Governo quer incentivar startups para dessalinizaçãoO Ministério da Ciência e Tecnologia quer incentivar o desenvolvimento de startups para a produção de tecnologias para irrigação, distribuição e reuso de água, inclusive dessalinizada. Marcos Pontes explica na TV Brasil acordo de salvaguardas com EUA. Foto: Marcello Casal Jr/ABr A experiência vai ocorrer no já inaugurado Centro de Testes de Tecnologias de Dessalinizaçã, vinculado à Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba. “O centro terá incubadora, escritório de gerenciamento de projetos, escritório de gestão, fundos [de financiamento] e patentes”, explicou o ministro Marcos Pontes durante o programa Brasil em Pauta da TV Brasil. É propósito do centro ir além do desenvolvimento tecnológico. As experiências deverão ser comercializadas. “O Brasil para no nível de protótipo” comenta. “Após as especializações, mestrados e doutorados, ficam aqueles protótipos e ideias excelentes que nunca chegam ao mercado. Agora, eles vão chegar”, prometeu o ministro. A pedido de um telespectador, Marco Pontes também explicou o acordo de salvaguardas tecnológicas (AST) com os Estados Unidos para permitir o uso comercial do centro de lançamento de Alcântara, no Maranhão. O termo foi assinado em março durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Washington. A permissão depende de aprovação pelo Congresso Nacional. Segundo Pontes, a ideia do Brasil é viabilizar a base para lançamentos de foguetes de médio porte para transporte de pequenos satélites, mais leves. “Foguetes que levam satélites menores são o futuro. Grandes satélites, de 5 toneladas, podem ser substituídos por uma constelação de satélites”, assinalou. O dinheiro captado com o aluguel da base de Alcântara será utilizado para financiamento do programa espacial brasileiro, e para beneficiar comunidades quilombolas que moram nos arredores da base. O acordo assinado não implica em ampliação da área da qual o Brasil manterá o controle de acesso pelos brasileiros. Segundo ele, o acordo será feito com outros países, mas a primeira assinatura com os Estados Unidos é estratégica pois os americanos detêm 80% das tecnologias usadas em lançamento de foguetes (ABr). | |
Queda de comércio com EUA afeta exportações brasileirasApesar da queda, a balança comercial tem superávit de 26 bilhões no semestre. Foto: Tânia Rêgo/ABr Agencia Brasil As exportações brasileiras recuaram 10,4%, em valor, na comparação de junho com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, a queda chegou a 3,5%. Os dados são do Índice de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com a FGV, o resultado foi puxado pela queda nas exportações para os principais parceiros do país: Estados Unidos, China e Argentina. No caso do nosso vizinho sul-americano, o recuo das vendas brasileiras é explicado pela crise econômica naquele país. No caso da China, que é destino de 26% das nossas exportações, a queda do valor exportado em junho foi 4,1%. Segundo a FGV, houve uma queda de 3,7% no volume exportado e de 1,9% no preço desses produtos. No caso dos Estados Unidos, houve uma queda de 12,2% no valor exportado em junho, depois de um crescimento no mês anterior. O preço dos produtos exportados para o mercado norte-americano caiu 10,6% e o volume, 1,6%.Apesar da queda do valor exportado para outros países, a balança comercial brasileira conseguiu fechar o mês com um saldo positivo de 5 bilhões de dólares e o semestre, com superávit e 26 bilhões. ATIVIDADE ECONÔMICA SUBIU 0,54% EM MAIOApós queda nos quatro primeiros meses do ano, a economia brasileira registrou aumento em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) subiu 0,54%, em maio, em relação a abril deste ano, segundo dados divulgados ontem (15). Na comparação com maio de 2018, o aumento chegou a 4,40% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). Em maio do ano passado, entretanto, a atividade econômica foi fortemente prejudicada pela paralisação dos caminhoneiros. Em 12 meses encerrados em maio, o indicador teve crescimento de 1,31%. No ano, o IBC-Br teve expansão de 0,94%. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. O indicador oficial, entretanto, é o PIB, calculado pelo IBGE. | Demanda mundial de café em 2018 foi de 165 milhões de sacasA demanda de café em nível mundial no ano-cafeeiro de 2018 foi calculada em 164,64 milhões de sacas, das quais 114,38 milhões de sacas foram consumidas pelos países importadores e 50,26 milhões de sacas pelos países exportadores. Tendo como base esse parâmetro global, o consumo atingirá 196,84 milhões de sacas até 2030. Mas, se aplicada uma taxa de crescimento um pouco maior, de 2% ao ano, para esse mesmo período, a demanda poderá ser de 208,80 milhões de sacas. Retrospectiva dos dados e números dos últimos 20 anos aponta que, no ano 2000, a demanda foi de 105,50 milhões de sacas, e que os Cafés do Brasil participaram com 31,1% desse consumo. Em 2004, quando a demanda global atingiu a marca de 120 milhões de sacas, o café brasileiro participou com 35,7% do consumo. Na sequência, em 2008, cujo consumo registrado no planeta foi de 132,96 milhões, a participação do Brasil foi 37%. Em 2012, ano em que o consumo global atingiu 145,37 milhões de sacas, os Cafés do Brasil tiveram uma participação de 35,2% do mercado. E, por fim, em 2018, a participação brasileira no suprimento do consumo global subiu para 37,7% (Embrapa Café). Indústria paulista fechou 13 mil postos de trabalho em junhoA indústria paulista fechou 13 mil postos de trabalho em junho (-0,61%), mas contabilizou saldo positivo no semestre, com a abertura de 2,5 mil vagas (0,11%), na série sem ajuste sazonal. Feito o ajuste, houve recuo de 0,28% no mês. Os dados foram divulgados pela Fiesp e Ciesp. “A geração de emprego foi fraca no 1º semestre, ficando abaixo das nossas expectativas. Esse resultado sinaliza que a indústria paulista deve ter fechamento líquido de vagas no ano de 2019”, diz José Ricardo Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp. Apesar de haver expectativa de um saldo negativo na geração de vagas para a indústria paulista este ano, Roriz destaca que a atividade econômica deve ganhar ritmo com o andamento das reformas e a diluição das incertezas. Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 77% apresentaram variações negativas, com 4 contratando, 17 demitindo e 1 permanecendo estável. Os principais destaques negativos ficaram por conta do segmento de veículos automotores, reboque e carroceria, produtos alimentícios e confecção de artigos do vestuário e acessórios. No campo positivo ficaram, principalmente, produtos diversos; bebidas e celulose, papel e produtos de papel (AI/Fiesp-Ciesp). |