Quase 10 milhões de brasileiros devem usar FGTS para pagar dívidasUma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que a liberação dos saques das contas do FGTS, que começam hoje (13), deve contribuir para que muitos inadimplentes regularizem o pagamento de suas contas em atraso. Saque do FGTS deve ser usado para pagardívidas. Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo Entre os beneficiários, 38% têm a intenção de quitar todas ou pelo menos parte de dívidas que estão pendentes — isso significa que aproximadamente 9,7 milhões de brasileiros devem utilizar esse dinheiro extra para ‘limpar o nome’ e, assim, voltarem ao mercado de crédito. Já um terço (33%) dos consumidores deve guardar ou investir os recursos, ao passo que 24% vão direcionar o dinheiro para cobrir despesas básicas do dia a dia e 17% realizar compras em supermercados. Há ainda 13% que pretendem realizar compras de produtos e serviços e 10% antecipar pagamento de compras que não estão em atraso como, prestações de casa, carro, crediário, cartão de crédito etc. Entre as principais dívidas que serão pagas com o FGTS, o cartão de crédito figura como o mais citado, com 42%. Depois aparecem as contas atrasadas de telefone (20%), contas de luz (18%), água (16%), empréstimos bancários (16%) e empréstimos com parentes ou amigos (16%). Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a liberação dos saques das contas ativas e inativas do FGTS é uma medida importante para aquecer a economia, pois estimulará tanto a recuperação de crédito quanto o consumo de bens. “Esse dinheiro poderá ser utilizado nas obrigações mais urgentes do consumidor, como limpar o nome ou para necessidades do dia a dia. Livre das dívidas, o consumidor poderá retornar ao mercado de crédito, reaquecendo as vendas no varejo. Para quem não está no vermelho, a principal dica é começar uma reserva para imprevistos. Outra que pode ser válida, é aproveitar o dinheiro extra para antecipar o pagamento de contas não atrasadas, caso haja algum desconto”, analisa Pellizzaro Junior (CNDL/SPC Brasil). | |
Setor de serviços cresce 0,8% de junho para julhoServiços cresceram 1,8% na comparação com julho de 2018. Foto: Nacho Doce/Reuters Agencia Brasil O volume de serviços do país teve um crescimento de 0,8% na passagem de junho para julho deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o setor se recupera da queda de 0,7% registrada na passagem de maio para junho. Os serviços cresceram 1,8% na comparação com julho de 2018, 0,8% no acumulado do ano e 0,9% no acumulado de 12 meses. A alta de junho para julho foi puxada pelos serviços de informação e comunicação, que avançaram 1,8% no período, que recuperou parte da perda de 2,2% do mês anterior. Também tiveram alta os segmentos de outros serviços (4,6%) e de transportes, serviços auxiliares de transportes e correios (0,7%). Por outro lado, tiveram queda os segmentos de serviços prestados às famílias (-0,5%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%). A receita nominal do setor cresceu 1,6% de junho para julho, 4,7% na comparação com julho de 2018, 4,3% no acumulado do ano e 4,2% no acumulado de 12 meses. APROVADA A EXTINÇÃO DA DERSAAgência Brasil A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a extinção da Empresa de Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) por 64 votos a favor e 15 contra, além de duas abstenções. Gestores do órgão estiveram envolvidos em casos de corrupção em obras viárias e do Rodoanel. O projeto aprovado pela Alesp, é de autoria do governador João Doria. Esta era uma das prioridades de Doria, que teve como primeira medida de seu mandato, no dia 1º de janeiro, a assinatura de um projeto que permitia ao governo do estado extinguir, fundir ou incorporar diversas empresas estatais, incluindo a Dersa. A deputada Carla Morando (PSDB), que foi favorável à aprovação do texto, disse que “a Dersa foi muito boa enquanto ela existiu, mas agora é um novo modelo, que são as concessões”. Para o deputado Carlos Giannazi (PSOL), contrário à extinção, esse projeto significa a entrega de um patrimônio público importante em um momento em que a Dersa está sendo investigada. “Nós queremos instaurar a CPI, então é um absurdo privatizar justamente agora”. | Capes libera novas bolsas de pós-graduaçãoEstudantes de pós-graduação contarão com 3.182 novas bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) neste ano. O Ministério da Educação (MEC) articulou a liberação de novos recursos junto ao Ministério da Economia e à Casa Civil e assegurou mais oportunidades de bolsas de estudo em 2019. As bolsas liberadas são para os programas de excelência com notas 5, 6 e 7 – 1.068, 1.052 e 1.062 unidades, respectivamente –, as maiores da Capes. O investimento soma, ao todo, R$ 22.466.654 para 2019. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, citou a relevância das pesquisas como fator primordial para a liberação. “São as bolsas dos programas com maiores notas, porque são os com maior retorno à sociedade. De onde vêm esses recursos? Do pagador de imposto”, disse. A medida alia responsabilidade na gestão dos recursos públicos e incentivo à pesquisa científica. “É importante entender como funciona: a pessoa está no programa, a gente só vai dar a bolsa se a gente tiver convicção de que vai pagar”, enfatizou o ministro (AI/MEC). Equador abre o mercado de bovinos vivosO Ministério da Agricultura recebeu ontem (12) comunicação das autoridades do Equador informando da aceitação do Certificado Zoosanitário Internacional, proposto pelo Brasil para a exportação de bovinos vivos, concluindo, assim, negociações para a abertura daquele mercado, iniciadas em 2014. O Brasil exportou, em 2018, 535 milhões de dólares em bovinos vivos, para todos os continentes, além de 6,5 bilhões de dólares em carne bovina. A exportação de animais vivos diversifica a pauta exportadora brasileira e oferece uma alternativa para os produtores rurais de todo o país. O avanço do Brasil no mercado de bovinos vivos é um testemunho do alto padrão genético e da qualidade dos animais brasileiros e um reconhecimento da confiança internacional na defesa agropecuária brasileira (AI/Mapa). Ipea registra alta no consumo de bens industriaisO país demandou mais bens industriais em julho do que em junho, segundo estudo divulgado ontem (12), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apontou crescimento de 2,6%. O cálculo considera o desempenho da produção industrial interna, descontadas as exportações e acrescidas as importações. Comparada com julho de 2018, a demanda por bens industriais avançou 1,2%, enquanto a produção industrial recuou 2,5%. Com esse resultado, o trimestre terminado em julho de 2019 mostrou avanço de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já com relação à variação acumulada em 12 meses, a demanda registrou variação negativa 1,1%. Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna não exportada cresceu 1,1% em julho, as importações de bens industriais registraram alta de 8,9% no mesmo período. As grandes categorias econômicas, em geral, apresentaram crescimento em relação ao mês de junho, com destaque para bens de consumo duráveis (3,9%) e não duráveis (2,6%) – (AIC/Ipea). |