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Economia 16/02/2018

em Economia
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
A carga que apresentou maior incremento (10,3%) foi a de granel sólido, movimentando um total de 695,4 milhões de toneladas no ano passado.

Setor portuário brasileiro cresceu 8,3% na comparação de 2017 com 2016

A carga que apresentou maior incremento (10,3%) foi a de granel sólido, movimentando um total de 695,4 milhões de toneladas no ano passado.

O setor portuário brasileiro registrou um aumento de 8,3% na comparação de 2017 com 2016, e movimentou 1,086 bilhão de toneladas

Compreendido por portos públicos e terminais de uso privado, esse setor havia registrado, em 2016, uma movimentação de 1,002 bilhão de toneladas. Os números foram divulgados ontem (15) pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A movimentação de contêineres aumentou tanto em toneladas quanto em unidades TEUs (sigla em inglês para Twenty-feet Equivalent Unity, unidade que equivale a um contêiner de 20 pés).
Foram movimentados 106,2 milhões de toneladas (valor 6,1% superior ao registrado em 2016), transportadas em 9,3 milhões de TEUs (aumento de 5,7%). A carga que apresentou maior incremento (10,3%) foi a de granel sólido, movimentando um total de 695,4 milhões de toneladas no ano passado. Milho e soja apresentaram crescimento de 71,8% e de 31,5%, respectivamente, na comparação 2017/2016. Já a movimentação de granel líquido registrou movimentação de 230,2 milhões de toneladas em 2017 – um crescimento de 3,8%, na comparação com o ano anterior.
A movimentação da carga geral solta cresceu 7,6%, atingindo um total de 54,2 milhões de toneladas. De acordo com o levantamento, a importação de derivados de petróleo aumentou em 32%, enquanto a exportação de petróleo bruto aumentou 19%. Os terminais de uso privado movimentaram 721,6 milhões de toneladas em 2017. Em 2016, a movimentação tinha sido de 660 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 9,3%. Já os portos públicos apresentaram crescimento de 6,3%, registrando uma movimentação de 364,5 milhões de toneladas.
A movimentação de cargas aumentou 22,7% nos portos públicos e 32,9% nos terminais de uso privado de 2010 a 2017. O total de crescimento da movimentação de cargas ficou em 29,3%. Em termos de tipo de navegação, as de longo curso apresentaram um aumento de 8%, ficando responsáveis pela movimentação de 803,3 milhões de toneladas. A navegação de cabotagem (entre portos marítimos de um mesmo país, sem perder a costa de vista) transportou 221,8 milhões de toneladas, pesagem 3,8% maior do que a registrada em 2016; e a navegação interior (ao longo de canais, rios , lagoas, enseadas, baías e angras) apresentou crescimento de 37,8% (57,3 milhões de toneladas).

Se inflação passar de 4,2%, cortes na Selic podem ser interrompidos

Para o Copom, a inflação deve ficar em torno de 4,2%, em 2018 e 2019.

O ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, pode ser interrompido na próxima reunião do Copom, em março. De acordo com a ata da última reunião, divulgada ontem (15), “caso o cenário básico evolua conforme esperado, o comitê vê, neste momento, como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, ou seja de redução da Selic. Na reunião realizada nos dias 6 e 7 deste mês, a taxa básica foi reduzida para 6,75% ao ano, no 11º corte seguido.
Entretanto, o Copom ressalta que essa “visão para a próxima reunião” pode se alterar e levar a uma redução moderada adicional na taxa, se houver mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos. Para o Copom, a inflação deve ficar em torno de 4,2%, em 2018 e 2019. A meta de inflação para 2018 é 4,5% e para 2019, 4,25%. Em 2017, a inflação fechou o ano abaixo do centro da meta (4,5%) e do limite inferior (3%), em 2,95%.
“Todos concordaram que a recuperação da economia apresenta maior consistência. Nesse contexto, entendem que, à medida que a atividade econômica se recupera, a inflação tende a voltar para a meta”, diz a ata. O Copom reiterou que devido aos atuais níveis de ociosidade da economia, revisões pequenas na intensidade de recuperação do país não levariam a mudanças na trajetória esperada para a inflação. Na análise para decidir sobre a taxa Selic, o Copom informou que levou em consideração as oscilações recentes dos preços de energia elétrica e dos combustíveis.
Uma elevação das taxas de juros nos Estados Unidos estimula os investidores a vender ações na bolsa de valores e a comprar títulos do Tesouro norte-americano, considerados os papéis mais seguros do planeta. Mas os membros do Copom destacaram a capacidade da economia brasileira de “absorver eventual revés no cenário internacional, devido à situação robusta de seu balanço de pagamentos e o ambiente com inflação baixa, expectativas ancoradas e perspectiva de recuperação econômica”.

Supermercados do estado fecharam 2017 com 530.233 contratados

Apesar do Brasil ter fechado 2017 com a maior taxa de desemprego da sua história, o setor supermercadista foi na contramão do país e encerrou o último ano com o maior número de empregos formais já observado. A Associação Paulista de Supermercados (APAS) analisou os dados do Caged e constatou que os supermercados do estado de São Paulo fecharam 2017 com 530.233 colaboradores contratados.
Ao avaliar apenas o ano de 2017, o resultado também é animador e mostra o crescimento nos empregos formais. Ao todo, os supermercados paulistas fecharam o ano passado com saldo positivo de 8.592 vagas, um número cerca de duas vezes maior que os 3.992 empregos criados em 2016. Para o economista da APAS, Thiago Berka, o número é para se comemorar, mas ainda está abaixo da média de 2010 a 2014.
“Estes números passam confiança ao setor para seguir investindo e gerar cada vez mais empregos. A média de 2010 até 2014 foi de 18.915 postos líquidos positivos de trabalho, isso demonstra que há uma grande lacuna de avanço e crescimento para o setor buscar novos profissionais”, explicou Berka, que ainda completou: “Na atividade econômica do setor de supermercados, uma grande parcela da população tem seu primeiro emprego ou suas primeiras experiências de trabalho” (APAS).

IGP-10 tem inflação de 0,23% em fevereiro

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou inflação de 0,23% em fevereiro. A taxa é inferior ao 0,79% registrado em janeiro, mas superior ao 0,14% de fevereiro do ano passado. A taxa acumulada em 2018, até fevereiro, é de 1,02%. Em 12 meses, o IGP-10 acumula deflação (queda de preços) de 0,42%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A queda da taxa de janeiro para fevereiro foi puxada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPCA), que registrou inflação de 0,09% em fevereiro, ante uma taxa de 1,06% registrada no mês anterior. Por outro lado, os preços no varejo e o custo da construção tiveram alta da inflação de janeiro para fevereiro.
O Índice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, passou de 0,36% em janeiro para 0,57% em fevereiro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu de 0,08% em janeiro para 0,32% em fevereiro. O IGP-10 mede a variação dos preços no período entre o dias 11 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência (ABr).