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Economia 22/06/2018

em Economia
quinta-feira, 21 de junho de 2018
Imigrante venezuelano em busca de trabalho em Boa Vista.

Portaria disciplina emissão de carteira de trabalho para imigrantes

Imigrante venezuelano em busca de trabalho em Boa Vista.Em meio à crise migratória que atinge diversos países e a crescente entrada de venezuelanos no Brasil com o estado de Roraima, o Ministério do Trabalho publicou portaria que trata dos procedimentos para a emissão de carteira de trabalho para imigrantes

A portaria determina que a carteira de trabalho deve ser entregue no prazo máximo de 15 dias úteis, contados a partir da data em que foi registrado o protocolo de atendimento.
O documento tem prazo de duração que varia de 1 a 9 anos de acordo com a condição em que o imigrante se encontra no Brasil. A maior duração, de até 9 anos, é para, entre outros, casos como o imigrante com autorização de residência na condição de refugiado, de apátrida e de asilado político. Eles terão o documento expedido após a apresentação da Carteira de Registro Nacional Migratório.
Entre os que também pode obter a carteira estão os haitianos; aqueles com autorização de residência para fins de acolhida humanitária; com residência temporária ou autorização de residência para fins de reunião familiar; com autorização de residência para fins de trabalho com vínculo empregatício no Brasil; com autorização de residência para fins de trabalho com vínculo empregatício na condição de atleta profissional e para fins de estudo; o residente fronteiriço e os imigrantes com base em acordos internacionais com países específicos.
A portaria prevê que a emissão da carteira de trabalho para imigrantes com estada legal no país será feita exclusivamente nas superintendências, gerências e agências regionais do Trabalho, após serem devidamente habilitadas pela Coordenação de Identificação e Registro Profissional (ABr).

Varejo paulista voltou a criar empregos formais

Das atividades analisadas que registraram mais empregos, destaque para os segmentos de farmácias e perfumarias.

O mercado de trabalho do comércio varejista no Estado de São Paulo voltou a abrir novos postos de trabalho, após três meses de saldo negativo. Em abril, foram criados 2.340 empregos formais, resultado de 77.179 admissões e 74.839 desligamentos. Assim, o setor encerrou o mês com um estoque de 2.063.079 vínculos empregatícios, crescimento de 0,4% em relação ao mesmo período de 2017. No acumulado de 12 meses, 8.995 empregos com carteira assinada foram gerados, revertendo o cenário negativo observado nos dois anos anteriores. Os dados compõem a pesquisa realizada mensalmente pela FecomercioSP
No comparativo anual, quatro das nove atividades analisadas registraram crescimento do estoque de empregados, com destaque para os segmentos de farmácias e perfumarias e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (ambos com elevação de 2,9%); e de autopeças e acessórios (1,1%). Por outro lado, as lojas de móveis e decoração (-1,5%) e as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-0,9%) apontaram as maiores quedas na mesma base comparativa.
O cenário para o mês de maio é incerto, uma vez que dois fatores importantes devem ser considerados: o Dia das Mães, a segunda data mais importante para o setor, que poderia alavancar o processo de reação do mercado de trabalho; e, por outro lado, os impactos da paralisação dos caminhoneiros, que afetaram negativamente a confiança dos empresários. Tais incertezas podem frear, ainda que pontualmente, as decisões de investimento das empresas, entre elas a geração de emprego com carteira assinada (AI/FecomercioSP).

Prévia da inflação registra taxa de 1,11% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 1,11% em junho, ou seja, uma forte alta em relação às prévias de maio (0,14%) e de junho (0,16%). Essa foi a maior taxa do IPCA-15 para um mês de junho desde 1996, quando foi registrado o mesmo índice. O IPCA-15 acumulado no trimestre ficou em 1,46%, acima da taxa de 0,61% registrada no mesmo período de 2017.
Com isso, o acumulado no ano está em 2,35%, acima do 1,62% registrado em 2017. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula taxa de inflação de 3,68%, acima dos 2,7% registrados nos 12 meses anteriores. A alta da taxa foi puxada principalmente pelos alimentos e pelos transportes. O grupo alimentação teve alta de preços de 1,57% no mês, impulsionado por alimentos como batata-inglesa (45,12%), cebola (19,95%) e tomate (14,15%).
Já os transportes tiveram inflação de 1,95%, puxada pela alta de preços da gasolina (0,81%), que teve o maior impacto individual na prévia do IPCA, do etanol (2,36%) e do óleo diesel (3,06%). O grupo habitação também teve impacto importante no índice, com taxa de 1,74%, devido principalmente a reajustes de tarifas de energia elétrica (5,44%), que aumentou nas cidades de Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador.
O IPCA-15 foi calculado com base em preços coletados entre os dias 16 de maio e 13 de junho, portanto durante a greve nacional dos caminhoneiros, que provocou desabastecimento em várias cidades do país (ABr).