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Economia 13/06/2017

em Economia
segunda-feira, 12 de junho de 2017
O Banco Central divulga Boletim Focus às segundas-feiras com estimativas do mercado financeiro para a economia.

Mercado financeiro reduz projeção da inflação deste ano

O Banco Central divulga Boletim Focus às segundas-feiras com estimativas do mercado financeiro para a economia.

O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação e para o crescimento da economia este ano

Segundo o boletim Focus, uma publicação elaborada todas as semanas pelo Banco Central (BC) com base em estimativas de instituições financeiras, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,90% para 3,71% este ano. Para 2018, a estimativa caiu de 4,40% para 4,37%.
A revisão na projeção ocorreu após a divulgação do IPCA de maio na semana passada. O IPCA chegou a 0,31%, em maio, a menor taxa para o mês desde 2007 (0,28%). Para junho, o mercado financeiro espera por estabilidade dos preços para os consumidores. A projeção anterior era que o índice ficaria em 0,20%, no mês.
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, caiu de 0,50% para 0,41% em 2017. Para o próximo ano, a projeção de crescimento da economia passou de 2,40% para 2,30%. Para as instituições financeiras, a taxa Selic encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano.
Atualmente, ela está em 10,25% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. A projeção para a cotação do dólar permanece em R$ 3,30 ao final deste ano e em R$ 3,40 no fim de 2018 (ABr).

Governo do Rio formaliza adesão ao regime de recuperação fiscal

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sancionou ontem (12) a Lei 7.629/17 que autoriza o governo a aderir ao Plano de Recuperação Fiscal junto à União e assim receber ajuda financeira do governo federal. Segundo o governo de Pezão, a ajuda federal vai trazer alívio ao caixa estadual de R$ 62 bilhões e possibilitar o pagamento de salários atrasados dos servidores públicos estaduais. Pelo texto da lei, aprovada no Congresso em maio, a dívida do estado com a União fica suspensa por três anos, e os pagamentos serão retomados gradativamente por igual período. Os bloqueios de contas do estado também devem cessar.
Pezão também sancionou a lei que altera a concessão de pensões do funcionalismo público e a que amplia o prazo de calamidade pública no estado até o fim de 2018. Antes, o prazo da calamidade vigoraria até o fim de 2017. Durante a vigência do estado de calamidade, as áreas de saúde, educação, assistência social e ciência e tecnologia terão prioridade na alocação de recursos, bem como o pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas. Devido ao reconhecimento do estado de calamidade, o Executivo não precisará atender, temporariamente, aos limites de endividamento e gastos com pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (ABr).

Recuperação de crédito sobe 1,6% em maio

O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista SCPC – apontou aumento de 1,6% na análise mensal dessazonalizada, enquanto na variação acumulada em 12 meses (junho de 2016 até maio de 2017) foi observada queda de 1,1%. Na análise interanual (mesmo mês de 2016) houve queda de 7,2%, conferindo uma queda de 0,6% no acumulado do ano frente ao mesmo período do ano anterior.
Em termos regionais, na comparação em 12 meses observou-se alta somente na região Sudeste, de 1,5%. Para as demais regiões, ficou a seguinte configuração: Norte (-8,5%), Centro-Oeste (-6,0%), Sul (-1,0%) e Nordeste (-3,6%). Apesar das divergências dos indicadores regionais, a média brasileira de recuperação de crédito continua muito próxima de valores estáveis. Com isso, o quadro de inadimplência na economia mantém-se inalterado, uma vez que o crescimento do fluxo de registros de consumidores inadimplentes nos últimos meses também permanece em níveis próximos da estabilidade (SCPC).