Indústria 4.0 deve atingir 21,8% das empresas em uma décadaA digitalização do processo produtivo industrial deve atingir 21,8% das empresas brasileiras em uma década, mostra pesquisa, divulgada ontem (12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) No momento, o percentual é de 1,6%. A sondagem, que faz parte do Projeto Indústria 2027, avalia a expectativa de 759 grandes e médias indústrias brasileiras e multinacionais em relação à adoção de tecnologias 4.0. Os números referem-se ao nível mais elevado de conexão da produção – Geração 4 –, com tecnologias da informação e comunicação (TIC) integradas, fábricas conectadas e processos inteligentes, com capacidade de subsidiar gestores com informações para tomada de decisão. “Passaremos os próximos dez anos em um processo de transformação industrial muito intenso, com as empresas, de fato, buscando trazer essa tecnologia disruptiva e implementando essas práticas dentro do seu modo de produção”, avaliou Paulo Mól, superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi. Essas transformações servirão para aumentar a produtividade, reduzindo o custo de produção e tornando as empresas mais competitivas. De acordo com os pesquisadores, a indústria 4.0 é também conhecida como a quarta revolução industrial. “[Ela] resulta do uso integrado de tecnologias avançadas da automação, do controle e da tecnologia da inovação em processos de manufatura”. Tais mudanças envolvem questões como o uso de robótica, de novos materiais, de biotecnologia, de armazenamento de energia, big data, entre outros. A pesquisa avaliou ainda como as tecnologias 4.0 influenciarão as áreas de relacionamento com fornecedores, desenvolvimento de produto, gestão da produção, relacionamento com clientes e gestão de negócios. No relacionamento com fornecedores, por exemplo, 77,3% dos entrevistados disseram que a probabilidade é alta ou muito alta de as tecnologias digitais serem dominantes nessa relação. | Indústria paulista perde 10,5 mil vagas em novembroA indústria paulista perdeu 10,5 mil postos de trabalho em novembro, queda de 0,49% em relação ao mês anterior, na série sem ajuste sazonal. Apesar do saldo negativo, esse resultado para o mês é o melhor apresentado nos últimos quatro anos. Em novembro de 2014, o recuo chegou a 1,44%, com a demissão de 37 mil trabalhadores. No acumulado do ano, o saldo ficou negativo, com o corte de 2 mil empregos (-0,10%). Já com ajuste para o mês, o saldo fica positivo (0,04%). Os dados são da pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgados ontem (12) pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon). Segundo o diretor titular do Depecon, Paulo Francini, esse resultado está dentro do esperado para o período, mas com o diferencial de apresentar uma queda menos agressiva quando comparado ao mesmo período de anos anteriores. “É relativamente normal esse esgotamento de emprego em novembro. Os meses de novembro e dezembro refletem as perdas causadas pela sazonalidade da indústria”, avalia Francini. A indústria paulista deve fechar o ano com saldo negativo. A expectativa para dezembro é de demissão de 23 mil trabalhadores, e para 2017 o fechamento de 25 mil postos de trabalho. “O saldo a ser apresentado em dezembro deverá ser também um dos menores para os últimos 10 anos. Em dezembro de 2005, foram fechadas 33 mil vagas de emprego. Esse resultado sinaliza recuperação em curso. O ano de 2018 deve ser positivo na geração de emprego”, completa Francini (AI/Fiesp). | |
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