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Economia 23/10/2018

em Economia
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Mercado temporario

Mercado financeiro projeta inflação em 4,44% para este ano

Instituições financeiras, pesquisadas pelo Banco Central (BC), esperam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), termine este ano em 4,44%.

Mercado temporario

Para 2019, a projeção da inflação foi ajustada de 4,21% para 4,22%. Foto: Reprodução

Na semana passada, a projeção estava em 4,43%. Esse foi o sexto aumento consecutivo. Para 2019, a projeção da inflação foi ajustada de 4,21% para 4,22%. Para 2020, a estimativa segue em 4% e, para 2021, caiu de 3,92% para 3,78%.

A projeção do mercado financeiro ficou mais próxima do centro da meta deste ano, que é 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e, para 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção permanece em 8,25% ao ano e em 8% ao ano no fim de 2021.

A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação. As instituições financeiras mantiveram a estimativa para o crescimento do PIB em 1,34% este ano e ajustaram de 2,50% para 2,49%, a estimativa para 2019. Para 2020 e 2021, a estimativa segue em 2,50% (ABr).

PIB cresceu 1,6% no trimestre encerrado em agosto

PIB temporario

Foi observada expansão na indústria da transformação (3,1%) e na construção (1,2%). Foto:Marcos Nagel/JC

Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve um crescimento de 1,6% no trimestre encerrado em agosto deste ano, na comparação com o trimestre finalizado em maio. O dado é do Monitor do PIB, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Na comparação com o trimestre que terminou em agosto de 2017, o crescimento foi de 1,9%.

Considerando-se apenas agosto, houve altas de 0,2% na comparação com julho deste ano e de 1,9% em relação a agosto do ano passado. A alta de 1,6% do trimestre fechado em agosto em relação a maio foi acompanhada pelos três grandes setores produtivos: serviços (1,1%), indústria (2%) e agropecuária (2,5%).
Entre os segmentos da indústria, foi observada expansão na indústria da transformação (3,1%) e na construção (1,2%).

O setor de eletricidade manteve-se estável e a indústria extrativa mineral recuou 1,2%. Entre os serviços, todos os segmentos tiveram alta, com destaque para os transportes (5,4%) e o comércio (2,9%).
Sob a ótica da demanda, foram registradas altas de 1,2% no consumo das famílias, 1,1% na formação bruta de capital fixo (investimentos) e de 0,6% no consumo do governo. No setor externo, as exportações cresceram 1,3% e as importações, 3,7%.

Caiu a inadimplência do consumidor em setembro

Em setembro, o Brasil registrou um total de 61,4 milhões de consumidores inadimplentes. Segundo o levantamento da Serasa Experian, o indicador recuou 0,16% frente ao apurado em agosto, que totalizou 61,5 milhões. Esta é o terceiro mês consecutivo de queda após o recorde da série, observado em junho (61,8 milhões). Em relação a setembro de 2017 (60,5 milhões), a alta foi de 1,49%. Já o montante de dívidas somou em setembro deste ano R$ 274,1 bilhões, com média de 3,8 dívidas por CPF e um valor equivalente a R$ 4.462 por pessoa.

Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, os recuos da inflação e do desemprego, ainda que modestos, e o saques das contas do PIS/PASEP autorizados pelo governo estão ajudando a reduzir o nível de inadimplência do consumidor ao longo destes últimos meses. Bancos e cartões de crédito mantiveram a liderança entre as dívidas atrasadas em setembro, apesar da redução de 1,1 ponto percentual em relação à sua participação correspondente ao nono mês de 2017 (Serasa Experian).