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Economia 13/01/2017

em Economia
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
A expectativa é de que as viagens nos fins de semana prolongados injetem R$ 21 bilhões a mais na economia em 2017.

Turismo: feriados prolongados deverão impulsionar a economia

A expectativa é de que as viagens nos fins de semana prolongados injetem R$ 21 bilhões a mais na economia em 2017.

Os dias de folga poderão impulsionar a economia brasileira, segundo estudo do Ministério do Turismo

A pasta espera que as viagens nos fins de semana prolongados por feriados que caem na segunda, terça, quinta ou sexta-feira injetem R$ 21 bilhões a mais na economia em 2017. A projeção divulgada ontem (12) considerou um acréscimo de 22 dias de folga, quando 10,5 milhões de viagens deverão ser feitas.
Na contramão de outros setores que projetam prejuízos com os feriados, como o comércio e a indústria, o Ministério do Turismo acredita que as viagens e o consumo nos dias de folga gerarão renda e emprego. O turismo, de acordo com o Conselho Empresarial de Hospitalidade e Turismo da CNC, é grande impulsionador de mais 52 áreas, direta ou indiretamente. O feriado que deve gerar maior impacto é o Dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, quando 1,94 milhão de viagens movimentarão R$ 3,9 bilhões na economia.
O levantamento foi feito pelo Ministério do Turismo, em parceria com a FGV, levando em consideração os feriados de 21 de abril (Tiradentes, sexta-feira), 1º de maio (Dia do Trabalho, segunda-feira), 15 de junho (Corpus Christi, quinta-feira), 7 de setembro (Independência do Brasil, quinta-feira), 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida, quinta-feira) e 2 de novembro (Finados, quinta-feira).
O Carnaval, a Semana Santa, o Natal e Réveillon foram desconsiderados, porque via de regra geram fins de semana prolongados e a ideia da projeção foi levantar qual o valor a ser acrescentado na movimentação econômica nacional em 2017.

Brasil exporta 1,4 milhão de toneladas de carne bovina

Hong Kong, mais uma vez, liderou as importações de carne bovina brasileira.

As exportações brasileiras de carne bovina fecharam o ano de 2016 com faturamento de US$ 5,5 bilhões. De janeiro a dezembro, foram embarcadas mais de 1,4 milhão de toneladas. Em comparação com o ano anterior (2015), o volume embarcado teve um aumento de quase 1%. Porém, o faturamento registrou uma retração de 7%.
O cenário cambial em queda somado a problemas conjunturais de importantes mercados para a carne brasileira – como Rússia, Venezuela, e Egito – refletiram negativamente nos números de exportação do setor em 2016. Hong Kong, mais uma vez, liderou as importações de carne bovina brasileira, com 11% de aumento no volume comprado e 5% em receita. Outro grande destaque do ano foi a China, que ocupou a terceira posição entre os maiores compradores do produto nacional.
Em 2016, dentre as categorias de carne exportadas pela indústria brasileira, a in natura liderou as vendas, totalizando um faturamento de US$ 4,3 bilhões e 1,1 milhão de toneladas embarcadas de janeiro a dezembro. Se considerado somente o mês de dezembro de 2016, o faturamento das exportações de carne bovina brasileira registrou US$ 455 milhões em vendas externas, um aumento de 7,4% em relação a novembro de 2016. Já em volume embarcado, foram 113,4 mil toneladas, com crescimento de 13,8% se comparado com o mês anterior.
Para 2017, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes estima uma recuperação nas exportações com acréscimos no volume e faturamento. Novos mercados estarão no foco da entidade para este ano, como Coreia do Sul, Taiwan, Indonésia, Canadá, México e Japão (ABIEC).

Mercado prevê déficit de R$ 148,3 bilhões do Governo em 2017

Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda esperam que o déficit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) termine este ano em R$ 148,3 bilhões. Segundo a previsão, o desfalque nas contas públicas será maior que a meta de resultado fiscal perseguida pelo governo para este ano, que é déficit de R$ 139 bilhões.
A estimativa consta na pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em informações do mercado financeiro. O resultado foi divulgado ontem (12), em Brasília. Para 2018, a estimativa é déficit de R$ 125,9 bilhões. A projeção da arrecadação das receitas federais este ano caiu de R$ 1,356 trilhão para R$ 1,345 trilhão. Para 2018, a estimativa recuou de R$ 1,465 para R$ 1,458 trilhão.
Para a receita líquida do Governo Central a estimativa para este ano manteve-se próxima da estabilidade, em R$ 1,160 trilhão. No caso da Despesa Total do Governo Central, a projeção chega a R$ 1,312 trilhão em 2017 e R$ 1,376 trilhão no ano que vem. A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do Governo Central, que, na avaliação das instituições financeiras, deve cair de 77,7% do PIB para 76,8% este ano. Para 2017, a estimativa está em 80,4% do PIB (ABr).

Corte nos juros ainda é insuficiente para o mercado imobiliário

A redução de 0,75% da taxa Selic, de 13,75% para 13% ao ano, apesar de extremamente positiva para o País, não altera as condições atuais de produção imobiliária, que está desaquecida há dois anos consecutivos. “É muito positivo esse corte na taxa de juros, porque reafirma a preocupação do Banco Central em reativar a economia e estimular a geração de empregos. Mas, particularmente para o mercado imobiliário, a medida é insuficiente”, avalia o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.
A desaceleração da inflação e a queda dos juros são medidas necessárias, mas ainda seguem isoladas para o setor. “Sozinhas, elas não funcionam para a indústria imobiliária, cuja atividade é de longo prazo e dependente do custo do crédito. Somente com dinheiro ‘barato’ os empresários conseguirão lançar novas unidades com segurança e em larga escala, e os compradores tomar empréstimo financeiro com confiança.
Precisamos de um conjunto de propostas”, ressalta Amary. No entanto, ele acredita que, agora, com juros mais baixos, a Letra Imobiliária Garantida, alternativa de captação de crédito, poderá ser regulamentada e ter efetividade. “Teremos mais crédito disponível” (Secovi).