secovi-SP divulga fator de atualização, que, no caso, será de 1,0538. Por exemplo: para atualizar um aluguel de R$ 1.500,00 que vigorou até fevereiro de 2017, realiza-se a multiplicação de R$ 1.500,00 por 1,0538, que resultará em R$ 1.580,70, valor do aluguel de fevereiro a ser pago no final do mês de março ou início de abril (Secovi).