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Economia 13 a 15/08/2016

em Economia
sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Embarques de café já somam 18,3 milhões de sacas

Os embarques, principalmente para a UE, EU e Japão, representaram US$ 2,7 bilhões.

As exportações brasileiras de café atingiram 18,3 milhões de sacas de 60 de kg de janeiro a julho

Os embarques, principalmente para a União Europeia, Estados Unidos e Japão, representaram US$ 2,7 bilhões. Os dados são do Informe Estatístico do Café, atualizado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura.
Segundo Airton Camargo, assessor do Departamento de Crédito, Recursos e Riscos da SPA, nesses sete meses, os preços do café arábica aumentaram 1,47% no mercado interno. Já o grão conilon teve acréscimo de 5,38% no acumulado do ano. Os preços médios do produto exportado, que vinham se mantendo estabilizados por volta de US$ 147 a saca, em julho tiveram aumento de US$ 9 a saca ou 6,12%, refletindo as elevações dos mercados interno e externo no período.
Houve redução de receita por conta da quantidade exportada, que ficou quase 14% abaixo do mês anterior e 26,44% inferior à quantidade média mensal por causa da escassez do produto. Na balança comercial do agronegócio brasileiro, o café mantém o quinto lugar entre as commodities de maior destaque, representando 5,1% de todas as exportações do setor, atrás do complexo soja, carnes (bovina, de ave e suína), produtos florestais e sucroalcooleiros (Mapa).

Segmento atacadista distribuidor volta a respirar

Divulgação

O difícil cenário econômico vivido pelo país desde o início de 2015 impôs perdas a praticamente todos os segmentos econômicos, incluindo o atacadista distribuidor. Contudo, ao encerrar-se o primeiro semestre de 2016, este segmento sinaliza de forma mais consistente uma leve recuperação, segundo os resultados da pesquisa mensal do Banco de Dados ABAD, realizada pela FIA (Fundação Instituto de Administração).
As perdas reais acumuladas no ano passaram de -0,7%, em maio, para -0,22% em junho, aproximando o setor da projeção de estabilidade anunciada no início do ano. Levando-se em conta que a economia ainda apresenta algum grau de incerteza, o resultado, embora ainda negativo, é considerado satisfatório. Já os dados nominais (não deflacionados) de junho apontam crescimento de 4,5% em relação a maio e 11,31% na comparação com o junho do ano passado. No acumulado do ano, a variação é de 9,41% sobre os primeiros seis meses de 2015.
Somados aos resultados da pesquisa Termômetro de Vendas, também apurada pela FIA, que oferece uma projeção para o mês recém-terminado (julho), os dados disponíveis embasam o aumento do otimismo do setor quanto a encerrar o ano com um pequeno crescimento de até 1%. Segundo o Termômetro de Vendas de julho, a variação nominal do faturamento do setor será positiva em todas as análises: 3,03% em relação a junho, 7,49% em relação a julho de 2015 e 9,12% no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2015.
Para o presidente da ABAD, José do Egito Frota Lopes Filho, o cenário de otimismo é complementado pelas recentes pesquisas que apontam o aumento da confiança do consumidor e da indústria, que devem levar a alguma recuperação no consumo no segundo semestre (Abad).

Brasil tem instrumentos de resistência a choques econômicos

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou na sexta-feira (12) que o sistema financeiro brasileiro tem instrumentos capazes de manter o país mais resistente aos efeitos de choques internacionais. Ele defendeu como estratégia para resgatar a confiança na economia a necessidade de fortalecer o tripé macroeconômico que são a responsabilidade fiscal, o controle da inflação e o câmbio flutuante.
Essas afirmações foram feitas durante a cerimônia de abertura do 11º Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária, que ocorreu ao longo do dia no Hotel Intercontinental, na região dos Jardins, em São Paulo. Na avaliação do presidente do BC, o país reúne as condições para cumprir as metas de inflação e a convergência para levar a taxa para 4,5%, em 2017.
Ele também destacou que o Banco Central se ocupa da educação e proteção financeira em termos tecnológicos diante das inovações, com as atenções voltadas, especialmente, para o grande contingente da população inserida no sistema financeiro a partir de meados da década passada (ABr).