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Economia 20/07/2016

em Economia
terça-feira, 19 de julho de 2016

Demanda por voos tem menor resultado para junho desde 2012

No pior resultado dos últimos quatro anos, empresas aéreas registraram, em junho, queda de 5,9% na procura por voos domésticos.

As companhias aéreas registraram, em junho, queda de 5,9% na demanda por voos domésticos em relação a junho de 2015, considerando o número de bilhetes vendidos, trecho percorrido e descontos de ocupação pela tripulação, cortesia e gratuidades

Foi a décima primeira queda consecutiva, no pior resultado para um mês de junho desde 2012, segundo informou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)
A oferta estimada – com base no número de assentos disponíveis e distância percorrida – apresentou retração de 6,4%. Já o movimento de passageiros teve baixa de 7% com 6,8 milhões de viagens. Os dados abrangem as empresas Avianca, Azul, Gol e Latam, associadas à Abear e que respondem por 99% do mercado doméstico. No acumulado do primeiro semestre, houve queda de 6,6% na demanda; de 5,9% na oferta e de 8% no fluxo de passageiros em 43,2 milhões de viagens. A Gol teve uma participação no mercado de 36,42%; a Latam (34,96%); a Azul (17,15%) e a Avianca (11,48%).
O levantamento da Abear indica, ainda, ainda que a participação no transporte internacional ficou em 25% do mercado, sendo o restante operado por companhias estrangeiras. A procura por viagens internacionais caiu 5,1%, na maior queda dos últimos quatro meses e no semestre houve redução de 0,3%. Já a oferta diminuiu 8%, enquanto as viagens internacionais num total de 558,4 mil, cresceram 2% sobre junho de 2015.
O volume de transporte de carga em território nacional cresceu 1,9%, alcançando 26,2 mil toneladas em junho. No semestre, foram transportadas 149,5 mil toneladas, quantidade 10,2% menor do que em igual período do ano passado. Para fora do país, em junho houve alta de 3,3% com 14,3 mil toneladas. E, de janeiro a junho, foi registrado o mesmo percentual de aumento com o volume de 88,4 mil toneladas.

Previsto superávit comercial de US$ 46,9 bi para 2016

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou ontem (19) projeção de superávit (exportações maiores que importações) de US$ 46,9 bilhões para a balança comercial em 2016. Em 2015, a balança brasileira encerrou superavitária em US$ 19,6 bilhões. O resultado foi o melhor desde 2011, quando foi registrado saldo positivo de US$ 29,7 bilhões.
Apesar da expectativa de ampliação do superávit, a AEB prevê que as exportações rendam menos este ano do que em 2015. A previsão é que as vendas externas atinjam US$ 187,5 bilhões, caindo 1,9% ante os US$ 191,1 do ano passado. As importações, no entanto, devem cair em ritmo mais intenso, compensando o recuo das exportações. A estimativa da AEB é que as compras do Brasil no exterior somem US$ 140,5 bilhões, 18% menos que os US$ 171,4 bilhões de 2015.
Na avaliação da AEB, 2016 terá um superávit “negativo”, a exemplo do que ocorreu em 2015. O saldo positivo da balança será em razão não de um aumento das exportações brasileiras, mas de uma queda nas importações causada pelo desaquecimento econômico. A entidade destacou que, caso se confirme, a previsão de superávit de US$ 46,9 bilhões será um recorde histórico, superando os US$ 46,4 bilhões alcançados em 2006 (ABr).

IPC da Fipe sobe na segunda prévia de julho

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, atingiu alta de 0,85%, na segunda prévia de julho, indicando maior pressão inflacionária do que a registrada na primeira apuração do mês quando os preços tinham subido em média 0,78%. O maior impacto sobre o IPC foi provocado pelo grupo alimentação, que passou de 1,86% para 2,13%.
A segunda maior contribuição para o avanço do índice, entre os sete grupos pesquisados, foi verificado em habitação, que, no entanto, vem apresentando desaceleração. Tinha fechado junho com alta de 0,8%, iniciou o mês com variação de 0,67% e, nesta apuração, ficou em 0,66%. No grupo saúde, ocorreu o inverso com alta de 0,93% ante 0,71%, no último levantamento e 0,42%, no encerramento do mês passado (ABr).